Macetes de Mãe

Eu amo como espero ser amada?

Eu acho que toda mãe imagina como será sua relação com seus filhos quando eles forem adultos. Fica pensando no que eles vão fazer juntos, que prazeres vão dividir, no que serão parecidos, no que vão se complementar. E, claro, comigo não é diferente.

Vira e mexe eu me pego pensando nisso. Em como será a minha convivência com o Leo quando ele não for mais uma criança. Quando ele se tornar um adolescente, “andar com as suas próprias pernas”, tomar as decisões por si próprio, assumir responsabilidades e for um “homem feito”.

Quando esses pensamentos passam pela minha cabeça, sonho com as situações em que ele irá me procurar para ouvir um conselho, irá me convidar para fazer um programa que ele sabe que nós dois amamos, irá me tirar para dançar num festa animada, irá confessar que encontrou o amor da sua vida e agora há também outra mulher ocupando um espaço importante no seu coração.

 

Acho que essas, como tantas outras pequenas coisas, são a prova mais real, a forma mais singela e clara de mostrar o quanto nós, mães, somos e sempre fomos importantes na vida de nossos filhos. Afinal, só sendo admiradas, queridas e amadas teremos filhos que correm para os nossos braços, mesmo adultos, para dividir conosco pequenos ou grandes momentos.

E quando fico imaginando o Leo crescido, eu me lembro que hoje eu sou adulta e que, talvez (muito provalmente), minha mãe também sonhe com essas pequenas demonstrações de amor e espere por esses pequenos gestos. E aí eu me pergunto: será que eu estou sendo a filha que gostaria que meus filhos fossem para mim? Será que estou dividindo com a minha mãe coisas importantes da minha vida que eu gostaria que meus filhos dividissem comigo? Será que estou sendo presente como toda mãe espera que sua filha seja?

Sinceramente, tenho minhas dúvidas. Jamais fui cobrada pela minha mãe, mas sinto que, muitas vezes, eu estou em débito. Poderia ligar muito mais, poderia viajar mais vezes ao ano para visitá-la (ela mora no RS), poderia planejar programas só nossos, os quais, por mais simples que sejam, vão colocar uma alegria imensa no seu coração e arrancar um sorriso enorme do seu rosto.

E escrever sobre isso, agora, me fez recordar uma gostosa tarde que vivi ao seu lado. Meus pais moram em uma cidade muito pequena no interior do RS, com apenas 19 mil habitantes, e onde não há o hábito de se ir até um café ou uma confeitaria para tomar um cappuccino e ter alguns minutos de paz (coisa tão comum em cidades grandes). E aí, certa vez, quando eu ainda morava em Porto Alegre, convide-a para tomar um café num gostoso espaço que ficava perto da minha casa. E lá fomos nós duas, para tomar o meu cappuccino e seu espresso e comer o seu doce favorito: bolo (ou torta, como se chama no RS).

Lembro até hoje da alegria estampada no rosto da minha mãe. Aquela curtinha uma hora que passamos juntas, num café simples e charmoso de Porto Alegre, parecia ter sido o programa do ano para ela. Acho que naquele momento, minha mãe sentiu que tinha em mim mais que uma filha, mas uma amiga, uma companheira, alguém com quem podia dividir as coisas e não só dar (amor, afeto, proteção, carinho).

Depois disso, logo mudei para São Paulo e aqui, toda vez que ela vem me visitar, eu faço questão de levá-la a um lugar gostoso e dedicar algumas horinhas para tomarmos o nosso café, comermos o nosso bolo e jogarmos muita conversa fora. Como boas e velhas amigas costumam fazer.

E você, sabe que pequenas atitudes fazem com que sua mãe ganhe o dia? Se sim, que tal deixar as tarefas um minutinho de lado e correr para fazer esse agrado para ela?

Compartilhe com a gente por aqui uma história marcante com a sua mãe usando a hashtag #AmoComoVocêAma, marque ela neste post ou clique aqui para fazer uma homenagem super especial para a heroína da sua vida.

E agora, com licença, que eu vou pegar o telefone e ligar para a minha mãe e dizer que acabei de lembrar como é bom ouvir a voz dela, mesmo que há milhares de quilômetros de distância.

Esse post faz parte da ação #AmoComoVocêAma, um movimento de Comfort para mostrar que não importa as falhas e defeitos de nossas mães, a gente ama o jeito como elas nos amam. Também fazem parte desse movimento as mães Luiza (www.potencialgestante.com.br), Camila, Mariana e Patrícia (www.mundoovo.com.br). Faça parte você também!

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