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O melhor pai que meu filho poderia ter

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Sempre tive em mente que jamais me casaria com um homem que não fosse ser um bom pai. É claro que é difícil a gente ter certeza dessas coisas, pois só sabemos de verdade como seremos como pai e mãe depois que a expectativa torna-se realidade, mas era assim que eu pensava.

E aí, quando o negócio começou a ficar mais sério com o Otávio, eu não pude evitar imaginá-lo como pai. Será que ele levaria jeito? Será que seria presente, interessado, dedicado? Será que iria curtir? Sim, ele tinha toda a cara de ser um paizão. Talvez um pouco sério, reservado, exigente, mas com certeza um exemplo de homem a ser seguido.

E aí, seguindo o curso natural das coisas, ficamos noivos. Em seguida, fomos morar um ano um ano fora do país, voltamos e casamos. Meio ano depois, resolvemos engravidar, mais alguns meses, chegou o resultado positivo. E agora, como seriam as coisas?

Eu estava grávida. Logo nos primeiros dias ele se mostrou o homem mais feliz, envolvido e interessado do mundo. Me presenteou com o livro “O que esperar quando se está esperando” e me paparicou como nunca na vida.

Só que aí o tempo foi passando e aquela empolgação toda do início da gravidez parece que foi esfriando um pouco. Durante os nove meses da gestação do Léo eu posso dizer que o Otávio foi o marido perfeito, já no que dizia respeito ao seu papel de pai devo confessar que, em alguns momentos, eu questionei se minhas suposições iniciais estavam certas.

Creio que por ser uma pessoa bastante séria e reservada, o Otávio acabava não se sentindo à vontade para fazer algumas coisas que eu julgava SUPER importantes, como conversar com o Léo, acariciar minha barriga, ficar ali grudadinho tentando senti-lo. Toda vez que eu falava para ele fazer isso, ele desconversava ou simplesmente era claro e direto: “não me sinto confortável”. Cheguei a fazer piada (e várias vezes) dizendo que quando o Léo nascesse ele iria achar que o pai dele era o William Bonner, pois era a única voz masculina que ele ouvia dentro de casa.

E assim as coisas foram indo, se por um lado ele participava ativamente (fazendo curso de pais, tirando fotos mil, estando presente em todas as ultrassonografias e me acompanhando na viagem para fazer o enxoval), por outro eu sentia que ele ainda não tinha realmente criado um vínculo com o bebê.

Bom, mas aí, para não ficar chateada, me convenci de que quando o Léo chegasse as coisas mudariam. Afinal, eu e ele éramos um corpo só enquanto que o Otávio só conseguia participar de longe.

E, realmente, como as coisas mudariam!

Assim que o Léo nasceu, NASCEU UM PAI. E que pai! Tenho certeza que ele realmente nasceu como pai até mesmo antes de eu ter nascido de verdade como mãe, pois já nos primeiros dias do nosso pequeno eu o via mais à vontade com aquele serzinho que eu mesma. Ele carregava o Léo nos braços como se tivesse sido ele que o carregou no ventre por nove meses. Passava todas as horas disponíveis do seu dia ao nosso lado, não fugia de uma única troca de fralda e ainda assumia a sua parte na hora de mamar, que era fazer nosso pequeno arrotar.

Desde o primeiro dia do Léo nesse mundo, tenho me surpreendido, me impressionado e me apaixonado mais pelo homem maravilhoso com que casei. Não consigo imaginar uma pai mais perfeito para ele, uma figura paterna mais presente (apesar dos dias que passa longe fisicamente) e um melhor exemplo a ser seguido. Realmente, não consigo.

E também não consigo descrever em palavras tudo que o Otávio já fez e que me deixou de queixo caído, tendo certeza que o maior e melhor presente que eu poderia dar para o Léo já foi dado: tê-lo escolhido como pai.

Mas se não dá para dizer tudo, pelo menos faço questão de contar uma parte, para que daqui a alguns anos, se esse blog ainda existir, o Léo tenha a oportunidade de ver um pouquinho do que seu pai já fez por ele (e por mim) nesses seus quase 15 meses de vida.

Por que o Léo tem o melhor pai do mundo:

Porque ele é doce, delicado e amoroso
Porque ele saber brincar como ninguém
Porque ele faz questão de passar cada minuto que está em casa ao lado do meu pequeno
Porque ele nunca fugiu da parte chata e trabalhosa
Porque ele nunca deixou de levantar de madrugada quando era preciso
Porque dá banho no Léo sempre que está em casa
Porque dá mamadeira e faz o Léo dormir
Porque ele cuidou das cólicas do Léo (que não foram poucas)
Porque ele atendeu todos os meus telefonemas desesperados e chorosos (que não foram poucos) e me ouviu desabafar
Porque cuidou do Léo noites inteiras para eu dormir
Porque cuidou do Léo tardes inteiras para eu poder sair
Porque nunca viu nas suas tarefas de pai uma obrigação
Porque sempre viu em tudo que diz respeito ao Léo a sua maior fonte de prazer na vida
Porque é tranquilo, calmo e controlado enquanto eu sou histérica e desesperada (tem que ter alguém para equilibrar as coisas, não é mesmo?)
Porque consegue me mostrar outros pontos de vista e me convencer de que nem sempre eu estou certa (ele diz que há um delay de três meses para isso, mas ele consegue. kkk!)
Porque cuida do Léo direitinho quando estão só os dois (na verdade, há alguns episódios que ele fugiu a essa regra, mas os demais compensaram e então está tudo bem)
Porque me ajudou a manter a sanidade quando eu estava muito próxima de perdê-la
Porque conversa com o Léo mais do que com qualquer outra pessoa nesse mundo (quem o conhece sabe do que estou falando)
Porque tem uma família maravilhosa com a qual eu e o Léo amamos conviver
Porque inclui o Léo nos seus programas
Porque esquece que o mundo existe quando está com o Léo
Porque demonstra afeto, amor, carinho e proteção
Porque é o melhor exemplo de ser humano que o Léo poderia ter

Antes de finalizar, ainda gostaria de prestar uma pequena homenagem à pessoa que começou tudo isso: o avô do Léo. Se o Otávio não tivesse tido um exemplo de pai tão admirável, talvez também não tivesse se tornado um tão especial.

Feliz Dia dos Pais para todos os pais e, em especial, para o papai do Léo!

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