Macetes de Mãe

Hoje eu entendo a minha mãe

Talvez uma das frases que eu mais tenha ouvido da minha mãe foi: “um dia você vai entender”. Eu ouvia isso quando criança, segui ouvindo na adolescência e acho que as coisas só mudaram quando eu virei mãe e a frase foi substituída por “agora você me entende”.

Eu nunca fui uma criança boazinha, daquelas que fazem tudo que os pais querem e mandam. Pelo contrário. Sempre fui cheia de personalidade, com temperamento forte e, se a minha mãe deixasse, eu dava um nó nela (qualquer semelhança com o Leo não deve ser mera coincidência. Kkk!). E toda vez que a gente entrava em alguma discussão, toda vez que a minha mãe queria que eu fizesse algo que eu me negava a fazer, começava a guerra. E ela só olhava para mim e dizia “Um dia você vai entender. Por hora, vai ter que me obedecer”.

E lá ficava eu, a criança emburrada, a adolescente indignada, me sentindo a criatura mais injustiçada da face da Terra. Mal percebendo que, naquele gesto, minha mãe estava me preparando para  a vida, me mostrando que nem tudo pode ser da forma que a gente quer e que é também nos momentos que abrimos mão que a gente mais cresce.

Olhando para trás, agora entendo todas as vezes que a minha mãe me disse que esse ou aquele brinquedo eu não podia ganhar (tempos difíceis), que dessa vez eu não podia sair, que tal comportamento não era adequado, que naquela hora não era possível, que aquilo eu não faria de jeito nenhum e por aí afora.

Mas acho que eu só fui entender isso, de verdade, depois da chegada do Leo, que veio me mostrar que a tarefa de mãe é uma das mais complexas desse mundo, pois temos que dosar a nossa vontade de fazer tudo e de privar nossos filhos da infelicidade com a necessidade de impor limites e incutir pequenas frustrações para eles perceberem que a vida é assim, perfeita nas suas imperfeições.

Hoje, entendo que todos os nãos que a minha mãe me disse devem ter sido muito mais doloridos para ela que para mim e que, quando eu não aceitava o que ela estava me dizendo e reagia com indignação isso deve ter partido seu coração muito mais que o meu.

Mas a minha mãe foi uma forte, uma guerreira, uma fortaleza diante da filha e soube me mostrar com muita paciência e perseverança que nem tudo pode ser da forma que a gente quer. Hoje eu entendo que isso foi uma das melhores coisas que ela podia ter feito por mim, pois me ensinou a superar desafios e correr atrás do que eu realmente queria, sem esperar que a vida trouxesse de mão beijada.

E, é claro, devo esse entendimento e essa clareza também ao Leo (e sei que logo logo também estarei agradecendo isso ao Caê). Afinal, são os nossos filhos que mostram de verdade a real importância de tudo que nossos pais fizeram pela gente. E é quando sentimos na pele o quão difícil é vivenciar o papel de pais que passamos a agradecer muito mais do que reclamar por tudo aquilo que eles nos fizeram passar.

E você? A chegada do(s) seu(s) filho(s) fez você entender algumas atitudes da sua mãe? Fez você perdoar e até admirar alguns gestos dela? Conte para a gente alguma história em que depois da chegada dos seus filhos você passou a entender o que a sua mãe fez por você lá atrás. Ou então, faça uma homenagem a à sua mãe clicando nesse link aqui  e produzindo um webcard que você poderá compartilhar nas redes sociais. Sua mãe irá amar!

Esse post faz parte da ação #AmoComoVocêAma, um movimento de Comfort para mostrar que não importa as falhas e defeitos de nossas mães, a gente ama o jeito como elas nos amam. Também fazem parte desse movimento as mães Luiza (www.potencialgestante.com.br), Camila, Mariana e Patrícia (www.mundoovo.com.br). Faça parte você também!

 

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