Eu fui uma típica mãe de primeira viagem. Na verdade, acho que tinha até alguns agravantes: nunca tinha trocado nenhuma fralda, dado nenhuma papinha, passado uma única tarde cuidado de um sobrinho (ou seja, o meu jeito com bebês era zero, nulo, absolutamente não existia). E aí, no meio dessa inexperiência toda, chegou o Leo, virando minha vida de pernas para o ar, me mostrando que nada é como a gente imagina e que todo aquele controle e organização que sempre fizeram parte da minha personalidade simplesmente iriam por água abaixo. Junto com a água da banheira que a gente joga no ralo todo santo dia.
Confesso que fui uma mãe apavorada, desesperada, exagerada. Daquelas que não deixava ninguém ajudar com nada, que tinha certeza que as cólicas do bebê não iriam passar nunca, que jamais iria dormir uma noite inteira de novo. E, nesse ritmo, quando o Leo estava com uns 6 meses, comecei a desconfiar que eu estava com uma leve depressão pós-parto (nunca confirmada), pois simplesmente não conseguia ver a maternidade com aquela aura dourada que todo mundo via, cheia de alegrias e realizações, de gargalhadas de bebês e sorrisos de mamães. Para mim, a maternidade parecia mais um campo de batalha, onde eu passava 24h tentando aprender, resolver, dar conta. E, na minha opinião, tendo certeza que nunca estava fazendo o suficiente.
Mas aí o tempo passou. Os problemas iniciais que o Leo apresentou foram se tornando cada vez mais administráveis (ele teve uma forte APLV), a gente foi se conhecendo e se entendendo e eu parei de tentar “domar” a maternidade para passar a relaxar e curti-la melhor. O grande aprendizado foi entender que não sou perfeita, que não vou saber o que fazer inúmeras vezes e que vou falhar, e muito, mas que nada disso fará de mim uma péssima mãe. E que ter consciência dessas falhas, sofrer por elas, querer melhorá-las da próxima vez só demonstra quanto estou no caminho certo. E aqui digo que posso ser uma boa mãe, mas jamais perfeita, pois a perfeição não existe – e, mesmo que existisse, seria um fardo muito grande para os filhos carregarem (já pensou ter que agradar e atender às expectativas de pais perfeitos? Os filhos têm que perceber e entender que nós, pais, também temos nossas limitações, até para um dia respeitarem e aceitarem os seus próprios erros e falhas).
Agora, grávida do Caê, olho para trás e penso no caminho árduo que eu e o Leo tivemos que trilhar juntos para eu me tornar a mãe que sou hoje. Ele me ensinou a seguir muito mais o coração do que a razão, não me desesperar no primeiro problema encontrado, não tentar controlar tudo e todos. Graças a ele, sou uma mãe que sabe que pode e vai falhar, que entende que não há mal que sempre dure e nem bem que nunca acabe e que, acima de tudo, aprendeu a respeitar os seus próprios limites.
Quando penso no Caê em meus braços (o que está bem próximo), me imagino louca dando conta de dois filhos, mas também mais relaxada em muitos momentos, tendo consciência de que se as coisas não saírem certas e não forem legais naquele dia, no dia seguinte terei a chance de um recomeço, a possibilidade de fazer tudo diferente, tentar de novo, e ir levando a vida como deve ser: com menos peso, menos cobrança e mais “a gente faz o que dá”.
A receita para ser uma boa mãe não existe. Mas tenho certeza que fazer tudo com amor e sempre ouvindo o que nosso coração tem a dizer ajuda, e muito. O importante é conectar-se com o bebê, conectar-se com você mesma e estar sempre aberta a aprender e mudar.
E lembre-se: ninguém conhece mais esse serzinho que você carrega nos braços que você mesma, por isso, #ConfieNoSeuJeito. Esse mantra da campanha de Baby Dove não podia ser mais pertinente. É isso que faz de você a melhor mãe do mundo: perfeitamente real.
Baby Dove acredita que não existem Mães Perfeitas, apenas Mães Reais, e incentiva que cada uma #ConfieNoSeuJeito. Acompanhe aqui, pelos próximos meses, tudo que eu tenho a dizer sobre isso. Sobre essa maternidade real que eu sempre defendi e apoiei.