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Por que eu estou fazendo a dieta restritiva de leite, derivados e outros alimentos

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Quem acompanha o blog e o Instagram do Macetes de Mãe já deve ter percebido que eu estou fazendo uma dieta restritiva de leite, derivados, soja, ovo, frutos do mar, nuts (amendoim, nozes, avelãs, etc…) e até carne vermelha.

Mas por que cargas d’àgua eu estou fazendo isso? É uma dieta louca para perder o peso da gravidez? Para voltar logo ao peso de antes?

Não, claro que não. Quando se amamenta deve-se comer bem, e não o contrário. Só que o caso da amamentação do Caê é um pouco diferente e agora eu vou explicar isso para vocês.

leite
Photo Credit: Chiot’s Run via Compfight cc

O Leo teve APLV. Ou seja, ele teve alergia à proteínda do leite de vaca e eu contei isso aqui no blog algumas vezes. E pelo fato do Leo ter tido APLV há entre 65% e 80% do Caê também ter esse problema.

Ou seja, como o seu irmão teve e também como eu e o pai do Caê somos alérgicos (não a leite, mas temos outros tipos de alergias) a chance do nosso mais novo também ter esse problema é bem grande.

E aí, como o Caê tem altas chances de desenvolver este problema, o pediatra dele, que é bastante cuidadoso, está jogando no ataque. Ou seja, para evitar que o corpo do Caê seja sensibilizado muito cedo e acabe desenvolvendo uma alergia à proteína do leite de vaca ele pediu que eu cortasse da minha dieta, desde o momento que o Caê nascesse, leite e derivados (isso porque eu amamento-o).

Mas onde é que entra o corte a soja,  ovo, amendoim, etc… se a alergia seria à proteína do leite? Já explico.

Quando o Caê estava com um mês, mais ou menos, ele começou a ter um refluxo forte. Durante uma semana, mais ou menos, ele chorava em TODAS as mamadas que estava acordado (quando mamava dormindo, à noite, não chorava). Se mostrava também muito desconfortável e jogava o corpinho para trás quando começava a chorar. Em algumas mamadas, ele golfava. Em outras não. Mas nas que não golfava jatos ele estava visivelmente desconfortável, se remexendo sem parar.

Liguei para o pediatra dele e disse: “Dr., o Caê está igual ao que o Leo era. Choro em todas as mamadas. Mas eu não estou ingerindo nada, nada, nada de leite ou derivados. O que pode estar causando isso?”.

Na hora ele questionou: “O que você comeu de diferente ultimamente?”

E eu respondi: “Paçoquinha”.

Pimba, estava aí a resposta: amendoim é super alergênico e, provavelmente, isso havia incomodado o organismo do Caê (crianças que tem predisposição à APLV tem também maiores chances de serem alérgicas a outros alimentos).

Bom, não restava dúvidas, se o amendoim estava causando essa irritação e possível alergia no Caê o ideal seria que eu cortasse da minha dieta outros  alergêncios e foi aí que dançaram o ovo, a soja, os frutos do mar e os demais alimentos que citei acima.

Desde então, estou me alimentando somente com alimentos não alergênicos e Caê está super bem (ele também está sendo medicado para refluxo).

E até quando vai essa dieta? Não sei. Inicialmente, iríamos fazer por três meses e aí tentaríamos introduzir o leite e derivados aos poucos. Mas como, supostamente, o Caê reagiu a amendoim e acabei tendo que cortar outros alimentos da dieta, talvez a gente mantenha a restrição alimentar por mais algum tempo. Mas isso só deverei saber nas próximas consultas com o pediatra. Veremos.

E outro ponto importante: na minha dieta, só cortei alimentos que contém os ingredientes citados acima. Não chegamos a cortar traços desses alimentos por considerar-se que os traços iriam sensibilizar muito pouco o organismo dele e, assim, dificilmente, causariam uma alergia (o que seria um alimento com traço de leite? Algo que foi preparado em uma panela onde antes se colocou leite. Ou peito de peru cortado em uma máquina onde cortaram queijo).

Agora, é esperar, ver até quando vai a dieta restritiva e torcer para que assim que ela findar não confirmarmos nenhuma alergia no Caê.

 

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