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Entenda o que é Crosta Láctea

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Você observou que a formação de uma crosta na cabeça do seu bebê? Pode ser crosta láctea e no post de hoje você vai entender tudo sobre isso e como tratar.

Quem compartilha conosco esse conteúdo é o nosso colunista, o Dr. Cristiano Kakihara, médico dermatologista. Confira!

Entenda o que é Crosta Láctea

Você tem notado a formação de uma crosta ou descamação na cabeça ou em alguma outra parte do corpo do bebê? Essa condição é conhecida como dermatite seborreica do bebê ou crosta láctea, seu nome informal. Ela é bastante comum e, apesar de não ter uma aparência muito boa, não causa mal nenhum ao bebê e some em alguns meses. Infelizmente, não há uma cura rápida para a crosta láctea, mas há algumas coisas que você pode fazer para tentar aliviar a pele do bebê.

A dermatite seborreica é uma doença dermatológica extremamente comum e acomete diversas faixas etárias. Contudo, acomete principalmente bebês ou pessoas acima de 40 anos. Quando acomete os bebês, ganha o nome de crosta láctea, e começa nas primeiras semanas de vida e costuma regredir até o décimo segundo mês. Trata-se de uma doença inflamatória cutânea que chega a acometer 5% da população mundial. Parece ser uma doença desencadeada por reações imunológicas exuberantes na pele, talvez que tenha como gatilho a proliferação do fungo Malassezia. Nas lesões, há crostas brancacentas, que podem chegar a ser amarelo-acastanhadas; podem ser finas ou mesmo bem espessas. Pode acometer couro cabeludo, face, orelhas e dobras inguinais.

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É um motivo de grande preocupação para os pais pelo aspecto inestético de sujeira.  Pode ser confundida principalmente com dermatite atópica, psoríase, alergia do couro cabeludo (micose) e dermatite de contato. Contudo, todos podem ficar tranquilos! É doença totalmente benigna e que tem solução. O tratamento geralmente se dá com o uso de óleos vegetais, que ajudam a amolecer as escamas e crostas previamente ao banho. A remoção destas devem ser suaves e cautelosas. Ela pode ser acompanhada de vermelhidão leve ou irritação na pele. A boa notícia é que a condição não é contagiosa e geralmente não é dolorosa e nem dá coceira. Além disso, ela também não deixa marcas.

Domiciliarmente, diversas medicações podem ser usadas e em diferentes formas – desde shampo, passando por géis, cremes e até pomadas. A escolha da classe medicamentosa deve ser criteriosa, pois muitos fármacos podem causar danos perigosos e irreversíveis, se usados por tempo prolongado. Em casos mais resistentes, a fototerapia apresenta resultados muito bons. É, assim, primordial que o médico dermatologista acalme os pais sobre a reversibilidade deste quadro que é muitas vezes assustador clinicamente.

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Não se sabe ao certo o que causa a crosta láctea, mas os especialistas dizem que não é causada pela má-higiene ou alergia a algo que você esteja usando no bebê. Um fator pode ser a passagem dos hormônios da gravidez da mãe para o bebê antes do nascimento, fazendo com que a produção de óleo (sebo) seja acentuada nas glândulas sebáceas e folículos, retendo células mortas da pele. Outro fator causador pode ser a malassezia, um fungo que cresce no sebo, junto com bactérias.Procure o médico dermatologista se a lavagem com shampoo não estiver ajudando, se a aparência da crosta láctea estiver ruim ou se ela se espalhar pelo rosto e corpo do bebê. Seu médico vai indicar o tratamento mais adequado para o bebê.

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