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Tristeza Materna: Baby Blues ou Depressão?

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Essa semana falamos aqui sobre depressão pós-desmame e hoje a nossa colunista Kênia, fala sobre tristeza Materna. Será que é baby blues ou depressão? Entenda a diferença dos dois.

Tristeza Materna: Baby Blues ou Depressão

As oscilações de humor materna, ocorrem em condições normais todos os dias, devido as inúmeras preocupações e pressões, muitos sentimentos negativos como a tristeza, irritabilidade, raiva, ódio são sentimentos muito presentes na maternidade.

Muitos destes sinais e sintomas desconfortáveis não são suficientes para fazer o diagnóstico de um problema psiquiátrico, porque essas manifestações afetivas e comportamentais, tendem a ter um curso breve e não causam problemas maiores na vida pessoal ou profissional.

Mas então, como reconhecer se você sofre de depressão na maternidade? Primeiramente vamos compreender algumas características da depressão e de outros problemas que acontecem na maternidade:

  1. A Tristeza materna pode atingir ate 80 % das parturientes e não é considerada uma doença devido ao fato de não incapacitar a mãe de promover os cuidados com o filho e não provoca prejuízos na amamentação, mas em muitos casos, a mãe fica mais suscetível ao adoecimento psicológico e um deles é o desmame.
  2. Os sintomas do Baby Blues ou Blues Puerperal são desde a mudanças no humor, ansiedade, concentração reduzida, tristeza, irritabilidade que aparecem logo nos primeiros dias após o parto e duram uma ou duas semanas desaparecendo naturalmente.
  3. Já a depressão pós-parto é uma doença séria que precisa ser diagnosticada e tratada com profissionais de saúde menta. Os sintomas mais comuns são o humor deprimido, sofrimento intenso, apatia, desânimo e estão presentes a maior parte sendo que não desaparecem espontaneamente. A tristeza relacionada à depressão não é um sentimento passageiro, desencadeada por um fato específico, é algo que ocorre sem que se possa apresentar um real motivo para isso, essa mãe sente uma tristeza permanente, que incapacita para o lazer, o trabalho, a maternidade, a socialização e outras áreas da vida.

 Fique atenta aos sintomas da depressão:

  • Tristeza permanente e incapacitante;
  • Busca por isolamento;
  • Sentimento de culpa e inutilidade;
  • Distúrbios do sono;
  • Desânimo e pessimismo;
  • Ausência de autocuidado;
  • Pensamentos suicidas ou de morte;
  • Angústia;
  • Procrastinação;
  • Irritabilidade;
  • Dificuldade de concentração:
  • Insegurança e medo;
  • Alterações no apetite;
  • Fadiga.

COMO A PSICOTERAPIA PODE AJUDAR

É muito importante ser atenciosa e cuidar de seus filhos sem dúvida, cuidar de familiares, e de pessoas que você ama, mas não é saudável cuidar de outras pessoas e negligenciar suas próprias emoções.  Para ensinar a seu filho a autonomia do desmame, você precisa se sentir segura, não fará bem para a saúde mental de seu filho, vê-la descuidada, estressada, preocupada e infeliz.

Entenda primeiro a importância de se cuidar para que você tenha mais saúde e disposição para colocar em prática todos os seus projetos, e, para que você também continue a cuidar de seu filho; neste sentido é importante aperfeiçoar cada dia mais o seu estilo de vida, evitar maus hábitos a sua saúde física e mental, adotar medidas de prevenção a doenças, e claro, evitar situações de risco, relacionamentos tóxicos e ambientes ansiogênicos.

Quando ensinamos as mães através da psicoterapia a identificar as crenças disfuncionais como: “mães não possuem tempo para si” ou “serei uma mãe ruim se eu parar de amamentar”, e ensinamos estratégias para gerenciar as emoções, administrando as falsas culpas, preocupações obsessivas e medos, prevenimos potencialmente a chance de  se formar um quadro depressivo.

Leia também: depressão pós-parto

Adquirir a consciência de que bons hábitos são necessários para o seu bem estar, assim como procurar implementá-los com consistência e metas realísticas, é o primeiro passo para construir uma transformação e ser uma mãe mais segura que consiga delegar autonomia para seu filho. Pense na sua rotina, em seus objetivos e desejos e reflita sobre quais são as os medos e preocupações que você está enfrentando referente ao desmame de seu filho.

Você está disposta a agir de forma consciente, procurando não se estressar, ser gentil consigo própria e confiar em você mesma? Algumas mães só conseguem se organizar para a retirada da amamentação livre após algumas sessões de psicoterapia…

Durante as sessões de psicoterapia cognitivo comportamental, sugerimos as pacientes uma lista com tudo que esta dificultando o desmame e depois ensinamos como  seguir um passo de cada vez, dentro dos recursos delas, sem falsas culpas ou crenças limitantes; ensinamos ainda, ferramentas de autogestão e mudanças de hábitos e a manterem firmes no propósito até que consigam se sentir seguras para concluírem o fechamento deste ciclo, tudo isso não é um efeito rápido, exige muito treino e ferramentas.

Portanto, não se cobre demais caso não consiga atingir seus objetivos através de tentativas frustradas de desmame e busque o atendimento psicológico para um melhor direcionamento… É muito comum as mães precisarem de orientações até aprenderem alternativas de vida mais funcionais, principalmente quando existe um quadro de ansiedade, depressão ou alguma psicopatologia em curso. Em muitos casos a psicoterapia associada a um estilo de vida mais saudável é imprescindível para as primeiras etapas da maternidade. Não hesite em buscar ajuda profissional, para aprender as melhores formas de praticar o desmame saudável e preservar a sua saúde física, psíquica e emocional, além de contribuir para o bem estar na busca da autonomia de seu filho.

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