Às vezes achamos que nosso filho é baixinho para a idade que tem e aí surge a dúvida: será que ele está se desenvolvendo corretamente? Como identificar problemas no crescimento infantil do meu filho?
Primeira coisa importante a saber é que, assim que o bebê nasce, ele precisa de acompanhamento pediátrico. Isso mesmo! Durante o primeiro ano, as visitas ao pediatra são constantes. Depois vai espaçando. Mas é o pediatra quem vai acompanhar o ritmo do crescimento da criança. Uma ferramenta importante para essa avaliação é a curva de crescimento, que acompanha e identifica qualquer alteração de padrão no desenvolvimento infantil.
Caso o pediatra descubra alguma incoerência no desenvolvimento, vai encaminhá-lo para uma outra especialidade dentro da pediatria, chamada: puericultura. Essa especialidade é que vai descobrir possíveis distúrbios no crescimento infantil.
Como identificar problemas no crescimento infantil
Algumas crianças demoram mais para crescer que outras. Segundo o ortopedista pediátrico Felippi Cordeiro, várias alterações podem atrapalhar o crescimento de uma criança. Algumas delas são: distúrbios metabólicos, alterações hormonais, desnutrição, atividade físicas inadequadas, lesões das cartilagens de crescimento pós trauma ou infecções. Para identificar possíveis causas, é necessário investigar o histórico familiar e outros aspectos do desenvolvimento do paciente.
Um caso que pode acontecer, é o chamado “crescimento lento”, quando a criança baixa o patamar na curva de crescimento. Nesse caso, o principal motivo é a nutrição, seja por uma alimentação pobre em nutrientes ou por uma falha na absorção desses nutrientes pelo organismo.
Outro ponto importante a considerar é que o desenvolvimento ocorre de maneira diferente entre meninos e meninas, com estirões de crescimento em idades diferentes.
Diferenças no crescimento de meninos e meninas
O ortopedista explica que a principal diferença entre o crescimento de meninos e meninas acontece durante o início da puberdade. O chamado “estirão” nas meninas ocorre, em média, entre os 11 e os 12 anos de idade, junto com o aparecimento dos primeiros sinais de puberdade. Nessa fase, uma menina pode crescer 8 cm por ano (em alguns casos pode aumentar até 12 cm em um ano). Após a menstruação, o ritmo diminui cada vez mais até o fechamento das cartilagens.
Já para os meninos, o estirão de crescimento ocorre mais tarde, em torno dos 13 e 14 anos de idade. Muitos adolescentes, principalmente do sexo masculino, desenvolvem características da puberdade mais tarde e, consequentemente, o estirão de crescimento também vem depois. A estatura final será atingida dentro do padrão familiar. Portanto, em sempre há necessidade de tratamento.
Uma informação importante é saber que o desenvolvimento da criança segue, em geral, um padrão familiar. Ou seja, a idade da primeira menstruação da mãe e o padrão de desenvolvimento do pai são dados importantes para saber se a criança está crescendo de maneira esperada e saudável.
E crescer dói?
Quem aí já não ouviu falar nas dores do crescimento? Sim ela existe! Geralmente, se manifesta na fase crucial do desenvolvimento físico – dos 3 a 14 anos. Uma das causas possíveis dessas dores, é a fadiga muscular, provocada, sobretudo, pelo excesso de atividades físicas e de brincadeiras ao longo do dia. Quando acontece, a criança pode sentir dor e câimbras nas pernas ao fim do dia.
O período do primeiro estirão de crescimento e falta de vitamina D também podem ocasionar dores musculares.
No entanto, o ortopedista explica que alterações na rotina familiar e/ou algum evento traumático podem desencadear dores nas pernas e coxas, que se apresentam geralmente à noite e tendem a desaparecer em poucas horas.
É importante ter atenção e avaliar com que frequência e intensidade as dores surgem. Isso porque dores diárias, contínuas, acompanhadas de febre ou outros sintomas devem ser investigados imediatamente por um especialista, no caso ortopedista pediátrico.
Dependendo do diagnóstico, existem tratamentos que podem ajudar no aumento da altura ou diminuição do crescimento. O Dr. Felippi Cordeiro explica que em casos extremos, pode-se optar por correções ortopédicas, como alongamentos ósseos e correção de deformidades angulares dos membros inferiores. Além disso, o especialista ressalta que para diminuir o crescimento, o endocrinologista infantil pode fazer uso de bloqueadores hormonais, sendo que cada caso precisa ser avaliado de maneira cuidadosa e a correção feita de forma individual.
Dicas para um crescimento saudável
Durante o crescimento, é importante que a criança tenha uma alimentação saudável, diversificada e rica em nutrientes. Inclusive, para evitar a obesidade infantil, que pode levar a inúmeros problemas ortopédicos.
Uma forma de combater a obesidade infantil é também a prática de esportes. Porém, a atividade praticada deve ser feita com acompanhamento e segurança, já que crianças podem estar predispostas a lesões devido à imaturidade do neurodesenvolvimento.
Vale lembrar que o excesso de atividades físicas também pode levar a alterações fisiológicas e anatômicas que afetam o crescimento. O esporte na infância é importantíssimo para evitar o sedentarismo e estimular o desenvolvimento saudável do corpo. Porém, desde que acompanhado de um profissional habilitado para atendimento de crianças em diferentes fases de crescimento.
Incentive brincadeiras ao ar livre. Além de ser uma atividade que ajuda a criar anticorpos e aumentar a imunidade, também estimula a coordenação motora.
Repeite o período de sono! O sono é muito benéfico para a saúde e desenvolvimento das crianças. Uma rotina de sono contribui para coordenação, produtividade e desempenho escolar dos pequenos.
Fonte: Esse post foi produzido com informações recebidas pela assessoria Máquina Cohn&Wolfe.
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