Chegou a hora de introdução alimentar, mas o bebê mama em livre demanda. E agora? Como conciliar as duas coisas?
É possível continuar amamentando após a introdução alimentar. Como sabemos, o indicado é a amamentação exclusiva até os 6 meses de idade. Nessa fase, o paladar da criança altera e está pronto para receber novos alimentos de forma gradual. Porém, a amamentação pode continuar até os 2 anos de idade.
Nesse post, a nossa colunista, Dayse Melo, consultora de amamentação, explica como conciliar a introdução alimentar e livre demanda. Confira e compartilhe!
Como conciliar a introdução alimentar e livre demanda?
A Organização Mundial da Saúde estabelece aleitamento exclusivo até os 6 meses de idade. Nessa fase começa a introdução alimentar. Até os 2 anos a amamentação pode continuar com complemento alimentar. Até os 2 anos, o leite materno ainda tem benefícios nutricionais. Além disso, esse período também fortalece vínculo entre a mãe e o bebê.
Ocorre que, a nova fase alimentar está inserida em um contexto muito diferente do que o bebê se encontrava. Anteriormente, sua forma de se alimentar se restringia ao contato com a mãe. Apenas leite materno.
Nesta ocasião, aos 6 meses, o bebê começa a socializar mais. Ele vem à mesa e tem uma visão diferenciada e percepções mais refinadas e desenvolvidas de interação com as demais pessoas.
Ele cresce, passando por um pico de crescimento com maior necessidade calórica.
Todas essas questões envolvem o momento em que são apresentados novos alimentos, texturas, sabores, cheiro para o bebê.
Importante destacar, a importância de um nutricionista infantil e das orientações do pediatra, para que a a introdução alimentar seja satisfatória, garantindo o seu aporte nutricional.
A amamentação deve estar inserida na rotina alimentar conforme a orientação desses profissionais.
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A livre demanda se mantém, porque mamar em livre demanda significa o bebê mamar para suprir suas necessidades alimentares, e quando está com fome. A observação sobre hábitos associativos que fazem com que o bebê requeira o seio em várias ocasiões, deve ser feita em conjunto com os profissionais de saúde que orientam a família, no sentido de manterem a livre demanda mas, sem prejudicar a aceitação aos demais alimentos.
Um bom acompanhamento da rotina da família pode demonstrar em quais momentos o bebê requer para mamar de maneira efetiva e, isso, pode facilitar na elaboração de uma rotina alimentar que mantenha a ingesta e apresentação dos alimentos nesta fase.
Muitas vezes, a introdução de bicos artificiais, pode impactar na permanência da amamentação. Interessante seria, apresentar ao bebê copos diversos de mamadeiras, com bicos mais rígidos ou abertos.
A escolha do método para a introdução alimentar deve ser consciente e bem orientada, para que o bebê se sinta seguro neste processo. A oferta deve ser gradual e cuidadosa.
Lembre-se, o seu bebê não tinha contato com outros alimentos, sabores e texturas… ele está conhecendo! O mundo é novo para ele…
Ao mesmo tempo em que é traçada a rotina alimentar do bebê, a mãe deve se atentar aos cuidados com as mamas. Tínhamos um processo de amamentação onde o bebê estimulava com maior frequência e uma produção que atendia ao que ele requeria. Com a nova fase, haverá menos oferta e o corpo precisa se ajustar à demanda anterior. Isso requer atenção!
Muitas vezes a elaboração de uma rotina de ordenhas para a mãe é necessária para que ela retorne ao trabalho ou, também, para que em sua ausência, alguém possa ofertar o leite materno para o bebê.
Massagens e ordenhas de alívio são orientadas para melhora em um possível desconforto, até que o corpo se restabeleça e produza o que for necessário para suprir o bebê.
Para a introdução alimentar e manutenção da livre demanda é importante que seja avaliada a rotina de sono da criança. Para que ela tenha um descansar de qualidade e aceite as ofertas de tantas novidades apresentadas.
Assim, estando bem alimentado e restabelecido com o sono pode receber os estímulos adequados para a sua fase, caminhando para um desenvolvimento infantil adequado.
Assista também, no Canal MdM, esse vídeo sobre 3 alimentos que deveriam estar na introdução alimentar mas são evitados: