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Mimimi de grávida

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Gente, vim aqui fazer uma confissão. Eu sou uma grávida mimimi. Pelo menos, estou numa fase mimimi. É como seu eu estivesse vivendo uma TPM no meio da gravidez. Ou seja, gravidez por si só já deixa a gente meio doida, mas eu tenho umas fases que consigo ficar mais maluca ainda. E estou numa delas.

Nas minhas TPMs da gravidez eu fico ou super sensível, ou super irritada e, nesse mês, estou super sensível.

Quando a gravidez nos deixa loucas
Photo Credit: rahego via Compfight cc

Ontem, de manhã, ao sair de casa, o Leo abriu o berreiro porque queria tomar uma mamadeira de leite. Só que não era hora do leite, ele tinha acabado de fazer um lanche, a gente estava indo para o dentista (dele), eu já havia escovado os seus dentinhos e nós estávamos atrasados. Ou seja, não era fome e não dava para atender a esse capricho naquele exato momento. Assim, o que fiz foi colocá-lo no carro sem a bendita mamadeira e quase pirar com o ataque histérico que ele deu no trajeto até o dentista. Quando ele se acalmou, meu corpo doía e a minha vontade era de chorar, tamanho o stress. E aí, quando olhei para a carinha dele, também já recomposto e mais calmo, queria mesmo era me jogar do carro aos prantos, por não ter dado a tal mamadeira para ele (mas agora, pensando friamente, sei que fiz o certo e ponto).

Um pouco mais tarde, quase chorei na agência do banco. Quando cheguei, para resolver um problema criado pelo banco, minha gerente não estava lá. Fui orientada a falar com um outro funcionário. Corri até a mesa dele, sentei numa cadeira que estava até quente, e desatei a falar. Ele me olhou, com aquela cara de “Deus, o que deu nessa mulher?” e calmamente me explicou que estava terminando um outro atendimento e que eu teria que esperar um pouco. Quase chorei. De novo. De vergonha de ter invadido o atendimento de outra pessoa, de tristeza de ter que ficar esperando sei lá mais quanto tempo, de vontade de ir ao banheiro (eu estava estourando) e por mais N motivos que nem lembro agora (bem mimimi mesmo!).

E aí, para completar o quadro da dor, enquanto esperava ser atendida e me remexia na cadeira para não fazer pipi nas calças, recebi um email de uma leitora, que me deixou ainda mais para baixo. Ela fazia alguns comentários não tão bacanas sobre o blog e eu fiquei mal, péssima, arrasada, mimimi ao cubo. Mais vontade de chorar. De me esparramar no chão do banco chorando e pedir colo para primeira pessoa que passasse na minha frente.

Enfim, coisa de grávida, de mãe de dois filhos (um no ventre) que está encarando os terrible twos e o início do complexo de Édipo, cuja barriga está pesando e tornando um monte de atividades corriqueiras super difíceis de serem executadas e que sente que a sua cabeça não é mais a mesma e não consegue mais trabalhar como antes (crise criativa batendo forte por aqui). Ah, e claro, que está passando por um turbilhão emocional e hormonal que tem tirado ela dos eixos a cada meia hora. Simples assim!

Bom, aproveitei esse espaço para chorar um pouco as pitangas hoje. Desabafar. Acho que vou me arrepender, mas precisava falar sobre isso com alguém que não as minhas amigas via whatsapp, porque essas já devem estar de saco cheio da churumela.

E se você cruzar por aí com alguma grávida, meus conselhos são:

Pense duas vezes antes de falar qualquer coisa. Ainda mais quando for uma crítica.

Ofereça seu lugar na fila ou ajuda para colocar as compras no carro.

E, principalmente, entenda se ela surtar ou pedir um abraço.

Tem horas que a gente só quer sentir que a nossa loucura é, na verdade, bem normal.

 

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