Macetes de Mãe

Os 25 maiores desafios da maternidade

Sabe aquela frase super-hiper-ultra-blaster-master clichê e piegas: “Ser mãe é padecer no paraíso”? Pois é, ela é a mais pura verdade. Ela é piegas, ela é clichê, ela é batida, mas ela é VERDADEIRA. A gente padece, a gente sofre, a gente se descabela dia e noite porque ser mãe é algo muito, muito, muito importante. Só por isso.

E por ser importante, não dá para a gente fazer de qualquer jeito. Não dá para simplesmente dizer, numa terça-feira à tarde, “Hoje eu vou esquecer que sou mãe. Só um pouquinho. Vou esquecer que meu filho está resfriado e vou sair para fazer a unha sem uma pontinha de preocupação ou peso na consciência”. Isso não existe. O filhote chegou, as coisas mudam. E mesmo as mães mais desencanadas, mais tranquilas, mais pacíficas da face da terra irão se ver em apuros, pensando: “Eita coisa difícil que é ser mãe”.

Para mim, ser mãe é a tarefa mais difícil que eu já executei em toda a minha vida. E olha que não fui mãe tão jovem (ou seja, já tinha uma boa bagagem existencial quando o Léo chegou) e também não fui daquelas que vivi uma vida sem desafios. Eu mudei de cidade (cinco vezes), mudei de país (duas vezes), fui morar sozinha aos 16 anos (para fazer faculdade), cursei duas faculdades ao mesmo tempo (enquanto fazia estágio nos minutos de folga), resolvi arriscar a vida sem lenço, sem documento, sem casa e sem trabalho na maior cidade do país (deixando pra trás um emprego estável) e mais um tanto de outros desafios. Mas nada, nada, nada, nada se compara a experiência de ser mãe.

Bom, divagando sobre essa questão (algo que eu já venho fazendo há quase dois anos, diariamente) eu cheguei à conclusão que as pessoas se enganam um pouco quando pensam na parte difícil da maternidade. A grande maioria (de quem não é pai e mãe ainda) tende a pensar que o maior desafio está em não ter mais uma noite inteira de sono ou não ter a liberdade de sair quando bem entender, mas não é bem por aí. Claro que esses coisas são difíceis (bem difíceis) mas, na minha opinião, tem outras muito, muito, muito mais desafiadoras.

Com vocês, a minha lista das 25 coisas mais difíceis da maternidade (e sintam-se à vontade para incluir as suas nos comentários abaixo),

  1. Ter que lidar com o desconhecido diariamente
  2. Não ter resposta para a maioria das dúvidas
  3. Não saber exatamente quando algo difícil, desgastante ou dolorido vai acabar
  4. Nunca ter certeza se o que está fazendo é o certo
  5. Nunca ter certeza se está dando de mais ou de menos (atenção, tempo, liberdade, etc…)
  6. Não saber se está sendo rígida demais, impondo limites demais, ou se está na verdade fazendo o contrário (isso está entre as coisas que acho mais difíceis)
  7. Ter que fazer coisas que nos cortam o coração porque elas simplesmente TEM que ser feitas
  8. Não saber se quer que o tempo pare ou voe
  9. Se culpar por trabalhar demais e ter pouco tempo para os filhos
  10. Se culpar por largar o trabalho e sentir falta dele
  11. Não saber o que aquele choro desesperado quer dizer
  12. Nem sempre poder acabar com a dor do filho
  13. Ter que aceitar que o filho irá sofre e que isso faz parte da vida (e que é até positivo, veja só!)
  14. Nem sempre poder dar o que eles querem
  15. Vê-los sofrer as primeiras decepções e desilusões da vida
  16. Ter que dizer não. Muuuuuuuito não.
  17. Ter que achar alternativas criativas para o não (como dizer não sem dizer não para que, quem sabe, por ventura, esse não seja obedecido).
  18. Ter que ser forte quando a vontade é desabar
  19. Mudar, drasticamente, a própria vida e aceitar que terá que deixar de lado coisas que sempre amou.
  20. Ter que dar o braço a torcer (muitas vezes)
  21. Ter que fazer coisas que nem nos seus mais remotos sonhos um dia imaginou (e se tem!)
  22. Sentir as dores do mundo com ainda mais intensidade (parece que a dor de toda mãe é também um pouco nossa. E aqui eu vou lembrar para sempre da tragédia de Santa Maria)
  23. Passar a temer o futuro como nunca
  24. Ter que aguentar pessoas que acham (na verdade, tem certeza) que sabem criar os nossos filhos melhor que a gente
  25. E, acima de tudo, ter que conviver com a famosa e eterna culpa, que não importa o que a gente faça, jamais irá nos abandonar (vai virar e vai mexer, ela vai bater na nossa porta).

Ah, e se eu pudesse incluir os itens 26 e 27 aí sim eu diria:

26. Não ter mais noites inteiras de sono / 27. Não ter mais a liberdade de ir e vir quando bem entender. :-)

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