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Meningite

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Quando se fala no nome meningite, muita gente já fica apavorada. Não é sem razão. A meningite é uma doença grave e que pode ter consequências sérias se não tratada de maneira adequada e que atinge tanto crianças quanto adultos, mas, como quase sempre, é mais perigosa para os bebês. Aqui no Brasil, a meningite é considerada endêmica, ou seja, é esperado que haja casos ao longo dos meses, às vezes com maior concentração (alguns surtos epidêmicos).

Vou falar um pouco sobre tudo o que você precisa saber a respeito da meningite: o que é, como se pega, quais os sintomas, quais os tratamentos, quais as possíveis sequelas e como se previne. Tudo de um jeito fácil, porque a ideia é ajudar e não pra atrapalhar, né?

meningite
Photo Credit: CeeKay’s Pix via Compfight cc

O que é: meningite é o nome que se dá para o processo de inflamação da membrana que recobre o cérebro. Ela pode ser causada por vírus ou por bactérias. Há diversos tipos e as mais graves são as bacterianas, sendo as mais comuns a pneumocócica e meningocócica. Outra informação útil é que as do tipo viral são mais comuns no verão e as bacterianas mais frequentes no inverno

Como se pega: o contágio ocorre da mesma maneira que gripes e resfriados, pelas vias respiratórias, por contato com secreções como saliva e coriza de pessoas infectadas. Ficar em ambientes fechados com pessoas que têm o vírus ou a bactéria, compartilhar objetos de uso pessoal, tudo isso pode fazer com que crianças e adultos “peguem” a doença, que depende muito também do quanto o organismo está debilitado para se estabelecerem e fazerem muito ou pouco estrago.

Quais os sintomas: depois de infectado, o corpo pode demorar de 24 a 48 horas para dar os primeiros sinais da doença que incluem, febre, cansaço, dores no corpo, vômito, sensação de rigidez na nuca, manchas vermelhas ou arroxeadas na pele e até convulsões. Como nem todos os sintomas aparecem em todas as pessoas doentes e nem com uma ordem definida, é preciso ficar muito atento para não confundir a meningite com uma gripe comum. Além disso, as crianças e bebês que ainda não sabem falar não vão conseguir dizer que sentem dores na nuca, nas articulações ou descrever alguns desses sintomas mais característicos da meningite. O que vai acontecer é que os pequenos vão ficar extremamente irritados, com aquele choro que não passa, bem chatinhos mesmo. Se isso acontecer, melhor suspeitar e, na dúvida, é sempre melhor consultar um médico, pronto-socorro ou posto de saúde.

Como é o tratamento: para saber se é meningite mesmo, os médicos fazem um exame que avalia um líquido que temos na espinha, o chamado líquor. Isso é feito por meio de uma punção, com a ajuda de uma agulha que retirada de um pouco de líquor para análise. Depois de confirmar se é meningite ou não e de que tipo – viral ou bacteriana – é que os médicos definem o tratamento. Para as virais, repouso. Para as bacterianas, além de repouso, antibióticos que precisam começar a ser tomados o mais rápido possível para que a infecção não evolua e os riscos de sequelas não aumente.

Quais são as possíveis sequelas: no caso da meningite bacteriana, que é a mais grave se não tratada a tempo ela pode levar até à morte. Ou deixar problemas como surdez, dificuldade de aprendizagem e lesões cerebrais que comprometam funções ou o desenvolvimento da criança ou do adulto.

Prevenção: existem vacinas que ajudam a prevenir a meningite e estão no calendário oficial brasileiro de vacinação, como a Meningocócica C e A,C,W,Y conjugadas, que a criança toma em duas doses aos 3 e aos 5 meses, depois um reforço entre os 12 e 15 meses, uma nova dose por volta dos 5 anos e uma última por volta dos 11 anos. Desde a metade deste ano há também a vacina para a meningite do tipo B, mas apenas na rede particular. O preço não é dos mais convidativos, fica cerca de R$ 600 cada dose e são necessárias de duas a quatro doses para completar a imunização.

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