Benefícios da amamentação. Tanto se fala sobre isso. Alguns deles nós já estamos carecas de saber, outros não são tão comentados assim (mas eu já falei aqui no blog, porque adoro falar do que ninguém fala).
Só que hoje, recebi uma notícia quentinha, justamente sobre um benefício que nunca ninguém tinha me contado: a amamentação pode proteger contra dor crônica após cesárea.
Essa informação me foi passada pela Assessoria de Imprensa do pediatra Dr. Moises Chencinski, criador e incentivador do movimento Eu apoio leite materno (#EuApoioLeiteMaterno) e autor do blog que leva o mesmo nome.
De acordo com o Dr. Moisés, uma pesquisa recente (presentada no Congresso Euroanaestesia deste ano em Genebra) mostrou que mães que amamentaram seus bebês durante pelo menos 2 meses após a cesárea apresentavam três vezes menos probabilidade de sofrer dor persistente em comparação com aquelas que amamentaram por menos de dois meses.
A dor crônica (que dura mais de 3 meses) após a cesárea afeta 1 em cada 5 mães. Esse é um número significativo, então uma informação como essa se torna de grande utilidade para as futuras mães.
O estudo, conduzido por Carmen Alicia Vargas Berenjeno e colegas do Hospital Universitário Nossa Senhora de Valme, em Sevilha, Espanha, incluiu 185 mães que foram submetidas a uma cesárea no hospital, entre janeiro de 2015 e dezembro de 2016. As mães foram entrevistadas sobre os padrões de aleitamento materno e o nível de dor crônica no local cirúrgico, nas primeiras 24 e 72 horas após a cesariana, e novamente 4 meses depois. Os pesquisadores também analisaram o efeito de outras variáveis sobre a dor crônica, incluindo técnica cirúrgica, dor nas primeiras 24-72 horas, educação, ocupação materna e ansiedade durante a amamentação.
Quase todas as mães do estudo (87%) amamentaram seus bebês, com mais de metade (58%) relatando aleitamento materno por dois meses ou mais. “Os resultados mostraram que cerca de 1 em 4 mães (23%) que amamentaram durante dois meses ou menos ainda experimentaram dor crônica, no local cirúrgico, 4 meses pós-operatório, em comparação com apenas 8% daquelas que amamentaram por 2 meses ou mais. Essas diferenças foram notáveis, mesmo após o ajuste para a idade da mãe.