Atualmente, muitos pais pensam em guardar dinheiro para o futuro dos filhos, mas não sabe como começar isso. Saiba que com planejamento é possível fazer isso. No post de hoje, nossa colunista, a querida Andreia, economista e mãe do Felipe e do Thomás, ensina um passo a passo de como começar hoje a guardar dinheiro para garantir um bom futuro para os nossos filhos. Confira!
Como guardar dinheiro para o futuro dos meus filhos?
Olá! Esse mês iremos falar de um assunto um pouco diferente. Ao invés de falarmos como educar o seu filho através de brincadeiras e conversas, vamos falar das opções que você, mãe ou pai, tem para começar o famoso “pé de meia” das suas crianças.
É importante destacar que, embora esse seja um desejo de todos os pais, é aconselhável fazê-lo apenas quando a família já possui, ao menos, a sua reserva de emergência montada. Isso porque, a pior coisa que pode acontecer é a família precisar de dinheiro e mexer na reserva da criança. Pelos depoimentos que já tive o sentimento é de como se estivessem roubando a criança e, definitivamente, não é esse o objetivo.
Dado isso, supondo que a família já possua ao menos a reserva montada, como fazer aquele famoso pé de meia para a criança, seja para uma faculdade, uma viagem, um carro ou qualquer outro desejo?
Primeiro passo: tirar o CPF da criança
Crianças nascidas a partir de 2.018 obrigatoriamente saem da maternidade com o número de registro, porém, antes disso o serviço era opcional. Porém, para quem não tem CPF, aconselho acessar o Site da Receita Federal para encontrar o órgão conveniado que atenda a sua região e os documentos necessários. O Banco do Brasil, Caixa Econômica e Correios fazem a emissão. Clique AQUI e saiba mais.
Segundo passo: Decidir onde guardará o dinheiro
Até pouco tempo atrás, havia pouquíssimas opções disponíveis guardar dinheiro no nome da própria criança, sendo os mais conhecidos a conta poupança e a Previdência Privada.
Diante disso, não era incomum os pais abrirem a famosa caderneta e guardarem ali um pouquinho por mês ou quando sobrava algo, mesmo que essa opção não trouxesse grandes rendimentos ao longo do tempo.
Outros pais, por usa vez, nas duas últimas décadas mais ou menos, por indicação do gerente bancário, contratavam um plano de previdência para que a criança, ao chegar aos 18 anos tivesse um dinheiro investido para comprar um carro, fazer uma viagem, fazer faculdade ou, até mesmo, ter um pé de meia para começar sua vida adulta. Foi assim que muitos dos atuais pais iniciaram suas vidas financeiras e, claro, por aprendizado familiar, ainda hoje mantém a “herança cultural”.
Contudo, com a modernidade do mercado financeiro começam a aparecer e se destacar novas opções, como os investimentos através de corretoras. Para isso é necessário que a criança esteja vinculada a conta de um dos pais (a famosa conta conjunta) ou tenha uma conta bancária (bancos físicos ou digitais) no nome dela. Isso porque, por medidas de segurança, as operações financeiras de envio e recebimento de dinheiro via corretoras acontecem entre CPFs de mesma titularidade.
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Com a conta aberta em corretora o dinheiro dessa criança pode ser aplicado em quase todos os tipos de investimento, inclusive mercado acionário. Sendo proibido apenas operações nas quais são exigidos um maior grau de especialização do investidor (mas para quem investia apenas em poupança ou previdência esse é um problema quase imperceptível).
O lado bom dessa nova opção é que como o investimento para a criança, normalmente, tem como objetivo o longo prazo (mais de 10 anos). Então, é possível diversificar os investimentos e realmente fazer o dinheiro trabalhar a favor da criança.
Terceiro passo: Rever o percurso, no máximo, a cada 6 meses
Para que os objetivos sejam alcançados é necessário rever se o retorno dos investimentos está em linha com o objetivo, avaliando se há novos tipos de investimento disponíveis, se houve mudanças nas regras do investimento escolhido, se é necessário revisar o valor aplicado e se o risco do investimento permanece alinhado com a idade da criança.
Sabemos que, infelizmente, muitos adultos não sabem fazer isso sozinhos, por essa razão, vale conversar com um assessor profissional para entender se há necessidade de revisão.
Quarto passo: Conte para a criança sobre o investimento
Muitos pais me perguntam se devem contar ao filho sobre o valor guardado pois tem medo que, ao crescerem, usem o dinheiro indevidamente.
A resposta é: SIM!
Uma vez que você construiu algo no nome deles deve contar e alinhar as formas e uso. Se não confia no filho o problema não está no investimento, está em algum outro ponto e merece ser conversado também.
E, claro, se tiver dúvidas adicionais, não hesite em nos enviar mensagem. Nosso foco aqui é descomplicar para vocês esse assunto tão importante e pertinente para o futuro das crianças.
Grande beijo e nos vemos no próximo mês.
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