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Empreendedorismo materno: 75% das mulheres abrem seu próprio negócio após a maternidade

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O post de hoje é sobre empreendedorismo materno. Nossa colunista Ana Jannuzzi, compartilha como concilia carreira e maternidade e ainda dá uma dica importante para dar conta do que é importante: gerenciamento de tempo. Confira!

Empreendedorismo materno: 75% das mulheres abrem seu próprio negócio após a maternidade

Seja pela flexibilidade de horários, pelo sonho de trabalhar no universo materno-infantil ou até mesmo por conta de uma demissão que veio após a licença-maternidade. O fato é que o empreendedorismo materno vem ganhando cada vez mais adeptas nos últimos anos, no Brasil. É o que também aponta uma pesquisa realizada pela Rede Mulher Empreendedora. No estudo, onde 55% das entrevistas são mães, 75% das mulheres decidiram ter o próprio negócio após a maternidade.

No caso da carioca Paula Cunha, mãe dos pequenos Matheus (3 anos) e Helena (1 ano), a criação da Jornada Mima, healthtech especializada em refeições para a primeira infância, veio depois que Paula começou a estudar sobre a importância da primeira infância. Assim, ela enxergou uma oportunidade de negócio para o segmento, que fosse uma solução alimentar para as mães modernas que enfrentam a dupla jornada: encontrar refeições variáveis, saudáveis e práticas para os seus bebês. Ela sempre trabalhou com inovação e quando se viu mãe de dois pequenos e vivendo na correria de conciliar casa e maternidade com o trabalho, identificou uma dificuldade em proporcionar uma alimentação saudável para seus filhos. Ela conta que empreender foi uma oportunidade de conciliar vida profissional e maternidade, dentro de uma área que eu sempre trabalhou, que é a inovação. Assim ela consegui aplicar os conhecimentos do mundo da tecnologia, dentro do universo dos problemas maternos. E ainda ter um horário flexível para conseguir acompanhar a rotina dos seus filhos.

Já para a Dra. Ana Jannuzzi, a maternidade foi o pontapé inicial para que ela empreendesse no ramo de Educação em Saúde. Ela, que foi mãe pela segunda vez enquanto estava no período de residência, após se formar em Medicina, hoje é uma referência no segmento de educação à distância sobre saúde materno-infantil para mães e pais, com mais de 15 mil famílias atendidas em seu Curso Sono e Rotina do bebê.

Ela costuma dizer que, quando nasce uma mãe, nasce uma vontade de empreender. Ela teve a primeira filha ainda na faculdade. A segunda filha nasceu em outro momento, e não havia espaço para ser mãe e dar conta de uma jornada de, no mínimo, 60 horas semanais. Foi aí que decidiu seguir a jornada de Educação dentro da Medicina, uma vez que prevenir é sempre melhor do que remediar. Se descobri uma pessoa capaz de educar e ensinar mães, mulheres e famílias sobre saúde materno-infantil. Então vieram os cursos sobre sono e outros temas como gestação, parto e puerpério, alimentação descomplicada e amamentação.

Alerta para a não romantização do empreendedorismo materno:

Para as duas cariocas, contudo, a possibilidade de conciliar a maternidade e o empreendedorismo, demandam mais na vida real do que na teoria. Dra. Ana diz que dentro dessa jornada como empreendedora, o que pode pontuar é que organização é fundamental. Quem tem crianças pequenas tem que ordenar várias frentes: alimentação, demandas do dia, escola, entre outros. Os momentos que trabalhamos em geral, são os períodos que os pequenos dormem. Ela conselha a gerenciar o tempo, e no momento que os filhos estão acordados, dedicar-se as tarefas que envolvam a família. Além disso, se as mães têm uma rede de apoio, é essencial delegar tarefas.

Não à toa, existem, inclusive, projetos voltados para o apoio de mães empreendedoras. Empresas como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), instituição que capacita as empreendedoras e as conecta com outras empresárias e fornecedoras, e com clientes.

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