Engravidar é passar por uma transformação no corpo, na mente e na vida de um modo geral. São muitos mitos, verdades, especulações e curiosidades sobre a gravidez que são de interesse não só das futuras mamães e papais, mas também daquelas que planejam um dia ter um bebê.
Alvo de pesquisas científicas, da curiosidade humana, de especialistas e de quem mais possa se interessar, a gravidez é um fenômeno incrível e cada fase é uma caixinha de surpresas. No post de hoje, o Dr. Alfonso Araújo Massaguer, ginecologista e obstetra, fala sobre 3 tópicos que você provavelmente não sabia sobre a gravidez.
1. O cérebro da mãe muda por até dois anos após o parto
A enxurrada de hormônios que afeta as mães durante a gravidez não reflete apenas na barriga crescendo ou nas mudanças emocionais. Um estudo publicado em 2016 na revista Nature Neuroscience re
As áreas afetadas compreendem a cognição social, pensamentos e intuições, e o destaque destas conexões sugerem que os laços maternos são reforçados com o bebê por causa deste período. Para a pesquisa, os cientistas fizeram uma ressonância magnética no cérebro de 25 mulheres antes e depois da gravidez e repetiram o processo com os pais que não apresentaram alteração.
2. Os bebês também sentem a hora do parto
O momento do parto é um dos mais delicados, temidos e emocionantes da vida de uma gestante. Seja natural ou cesárea, a fase exige preparo emocional, esforço físico e causa dor/desconforto que pode ter intensidade variada conforme a mulher e a condição da gravidez. O que pouca gente (ou quase ninguém sabe) é que no parto normal por exemplo, o bebê sofre uma pressão que equivale a aproximadamente 2 kg em cada centímetro da cabeça antes do nascimento. Contudo, antes dos pequenos virem ao mundo, o organismo libera um hormônio sedativo no sangue que bloqueia o cérebro de qualquer sensação de dor.
3. A alimentação da mãe ajuda a formar o paladar do bebê
Antes mesmo de nascer, a criança já desenvolve previamente as funções do olfato e do paladar. É por meio do líquido amniótico, que ainda no útero o bebê absorve os nutrientes que a mãe consome durante a gestação e isso ajuda a compor as primeiras experiências de sabores que podem influenciar a fase após o nascimento. Se a mãe consome muita cenoura, por exemplo, a criança dificilmente recusará esse alimento quando começar a comer.
Todo esse processo começa na 14ª semana de gravidez e dura em média até os 3 anos de idade. Por isso, uma dieta balanceada, com nutrientes e o cuidado com a saúde e tão importante para o bem-estar da mãe e o desenvolvimento do neném.
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O Dr. Alfonso Araújo Massaguer é médico ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana e diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) especializada em reprodução assistida. É professor responsável pelo curso de reprodução humana da FMU e diretor técnico da Clínica Engravida e autor de vários capítulos de ginecologia, obstetrícia e reprodução humana em livros de medicina.
Site: www.mae.med.br