Macetes de Mãe

Mel, só depois de um ano

Quando os meninos aqui em casa tinham menos de um ano e estavam com tosse, sempre escutei o conselho de dar mel para aliviar o sintoma (na casa de vocês também é assim?). Mas esse costume, bastante comum entre nossas avós e mães, não deve ser considerado quando nossos filhos são pequenos.

Você sabia que o mel é proibido para qualquer criança com menos de um ano? Essa recomendação é da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e está sendo reforçada pelos pediatras. Mas, porque estão falando nisso só agora?

Photo Credit: Lilachd Flickr via Compfight cc

Na verdade, essa preocupação surgiu há alguns anos, depois que diversas pesquisas encontraram no mel esporos da bactéria Clostridium botulinum, responsável pelo botulismo. Como o sistema imunológico do bebê com menos de um ano ainda está em desenvolvimento, ele não consegue combater essa bactéria, ao contrário de nós que conseguimos não nos intoxicar com ela.

O botulismo, apesar de não ser uma doença assim tão comum, é muito grave. Ela é uma intoxicação alimentar que atinge o sistema nervoso e causa tremores, dificuldade de deglutição, moleza no corpo e falta de apetite. Em quadros extremos o bebê pode ter insuficiência respiratória e até complicações neurológicas.

Além dessa bactéria (que já é um motivo que convence qualquer mãe a não dar mel para o filho com menos de um ano), alguns pediatras falam que o sabor adocicado do alimento pode fazer com que a criança recuse o leite materno ou até, quando estiver maiorzinha, tenha preferência por pratos bem mais doces.

Mas, e se eu já dei mel? Qual o risco?

Se você, sem saber, deu mel para o seu filho pequeno, não se desespere. A bactéria fica incubada somente entre 12 e 36 horas, então, se dentro desse prazo a criança não teve vômito, diarreia, fraqueza ou dificuldade para engolir, provavelmente está tudo bem com ela. Em caso de dúvida ou de algum sintoma diferente nesse período vale a consulta com o pediatra.

Ah, sobre o botulismo, ele não tem tratamento, apenas controle dos sintomas, então neste caso a prevenção é a melhor escolha.

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