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Técnica do Pijama Molhado ou Wet Wrap para tratamento de dermatite em bebês

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Você já ouviu falar da técnica do Pijama Molhado para tratamento de dermatite em bebês? É muito comum os bebês terem dermatite atópica.

Para quem não sabe, dermatite atópica é uma doença crônica que causa inflamação na pele, resultando em lesões avermelhadas que apresentam crostas, coçam, descamam e às vezes ficam úmidas. Geralmente, afeta os bebês com história pessoal ou familiar de asma, rinite alérgica ou dermatite atópica. Apesar de poder ter causas genéticas, a dermatite atópica não é transmissível. E incomoda muito os pequenos.

Existe essa técnica do Pijama molhado, ainda pouco conhecida, mas que trata a dermatite. E quem explica pra gente sobre essa técnica é nosso colunista, o dermatologista Dr. Cristiano Kakihara. Leia e conheça tudo sobre o Wet Wrap.

Conheça a técnica do Pijama Molhado ou Wet Wrap para tratamento de dermatite em bebês

A técnica de “wet wrap”, mais conhecida por aqui como técnica do pijama molhado, é um tratamento ainda pouco conhecido para dermatite atópica, uma das doenças mais comuns em dermatologia pediátrica. Ela consiste na aplicação de gazes ou ataduras umedecidas em água morna em locais da dermatose ou irritação da pele, seguido da colocação de outro tecido seco no local, que também pode ser gaze ou atadura. Pijamas e mantas podem ser colocados por cima, no final, por isso o nome. Ele ajuda a potencializar a penetração dos ativos tópicos indicados para tratar aquela irritação na pele.

Este método auxilia outros tratamentos clássicos, em que são indicados uso de hidratantes e corticosteroides tópicos. O procedimento wet wrap fornece excelente hidratação e ameniza o quadro inflamatório da dermatite atópica. Contudo, ele não substitui os outros tratamentos. A técnica  ajuda a diminuir o tempo de tratamento das doenças inflamatórias cutâneas e a quantidade de medicações tópicas a ser aplicadas diariamente.

Este procedimento não oferece risco ao bebê, já que a água usada está em temperatura morna, e os tecidos são usados são suaves e hipo-alergênicos. Em quadros de dermatite atópica mais resistentes essa técnica é recomendada para alívio da inflamação local. O bebê também não fica mais predisposto a desenvolver gripe ou viroses por conta dessa umidade na pele.

Leia também: dermatite atópica

Este tipo de tratamento não possui contraindicação e pode ser usado até a melhora da dermatite, desde que recomendado pelo médico como terapia terapêutica complementar que além de hidratar, tem como objetivo ajudar no reestabelecimento da barreira cutânea. Entre os principais benefícios estão o resfriamento da pele por evaporação, diminuindo a coceira. aumento do amaciamento da pele, propiciando a penetração de medicamentos e formação da barreira mecânica contra arranhões.

O ideal e mais recomendado é deixar os envoltórios úmidos por várias horas antes da aplicação, e de preferência fazê-lo antes da criança dormir, com o objetivo de deixar a compressa agindo durante toda a noite. É indicado também o uso de roupas limpas, de preferência brancas, lavadas com produtos neutros. Também é possível utilizar algodão para a camada úmida, e pijama ou macacão por cima, como camada seca. Se os locais das lesões forem nas mãos ou nos pés, pode-se usar luvas de algodão ou meias para a camada úmida. Qualquer hidratante pode ser utilizado, mas de preferência um que seja recomendado pelo médico de acordo com a dermatite.

 

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