No post de hoje vamos falar de um assunto que acho que nunca abordei aqui: mães de UTI, ou melhor, sobre as MÃES NA UTI. Sim, ouvimos sempre falar do bebê na UTI, mas o hoje o foco será a mãe.
No texto abaixo, a Dra. Chiara Ayres, traz uma reflexão sobre quando há a necessidade de internação da mãe na UTI e ainda compartilha conosco algumas dicas para quem vier precisar passar por essa experiência. Confira!
Mães de UTI x Mães na UTI
Oi Mães! Hoje vamos fazer uma reflexão trazendo o nosso olhar não para o bebê que está em formação, mas sim para a mãe – gestante e puérpera.
Não é incomum nos depararmos em alguns meios de comunicação com abordagens e reflexões sobre as “Mães de UTI”, cujos bebês necessitaram de internação em uma UTI Neonatal. Nessa mesma atmosfera, encontramos relatos de superação e reflexões de famílias encorajando pais e mães que se encontram em situação similar – acalentando, dando esperança, amenizando a angústia da incerteza do final feliz. Há grupos de apoio para essas famílias, trabalhos de acolhimento, e toda uma rede de amor dentro dos próprios hospitais e através muitos trabalhos voluntários. E assim salvamos vidas e muitos corações aflitos e angustiados.
Porém, nesse momento, gostaria de trazer como foco as Mães. Sim! As Mães! Você já pensou sobre as Mães NA UTI? Eu aposto que não…
Quando elas são PACIENTES (nada pacientes porque tem toda a ansiedade do mundo para administrar o chá de bebê, o quartinho… ou ainda se já puérpera tudo que ela deseja é estar com seu bebê nos braços…)?
Pensou que a internação de uma gestante ou puérpera na UTI é uma real possibilidade?
Tenho certeza que não foi uma reflexão agradável. Mas precisamos falar sobre isso.
É comum tanto por questões antropológicas quanto sociais durante o período gravídico-puerperal nos concentrarmos na geração, avaliação e cuidado do bebê em formação e desenvolvimento, pois isso desperta o sentido de fragilidade e necessidade de proteção nas mulheres. Porém, nesse momento, há uma mulher com seu corpo naturalmente em plena transformação física, metabólica e emocional, afinal, há uma Mãe em formação.
Durante essa transformação da saúde feminina podem ocorrer alterações que propiciem a internação na UTI Materna durante a gestação ou após o nascimento do bebê. Causas diretamente relacionadas à gestação ou não – como por exemplo a descompensação de uma doença preexistente como asma, diabetes, hipertensão. Já as principais causas de internação relacionadas a gravidez envolvem as hemorragias pós parto, as doenças hipertensivas da gravidez (pré-eclâmpsia e eclâmpsia) e as infeções graves que evoluem para a Sepse (popularmente conhecida como “infecção generalizada”).
Uma vez que entendemos que pode ser necessário tal internação, somos inundados com o pensamento: Como podemos atuar para minimizar as chances de vivenciar essa experiência?
A primeira ação é escolher um profissional de sua confiança para conduzir com cautela, empatia, acessibilidade e muita segurança o seu pré natal. De preferência que haja uma comunicação constante e clara com o seu clínico para saber corretamente seu passado médico pré gestacional, e isso faz muita diferença – você ter sua saúde bem cuidada ao longo de toda a vida!
Outra prevenção seria ter o calendário vacinal do adulto atualizado e de preferência antes de engravidar. Dessa forma evitamos as ocorrência de doenças que sejam desenvolvidas com maior intensidade no período da gestação. Alguns germes já são comprovadamente mais “agressivos” quando acometem gestantes.
E não podíamos deixar de citar os hábitos de vida saudáveis, a base de uma educação corporal vital para a boa evolução de uma gestação e de vida em si.
Hábitos Saudáveis
⁃ Não fumar
⁃ Evitar bebidas alcoólicas
⁃ Não fazer uso de substâncias tóxicas
⁃ Alimentação equilibrada rica em alimentos livres de agrotóxicos, menor exposição aos embutidos e industrializados.
⁃ Praticar atividade física regular (desde que seja autorizada por seu médico)
⁃ Ser respeitosa com o que nutre em seu coração.
⁃ Escute o seu corpo.
E quando a necessidade da internação em UTI for uma realidade, há uma equipe multidisciplinar (médico intensivista, obstetra, enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, dentista, psicologia, nutricionista e equipe neonatal) preparada para acolher com respeito e muita seriedade essa mulher nesse momento delicado da vida. É preciso estar atento para reverter o quanto antes os sinais de gravidade.
Os motivos que levam essa mulher à UTI são raros, porém reversíveis se abordados adequadamente e o quanto antes.
Tenha em mente que o objetivo da equipe será sempre garantir o equilíbrio perfeito de saúde Materna e Fetal, evitando ao máximo a interrupção precoce da gestação. Assim, aprendemos também que nem toda mãe internada NA UTI será uma mãe de bebê DE UTI.
A vida de toda mulher importa, muito!
Escolha bem o profissional que a conduzirá na gestação e puepério. Esteja atenta aos sinais do seu corpo. Ele fala com você o tempo todo…
Um beijo, se cuida.
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