Em outro post, aqui no blog, eu falei sobre a decisão de ter o segundo filho. Sobre qual a hora certa para isso. Nesse texto, comentei que, para mim, a decisão de ter o primeiro ou o segundo filho é tomada muito mais com o coração que com a razão, mas acredito que, nem por isso, estamos livres de pensar racionalmente sobre os desafios de colocar outra criança no mundo e no quanto isso irá impactar em nossas vidas.
Eu engravidei muito rápido do Caê (para quem ainda não sabe, esse bebê que está para chegar se chamará Caetano), bem antes do que eu imaginava. Assim, fui pega de surpresa. Se com o Leo a notícia da gravidez foi só alegria, comemoração e entusiasmo (como eu digo, eu vivia a época da inocência na minha primeira gravidez), dessa vez as coisas foram bem mais pé no chão e aí o susto bateu.
Quando a segunda faixinha cor de rosa apareceu no teste de farmácia e a gravidez se confirmou, eu tomei um susto. Tinha decidido parar de evitar a gravidez naquele mês e naquele mês mesmo engravidei. E aí, junto com o susto, com a notícia do segundo filho e com alegria imensa que, claro, logo me contagiou, também vieram várias perguntas, de ordem prática e, principalmente, de ordem emocional.
Como o Leo encararia a notícia? Como seria, para ele, ter que aprender a dividir tudo (espaço, brinquedo, atenção, a mãe, o pai,…)? Como seria criar dois filhos? Teríamos que mudar de casa? Como eu daria conta de um bebê em casa, que demanda cuidados em tempo integral, se meu trabalho não me dá licença maternidade? Como seria cuidar de duas crianças chorando ao mesmo tempo? Como seria levantar à noite para dar conta de dois se meu marido trabalha em outra cidade de segunda a quinta? Como dar conta de dois nos horários que estivesse sozinha em casa?
Enfim, dezenas, acho que centenas de perguntas invadiram o meu coração. E falo coração mesmo, não cabeça, porque é como se eu sentisse na pele, desde já, todos esses desafios em todos os minutos que pensava neles.
Mas aí lembrei da minha avó e da avó do meu marido que cuidaram, respectivamente, de 12 e de oito filhos cada. Se elas se viraram para dar conta dessa prole toda, por que eu não iria sobreviver dando conta de dois?
E assim eu fui acalmando o meu coração. Fui deixando o susto inicial ficar menos forte, fui deixando as coisas se acomodarem e tomarem o seu lugar e, claro, comecei a planejar direitinho a minha nova rotina incluindo uma outra criança nela.
É claro que terei que fazer mudanças, que terei que melhorar a estrutura que tenho hoje para que o Caê receba os mesmos cuidados e atenção que o Leo recebeu (e, mesmo assim, sei que não será tão fácil conseguir isso), mas sei também que tudo vale a pena, que as alegrias e realizações serão em dobro e que meus dois filhos terão, um no outro, companheiros para toda a vida.
Acho que os desafios de ter dois, ou três, ou quatro filhos são enormes. Que as coisas são sim mais complicadas do que quando se tem apenas um, mas também acredito que a gente recebe uma compensação à altura por tudo isso, pois tudo de bacana que a gente vive com um pimpolho dentro de casa, passaremos a viver com dois.
E aqui não estou fazendo apologia à ideia de famílias com mais de um filho ou criticando quem decide ter só um. Só estou dizendo que, para aqueles que resolverem encarar a aventura pela segunda vez, tudo valerá a pena. Assim como já valeu da primeira.
Para finalizar, vou dividir com vocês um pensamento que não sai da minha mente, uma imagem que visualizo todo santo dia, que é a cena da primeira vez que o Leo segurará o Caê nos braços. Eu fico imaginando a carinha de surpresa e curiosidade dele mas, ao mesmo tempo, o seu olhar de carinho e proteção, e isso faz meu coração se encher de amor e de certeza que os desafios do segundo filho são sim todos válidos. Que podemos encarar mais essa que a gente sobrevive. E ganha muito, mas muito mais do que perde.
E vocês, mães, quais os maiores desafios que vocês precisaram superar nesta jornada da maternidade? Conseguiram superá-los ou ainda tentam lidar com eles? E vocês, filhas, qual foi o maior desafio que vocês conseguiram superar com a ajuda de suas mães? Convido todas vocês a contarem histórias que celebrem o amor de mãe no Facebook, usando a hashtag #AmoComoVocêAma e marcando as próprias mães e filhos ou clicando aqui e criando um webcard especial para ser compartilhado nas redes sociais.
Pessoas especiais merecem ser homenageadas e histórias de amor, superação e dedicação merecem ser compartilhadas. Participem vocês também dessa linda campanha de Comfort (#AmoComoVocêAma), especialmente dedicada a #mãesdeverdade.
Esse post faz parte da ação #AmoComoVocêAma, um movimento de Comfort para mostrar que não importa as falhas e defeitos de nossas mães; a gente ama o jeito que elas nos amam. também apoiam essa causa as mães Luiza Diener (www.potencialgestante.com.br), Camila, Mariana e Patrícia (www.mundoovo.com.br).