Há um ano, teve uma noite que antes de dormir, Otávio me perguntou: qual sua resolução de ano novo?
Minha resposta: Nada.
E a minha resposta continua a mesma. Eu explico.
Qual sua resolução de Ano Novo?
Há anos que me libertei desse peso. Sim, é exatamente isso que penso. Resoluções e metas de ano novo sempre foram um fardo para mim. Eu fazia aquela lista, muitas vezes enorme, não cumpria nem metade do que tinha me proposto (ou nada) e me sentia frustrada.
Enquanto isso, fazia, criava, conquistava um tanto de outras coisas e nem me sentia realizada por isso. Simplesmente, focava no tanto que não fiz, não cumpri, não fui determinada o suficiente. A verdade, é que não sou uma planejadora, eu sou uma sonhadora.
Eu crio coisas a toda hora, tenho novos planos, novas ideias, e saio fazendo. Por outro lado, o que eu precisei anotar para fazer, o que tinha que virar uma “resolução de ano novo” porque naturalmente não fazia mesmo, eu acabava nunca fazendo e isso me frustrava.
E então, em vez de comemorar os feitos, eu focava nos não feitos, e me culpava. Então, me liberei de qualquer lista, comprometimento, promessa, objetivo ou o que quer que seja. Minha única postura de ano novo – porque não gosto de chamar de resolução – é simplesmente a seguinte: lidar e criar com o que está por vir.
Sem pressões, sem amarras, sem metas, sem exigências. Sou assim. Mesmo que algo seja prazeroso, na hora que vira “tenho que fazer”, deixa de ser. Então vamos deixar livre, que com certeza, na leveza e liberdade, coisas boas acontecerão.