Dor do crescimento: entenda como tratar

Você há ouviu falar em dor de crescimento? Esse é um tipo de dor que costuma atingir principalmente os membros inferiores de crianças a partir de 6 anos de idade. Então, se seu filho está nessa fase e começou a reclamar de dor nas pernas, leia esse post até o fim.

No texto de hoje, o ortopedista Dr. Rogério Vidal de Lima, esclarece que as dores são comuns e afetam meninos e meninas.

Dor do crescimento: entenda como tratar

Você já ouviu falar na dor do crescimento? Não parece muito comum se deparar com crianças e adolescentes reclamando de dores no corpo, mesmo sendo tão jovens, certo? Mas, o que preocupa muitos pais e mães, os levando a buscar um especialista, pode levar ao diagnóstico da dor do crescimento.

O ortopedista especializado em coluna, Rogério Vidal, explica como ocorrem essas dores e quais são os locais mais afetados por ela, e o fisioterapeuta Willian Pagote orienta sobre qual é o melhor tratamento a ser seguido.

O que é a dor do crescimento?

Como o próprio nome já diz, essa dor acontece na fase do crescimento da criança e do adolescente e também é conhecida como Osteocondrite do crescimento. Ela costuma dar sinais durante a noite, e as regiões mais afetadas são a coluna, o joelho e o tornozelo.

Essas dores, geralmente, acontecem devido à velocidade do crescimento dos ossos, que acaba sendo maior que a velocidade do crescimento dos tendões. “Quando isso ocorre, existe uma atração do tendão sobre o osso, fazendo com que o jovem sinta a dor”, afirma o ortopedista Rogério Vidal.

Ele explica que, muitas vezes, pode surgir até mesmo uma necrose no local onde o crescimento está acelerado. “Ou seja, pode ocorrer a morte daquele tecido, mas, com o tempo, ele se regenera e volta à sua condição normal”.

Acontece com meninos e meninas?

Segundo o especialista, essa dor é muito comum e traz alguns transtornos aos jovens, principalmente àqueles que praticam futebol. A osteocondrite pode acometer tanto as meninas quanto os meninos, mas, devido ao fato de o crescimento de ambos ser diferente, essa dor atinge mais os meninos.

“O joelho é a região mais afetada pela dor do crescimento. Às vezes, podemos ter até a compressão do aumento da pressão da patela sobre o fêmur, o que chamamos de síndrome patelo femural, que atinge meninos e meninas”, explica Rogério Vidal.

Como é feito o tratamento?

Com o diagnóstico fechado, cabe ao fisioterapeuta avaliar os possíveis fatores de risco e, com isso, traçar a melhor estratégia terapêutica. “Uma boa abordagem é entender a rotina da criança com relação à prática de atividades físicas”, indica o fisioterapeuta Willian Pagote sobre o melhor começo para a investigação da extensão do problema.

A partir daí, ele diz ser necessário “avaliar se existe algum desequilíbrio muscular, alteração postural ou limitação de movimento em alguma articulação, sendo ela adjacente ou comprometida por lesão”.

Entre as condutas preconizadas estão: fortalecimento muscular, reeducação postural, bandagem funcional com o objetivo de diminuir a dor local e o impacto durante os exercícios, e eletroterapia, com o objetivo analgésico e de controlar o processo inflamatório.

O uso de gelo no local na fase inflamatória inicial também é indicado e pode ser aplicado durante a rotina fora da fisioterapia. Vale ressaltar que, na fase inicial, a dor pode ser um fator limitante. Caso a criança pratique alguma atividade física, é importante afastá-la, temporariamente, para diminuir o impacto e controlar o progresso inflamatório, facilitando, assim, a evolução durante a fisioterapia.

Esse texto foi produzido pelo ortopedista Dr. Rogério Vidal de Lima – www.rogeriovidal.com.br

É especialista em Coluna pel oHospital das Clínicas – SP, membro da SBOT-Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, membro da Sociedade Brasileira de Patologias da Coluna e ainda da International Affiliate Membership of AAOS – American Academy of Orthopaedic Surgeons.