Macetes de Mãe

Doenças no 1º ano na escola – por que acontecem e como evitá-las

Olá mamães! Como estão? Hoje, mais uma vez, a Dra. Fernanda Freire, Pediatra, está aqui conosco escrevendo como colaboradora convidada. E o tema que ela escolheu abordar dessa vez foi infecções no primeiro ano de escola. Um assunto que costuma causar bastante dúvidas e, principalmente, dor de cabeça nos pais (afinal, logo que a criança vai para a escola é um tal de ficar doente que quase enlouquece a gente!).

Na sua primeira participação aqui no blog a Dra. Fernanda falou sobre doenças de primavera e se você quiser conferir o que ela escreveu sobre o assunto basta clicar aqui. E a Fernanda também publica diversas informações no seu site, o Seu Pediatra. Vale a pena conferir!

Photo Credit: Pink Sherbet Photography via Compfight cc

Doenças no 1º ano na escola – por que acontecem e como evitar

Por Fernanda Freire

Se você é uma das mães que colocou o bebê na escolinha esse ano já deve ter percebido que as crianças adoecem mais quando entram na escola. Se você ainda não percebeu é porque as aulas acabaram de começar. Logo você lembrará desse post, principalmente quando começar a época de maior circulação dos vírus.

Por que as crianças ficam mais doentes quando entram na escola?

O principal motivo para isso acontecer é a idade com que elas entram na escola. Muitas mães precisam colocar seus filhos nas escola ainda novinhos, bebês, com 6 meses, 1 ano ou 2 anos. Com essa idade o sistema imunológico, que defende nosso corpo das infecções, ainda não amadureceu, e por isso a maioria dos microrganismos que eles tiverem contato irá provocar uma infecção com sintomas.

Além disso, grande parte das doenças são causadas por vírus, que se transmitem de uma criança para a outra com muita facilidade através das gotículas de saliva, ou seja, só de chegar perto e falar já pode transmitir. Na escola, o contato entre as crianças é muito próximo e, geralmente, tem muitas crianças na mesma sala. E também, na idade que costumam entrar na escola, os bebês ainda tem esse costume de levar tudo na boca, sempre colocar a mão na boca, e essa é a porta de entrada para os vírus causarem as infecções.

Cada vez que a criança tiver contato com um vírus novo ela terá uma infecção, porque ainda não tem os anticorpos necessários para evitar isso. Por isso, o primeiro ano é o mais difícil para os bebês e para as mães que ficam desesperadas de ver que toda semana o filho está resfriado, ou tossindo, ou com diarreia, ou com infecção de garganta, etc. Algumas vezes parece até que é a mesma doença que não curou, aquele resfriado interminável. Mas, na maioria das vezes, uma infecção acaba e a outra já começa, não te dá nem tempo de perceber, de descansar e recuperar as energias.

O que fazer para aumentar a imunidade?

Infelizmente ainda não conseguiram inventar nenhum remédio que “aumente” a imunidade. O sistema imunológico tem seu próprio tempo para amadurecer. É como querer ensinar um bebê de 6 meses a andar. Não é possível porque ele ainda não está maduro para isso.

A única coisa que de fato reduz o número de infeções, por enquanto, são as vacinas. Por isso, mantenha sempre o calendário de vacinas atualizado de acordo com a idade do seu filho.

Outra coisa é que para o sistema imunológico funcionar com sua potência máxima, ainda que esteja imaturo, ele precisa dos nutrientes, vitaminas e sais minerais e isso você consegue oferecendo uma dieta equilibrada e bem variada ao seu filho.

E, como já sabiam nossas avós, descansar bem faz com que o sistema imunológico esteja mais preparado para agir. Deixe seu filho descansar bem, ter uma noite de sono tranquila, sem barulho, ter uma rotina para dormir. E também tirar as sonecas que ele precisa ao longo do dia.

A principal dica para superar essa prova de resistência do 1º ano da escola é escolher um pediatra em quem você confie e contar sempre com ele em todas as infecções. Levar a criança no pronto-socorro acaba fazendo com que ela tome mais remédios do que pode ser necessário, pois o pediatra que está atendendo não conhece seu filho ainda e, provavelmente, não o verá de novo. Muitas vezes, ele não tem a chance de esperar para ver como seu filho reage e decidir se vai precisar ou não do remédio. Já o seu pediatra conhece seu filho, sabe como ele está crescendo, se está saudável, pode pedir para você voltar no dia seguinte, ligar para contar como está evoluindo e, com base nisso, tomar a decisão do melhor tratamento. Ou seja, seu Pediatra irá avaliar o número de infecções e o tipo de infecções que ele está tendo para saber se está dentro da normalidade ou se é preciso fazer algum exame para saber como está o sistema imunológico.

E, por fim, fique tranquila, pois essa fase passará logo. Em breve, o sistema imunológico já estará maduro e as infecções serão menos frequentes.

 

Beijos,

Dra. Fernanda Freire

www.seupediatra.com

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