Quando nossos filhos tem febre, dor ou algum outro sintoma físico, a gente corre para agendar uma consulta com o pediatra. Mas, quando eles estão com algum problema que afeta a saúde mental, nem sempre conseguimos identificar os sinais assim, de primeira. E foi pensando nisso, que resolvi fazer o post de hoje, no qual trago dicas que sinalizam que é hora de procurar um psicólogo especializado no atendimento de crianças, ou seja, de começar uma terapia infantil.
Para começar, sei que falar em levar uma criança ao psicólogo não é uma tarefa assim tão simples. De um lado existem os pais superprotetores, que mesmo o filho estando saudável querem uma análise do profissional, já do outro, estão os pais com certo receio e até preconceito, por acreditarem que procurar um psicólogo significa que a educação dada em casa falhou. A verdade é que devemos esquecer todos esses rótulos e focar exclusivamente na saúde dos nossos filhos, que é o que realmente importa.
A criança com indício de que precisa de ajuda, diferente de nós adultos, não vai falar o que sente, ela vai se expressar através da mudança de comportamento ou até mesmo por sinais físicos. Sendo assim, fique atenta quando o seu filho estiver triste por vários dias, chorar com mais frequência, se tornar mais agressivo ou mais quieto sem qualquer tipo de explicação. A falta de apetite ou o aumento repentino na vontade de comer, assim como o descontrole intestinal, alterações no sono e o xixi na cama, mesmo depois dele ter aprendido a controlar a urina, são outros alertas de que algo não está bem.
Ainda na lista das coisas para as quais devemos ficar alerta, estão a criança ficar doente com frequência, ter dificuldade de interagir na escola ou em casa ou se tornar intolerante e agressiva também sem motivo. Mas, além desses sinais, os psicólogos frisam um ponto bastante importante: a dificuldade de aprendizagem, ou seja, a criança demora muito para fazer uma atividade lógica ou não consegue entender algum conteúdo por falta de concentração. Nesta situação, até mesmo o professor pode nos alertar.
Então, se você notou essas mudanças, não é preciso se desesperar. Faça uma análise – isso tem atrapalhado os estudos, a relação com os pais e com os amigos? – e, caso a resposta seja positiva, converse com o pediatra, pergunte a opinião dele e, então, se sentindo mais segura, procure um psicólogo.
O psicólogo infantil não é nenhum bicho de sete cabeças (e você precisa estar certa disto para não criar um bloqueio na criança). Na consulta, o profissional irá conversar com os pais sobre características de personalidade do filho e verificar se aconteceu alguma mudança na casa, como separação, morte de uma pessoa muito próxima ou algum outro fato marcante. A partir disso, o psicólogo irá oferecer atividades lúdicas através das quais as crianças poderão expressar as suas angústias, fantasias e sentimentos.
O diagnóstico, nesta etapa, pode apontar desde um transtorno comportamental até uma dificuldade pontual, por causa dessas mudanças na rotina. Quanto ao tratamento, claro que ele depende muito da criança e do que ela tem, assim como da ajuda familiar, mas o importante é frisar que um bom psicólogo vai criar formas de a criança lidar com a situação e aprender a caminhar sozinha, sem ficar refém apenas da terapia.
Viu só como o assunto pode ser conduzido com mais leveza, sem neurose? Desta forma, toda a família sai ganhando.
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