No post de hoje, você vai saber o que influencia no sono do bebê: berço, cama compartilhada ou montessoriana? A Dra. Ana Jannuzzi, médica especializada em sono e pediatria, esclarece a dúvida e aponta as diferenças. Confira!
Berço, cama compartilhada ou montessoriana: saiba o que influencia no sono do bebê
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, um bebê com um mês de vida dorme, em média, de 16 a 20 horas de sono por dia, com muitos intervalos entre uma soneca e outra. Já quando os pequenos crescem, chegando à idade de 2 anos, as horas de sono caem para 12,5 por dia, mas as noites tornam-se mais regulares e sem interrupção.
Mas será que a acomodação do bebê influencia na qualidade do seu sono? Dormir em berço, cama montessoriana ou cama compartilhada faz diferença, na prática? Para a médica com especialização em pediatria e em sono, Ana Jannuzzi, a qualidade do sono do bebê não está na acomodação que ele dorme e sim em uma experiência segura e tranquila. A cama ideal é aquela que melhor se adequa a realidade e ao dia a dia da família.
A Dra. Ana Jannuzzi, mãe de duas pequenas de 1 ano e 3 anos de idade, explica que quando falamos sobre sono do bebê, o melhor lugar para dormir, entre os primeiros quatro meses até seis meses, é no quarto da família. Essa é uma medida de segurança para diminuir os riscos por síndrome de morte súbita dos lactantes. Algumas famílias preferem estender esse tempo até um ano de idade. Então independente do modelo de cama ou berço, o mais adequado nessa idade seria dormir no mesmo local que os tutores primários. A cama compartilhada deve ser uma estratégia analisada com cuidado”, explica a médica que também é mãe de duas pequenas.
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A cama compartilhada é uma estratégia na qual o bebê dorme na mesma superfície que os pais ou os irmãos. Muitas famílias fazem uso da cama compartilhada por não terem condições financeiras de colocar o bebê em uma cama separada, como um berço ou colchão, por exemplo. Outras famílias, contudo, escolhem fazer uso da cama compartilhada para facilitar a amamentação ou a vigilância do bebê.
Segundo a Dra. Ana, o berço acoplado ajuda quando o bebê necessita de proximidade com a família. Mas bebês com restrição de crescimento ou que nasceram prematuros, não devem fazer uso desse compartilhamento de cama, pelo maior risco da síndrome da morte súbita do lactente. É importante também, nos demais casos, não compartilhar a cama com os irmãos, a não ser que um cuidador primário durma entre uma criança ou outra, para não haver risco de possível sufocamento do bebê.
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Sobre o uso do berço, a médica alerta que a idade ideal para o uso deste é até quando ficar confortável para a criança. O colchão utilizado no berço deve ter a densidade D-18, coberto com um lençol bem preso. Não é recomendado o uso de cobertores, travesseiros ou kit berço (que aumentam os riscos de sufocamento). A partir dos dois anos de idade, os pequenos já estão grandes para usar a maioria dos berços convencionais. Seja pelo seu tamanho ou a sua autonomia. Muitos querem sair do berço e acabam se machucando. Nesses casos, a médica recomenda transferir o bebê para uma cama própria para crianças (com a segurança de uma grade para proteger de possíveis quedas) ou um colchão mais baixo, como os modelos de camas montessorianas, por exemplo.
Seja no berço, em uma cama compartilhada ou montessoriana, o fato é que a superfície de sono do bebê não é o fator determinante para avaliar a qualidade do sono e sim as influências externas, de toda a casa. Luzes, barulho, desconforto e insegurança interferem diretamente com a qualidade do sono dos bebês. Por isso, sempre recomendo às mães e aos pais que estão tentando colocar seus filhos para dormir que fiquem atentos à movimentação do resto da casa. E não apenas do quarto do bebê. É importante diminuir o som da TV, evitar abrir vídeos de celular, bater panelas e portas. Além disso, tentar falar baixo e não pegar e nem brincar com o bebê. Esse deve ser um momento de paz e tranquilidade e não de angústia para o pequeno e para os pais.
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