Aqui, no blog, já trocamos várias vezes figurinhas sobre partos. Falei dos possíveis tipos de parto e dividi com vocês a minha experiência no parto do Leo e do Câe. Mas, hoje, quero falar de parto por um lado um pouquinho diferente. Quero explicar um pouquinho como é que fica essa questão de poder ou não poder comer durante o trabalho de parto, tanto em partos normais quando cesáreas.
Bom, vamos lá…
As mamães já devem ter ouvido falar que, das contrações até o nascimento do bebê, o período é longo. No primeiro filho, esse tempo pode demorar de 8 a 12 horas. Já no segundo, tende a ser um pouquinho menor. Mas, em todo caso, você não irá sentir só dor não, você também terá fome durante todo esse tempo, até porque, dependendo do parto, é preciso fazer um enorme esforço para o bebê nascer.
Só que, será que a mulher pode comer durante o trabalho de parto? Atualmente, ela não só pode como deve. Tem um estudo, da Sociedade Americana de Anestesia, que diz que a mulher que se alimenta pode ter um parto 16 minutos mais rápido quando comparado àquelas que fazem jejum. Porém, esse assunto ainda é polêmico entre os médicos, já que cada um tem o seu jeito de trabalhar. Então, a dica é conversar sobre isso com o anestesista e o obstetra ainda no pré-natal.
O que a gente sabia é que, há algum tempo (na época de nossas mães, na verdade), qualquer alimento durante o trabalho de parto era visto como vilão. Isso por causa da ação da anestesia que, com o estômago cheio, oferecia risco de a mulher aspirar para o pulmão o que estava no estômago ou ainda de gerar queda de pressão, náuseas e vômito. Então, a mulher recebia os nutrientes que precisava pelo soro. Mas essa história vem mudando, devido ao aumento no número de partos naturais/humanizados, que respeitam a vontade da mulher.
Conversando com alguns médicos, eles me disseram o seguinte: como a mulher gasta muita energia, ela precisa repor o que está perdendo. Além do que, a queda do açúcar no sangue prejudica tanto a mãe quanto o bebê. Só que, em algumas situações (que explico abaixo), ela realmente terá que adotar o jejum.
Então, na cesárea agendada, por exemplo, o período de jejum varia de 8 a 12 horas para alimentos, mas os líquidos podem ser ingeridos até 2 horas antes do nascimento do bebê.
Já no parto vaginal, comidas e bebidas leves estão liberadas (tipo sopas, frutas, sucos naturais e lanchinhos sem carnes). Tudo em porções pequenas, claro. Lembre-se: o alimento deve nutrir e liberar energia e ser de fácil digestão. Se for preciso receber anestesia no parto vaginal, a última refeição deve ser no máximo 4 horas antes disso.
E como toda regra tem exceção, essa fica com as grávidas com eclâmpsia, pré-eclâmpsia, obesidade ou que façam uso de medicamento para diminuir a dor. Neste caso, por causa da demora em esvaziar o estômago, qualquer alimento, mesmo os leves, são proibidos e é preciso adotar um “regime forçado” por ser mais seguro.
Por isso, não deixe de falar com o seu médico sobre a indicação para o seu caso. Assim você poderá se preparar melhor para um parto muito mais saudável.