Quando falamos sobre disciplina, é fácil associá-las a termos negativos. Já reparou que a maioria das nossas falas para os nossos filhos, na hora de reverter um mal comportamento, é sempre direcionado de forma negativa?
“Não mexe aí!”
“Não grita!”
“Eu já disse não”
“Se você fizer isso, você não vai… (complete a frase)”
Ainda ficamos com a sensação de que quanto mais falamos “não”, menos as crianças nos escutam. E quando escutam é por medo. Exercer a disciplina não é a mesma coisa que desempenhar um papel negativo. Não precisamos repreender ou punir nosso filho a cada mal comportamento. Sabe aquela história de escolher as nossas brigas? Se recriminarmos as crianças a todo instante, vira algo estressante tanto para nós, quanto para eles.
A palavra “disciplina” vem do latim e significa “ensinar”. Ou seja, possui um significado positivo, bem diferente de castigo. Nossos filhos estão aprendendo as lições mais importantes da vida conosco. E essa é uma responsabilidade e tanto! Tudo o que nós fazemos, como mãe e pai, influência positivamente ou negativamente os nossos filhos.
Precisamos construir uma conexão com eles e não uma relação obediência ou de poder “quem manda aqui sou eu!”. Ao invés de ficarmos o tempo todo dando ordens negativas, precisamos direcionar nossos filhos para o que é permitido. Ou seja, explicar a eles o que queremos que eles façam em vez do que não queremos. Crianças aprendem e processam mais facilmente quando falamos de forma positiva. Em primeiro lugar, direcione a atenção dela para o que você quer que ela faça. Um exemplo simples, se a criança está gritando, ao invés de você falar “não grita”, diga apenas “fale mais baixo”. Precisamos estabelecer uma comunicação positiva e explicar os benefícios da nossa orientação. Essa também é uma forma de estabelecer limites e de direcionar a criança para o que ela pode fazer. Além disso, as crianças processam mais rapidamente o que podem fazer do que o que não podem.
Disciplina positiva e limites caminham juntos
Disciplina e limites se complementam. Não estabelecer limites é quando deixamos nossos filhos soltos, fazendo o que der na telha. Podemos impor limites conduzindo o comportamento da criança de forma firme, ainda assim completamente positiva. Limite é algo fundamental, tanto para nós adultos, quanto para as crianças, pois nos dá segurança e certa ordem para estruturarmos nossa vida.
É claro que as crianças desobedecem aos limites. Aliás, esse é o papel delas. Ultrapassar os limites e desafiar a nossa paciência, faz parte do processo de amadurecimento e aprendizagem das crianças. E é claro que nós perdemos a calma, principalmente quando estamos cansados. É aí que temos que usar nossa capacidade para lidar com situações de desobediência. Porque é nosso papel enxergar cada desafio uma chance para ensinar valores e habilidades de vida. Precisamos nos lembrar constantemente que nossos filhos aprendem com a gente. Nós somos os exemplos!
E se você me perguntar, então o que é melhor: bater, castigo ou nenhum dos dois?
No vídeo abaixo, compartilho a minha opinião.