Acredite: comunicação não-violenta é capaz de incentivar a compaixão e a empatia. Boa parte dos conflitos que temos, seja com nossos filhos, familiares, amigos, colegas de trabalho e até mesmo nas redes sociais, podem ser causados mais pela forma como nos expressamos do que pela diferença de opinião. Ou seja, a forma como nos comunicamos faz total diferença. Mas o que é comunicação não-violenta, Shirley?
No post de hoje, a coach infantil, Andrea Valezin, mãe de Davi e Thiago, explica mais sobre o assunto em sua estreia como colunista aqui no MdM. Confira!
Entenda o que é comunicação não-violenta
Criada pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg, a comunicação não-violenta, conhecida como CNV, vem sendo utilizada por pessoas que desejam intervir e agir com meios práticos e eficazes a favor da paz. Ela mostra como as formas culturais predominantes de nos comunicarmos nos levam a entrar em choque com colegas, familiares e pessoas com opiniões ou culturas diferentes. Rosenberg define-a da seguinte forma:
A Comunicação Não Violenta é baseada nos princípios da não violência. A CNV começa por assumir que somos todos compassivos por natureza e que estratégias violentas (verbais ou físicas) são aprendidas, ensinadas e apoiadas pela cultura dominante. A CNV também assume que todos compartilham necessidades humanas básicas e que cada uma de nossas ações é uma estratégia para atender a uma ou mais dessas necessidades.
Em uma linguagem simples, a comunicação não-violenta prima pela empatia e compaixão, pela conexão entre as pessoas. Os sentimentos que afloram diante das situações do dia-a-dia estão conectados às nossas necessidades e ao fato delas estarem ou não sendo atendidas. E como agimos diante disso é muitas vezes estimulado por esses sentimentos. Portanto, muitas vezes, tomamos decisões completamente equivocadas na tentativa de atender essas necessidades.
Ela é extremamente útil para resolver conflitos e oferece três pontos de partida para nos conectarmos com o outro:
1- Oferecer empatia
2- Expressar suas próprias observações, sentimentos e necessidades
3- Promover conexão consigo mesmo por meio da auto empatia
Desde que comecei a usar a comunicação não-violenta em casa, mudamos nossa forma de ver as relações interpessoais. Meus filhos passaram a usar a empatia em todos os momentos, o que nos fez melhorar nosso convívio diário. Além disso, é um tópico que incluo em todos os meus processos de coaching familiar! É um treino diário a sua utilização. Porém, ela faz sentido total e ajuda a resolver conflitos de forma muito mais afetuosa.
Abaixo, coloquei em formas de figura o passo a passo de sua utilização:
Enfim, espero que tenham gostado e façam bom uso da técnica. ;)