

Mas eu, na verdade, senti, logo no primeiro ano de vida da minha pequena Isabela, que precisaria ser assim, diferente do que fui com Gabi. Com a Isabela eu precisava ser mais firme, exercitar mais a minha autoridade de mãe e redobrar a atenção, porque as demandas chegavam a todo momento e mais cedo do que eu estava imaginado.
Pois bem, Isabela mal tinha começado a dar seus primeiros passos e já queria tomar banho em pé, debaixo do chuveiro, assim como a irmã mais velha já fazia (claro, ela era bem mais velha!). Não conseguia ainda comer sozinha direito, mas já não aceitava que eu desce comidinha na boca e a colher logo foi substituída por um garfo porque era assim que ela via a irmã fazendo.
Isabela ainda não tinha 18 meses, mas eu começava a perceber que os momentos em que a criança exerce sua autonomia (como comer, tomar banho, etc….) passaram a ser momentos de aflição pra ela. Isso porque eu a considerava novinha demais para certas tarefas e queria ajudá-la a fazê-las o que a levava a ficar irritada e essa irritabilidade estava tornando os nossos momentos bons em momentos de estresse.
E um exemplo disso era o acordar pela manhã. Todas as manhãs, ela despertava e não conseguia sair do berço sozinha. Mas o que ela queria mesmo era acordar e sair caminhando até a minha cama e pedir um pouquinho de leite, assim como faz agora, que algumas mudanças foram realizadas. Fiquei alguns dias pensando em como agir para dar a autonomia que ela pedia sem contudo colocar em risco sua segurança, uma vez que a caminha com grade, neste caso não resolveria.
Ate que tive uma ideia: virei o berço de cabeça para baixo, tirei uma das grades laterais e coloquei o colchão no chão. Ela amou! Alguns frufrus dependurados já foram suficientes pra deixar a minha Isabela super feliz e orgulhosa do seu “mundinho”.
Tirei fotos e ela levou na escola pra mostrar a “Caminha nova” toda cheia de si!!!! Como não podia deixar de ser, fui à escola reforçar a nossa parceria contando o acontecido. Pedi que, em alguns momentos, como a hora do lanche, por exemplo, deixassem que ela exercesse mais a sua autonomia (como tirar o lanche da merendeira e coisas desse tipo). E o resultado não poderia ser melhor: tínhamos agora uma menininha mais feliz porque se sentia mais respeitada em suas vontades e capacidades.
Em casa, eu me orgulhava pela minha assertividade como mãe, por ver a confiança que Isabela ia adquirindo cada vez mais, também através das minhas atitudes. Isso foi ótimo para nós duas.
E você, já passou por algo parecido? Já pensou em mudar a decoração da sua casa tendo em mente uma necessidade do seu filho? Talvez essa ideia do bercinho te ajude.
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Texto escrito por Fabiana Visacro
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