Macetes de Mãe

9 coisas que o seu pediatra deseja que você pare de fazer

Toda mãe, seja de primeira viagem ou não, se depara com situações nas quais, realmente, não sabe o que fazer e, na dúvida, acaba exagerando nos cuidados com os filhos ou ouvindo conselhos que estão longe de ser o ideal. E quem acompanha muitas dessas histórias de perto são os pediatras (que nem sempre se sentem à vontade para puxar nossas orelhas quando preciso). E é sobre esses “deslizes” e exageros que cometemos que hoje trago a tradução de um texto que fala exatamente sobre isto. Ele foi publicado na revista americana Parents e também está disponível no site deles. E já posso adiantar que você vai se identificar com várias das 9 situações que o pediatra entrevistado nos orienta a deixarmos de fazer ou a não nos preocuparmos tanto. Vamos conferir?

pediatra
Photo Credit: uwhealth Flickr via Compfight cc

9 coisas que o pediatra deseja que você pare de fazer

Em entrevista, pediatra nos fala sobre as coisas que os médicos desejam que os pais deixem de fazer. Agora.

Livre tradução de um texto de Tina Donvito para o site Parents

Para se tornar pai ou mãe não existe nenhum tipo de manual. Assim, temos que descobrir muita coisa por conta própria. Mas, nossas fontes de aconselhamento – amigos, internet, nossos próprios pais – podem não ter a informação mais confiável ou atualizada. Então, quando chegamos ao consultório do pediatra, estamos muito estressados, apressados ou envergonhados para fazer perguntas.

Os médicos são excelentes ao dizer o que devemos fazer, mas, às vezes, eles podem ficar hesitantes em serem sinceros com os pais sobre o que não fazer.

Por isso, pedimos ao médico Bill Bush, pediatra-chefe do Hospital da Criança Helen DeVos em Grand Rapids, Michigan, que nos falasse a verdade sobre as coisas que os pais deveriam parar de fazer. Para o bem dos seus filhos.

  1. Pare de olhar na internet para encontrar orientações médicas

Quando você está assustado com algum sintoma diferente do seu filho o primeiro lugar a ir, geralmente, é o Dr. Google.  E mesmo que sites confiáveis como a Academia Americana de Pediatria possam ter informações úteis, ainda é impossível diagnosticar o seu filho pela internet. Em vez disso, leve suas preocupações ao seu médico. “Já me foi passado endereço de sites por que o pai tinha certeza que o filho tinha aquela doença X, Y ou Z”, diz Bush. .

  1. Pare de ir à emergência para tudo 

Também sou culpada por isso. Recentemente meu filho de 3 anos estava correndo e bateu a cabeça na geladeira e depois disso começou a sair sangue do nariz e da boca dele, eu corri para o Pronto-Socorro por não querer esperar o retorno da ligação do médico. Depois de 4 horas e uma conta no valor de $900 ele estava liberado e totalmente bem. “Exceto em emergências extremas, ao ligar para o consultório do médico dá tempo para a criança se acalmar e os pais avaliarem melhor a situação, e então, se for preciso, marcar um horário para consulta”, diz Bush. Cuidados emergenciais em casa ou uma consulta no pediatra no dia seguinte podem ser melhores opções do que o Pronto-Socorro. (PS: Essa vale para mim, Shirley, que vivo correndo com os meninos para o pronto socorro em vez de levar no consultório do médido. Ou simplesmente dar um telefonema para ele. Acho que é coisa de gente ansiosa.)

  1. Pare de pedir antibióticos

É natural queremos que nossos filhos melhorem o mais rápido possível, mas o Dr. Bush diz que os antibióticos nem sempre são a solução. “Há momento em que é absolutamente indicado dar antibiótico – como quando eles têm uma infecção bacteriana, mas para a maioria dos pacientes com doenças virais, ele não é recomendado”, diz ele. “Resfriados e tosses não precisam de antibiótico, neste caso só é preciso de tempo para sarar”. Além disso, dar antibiótico com frequência pode levar a bactéria a ficar mais resistente ao medicamento e assim ficar mais difícil de combatê-la.

  1. Pare de recusar vacinas ou de pedir calendário alternativo para elas

Ironicamente, assim como alguns pais correm para buscar a solução na medicina, outros têm medo de vacinas. Mesmo entre os pais que concordam que a vacina é uma coisa boa, eles estão preocupados em dar muitas doses ao mesmo tempo. “Existem evidências sérias de que as imunizações impedem muitas doenças infantis mortais e debilitantes”, diz o Dr. Bush. “A FDA (Food and Drug Administration) exige que qualquer nova combinação de vacinas prove igual eficácia, como se fossem dadas em datas diferentes, para não sufocar o sistema imunológico”. Já o problema de atrasar vacinas, especialmente em bebês, é que as crianças ficam desprotegidas por mais tempo. “Quando você começa a espalhar os vírus, mais crianças ficam em risco”, diz ele.

  1. Pare de permitir o contato de tempo ilimitado com telas

Vamos encarar: as telas são parte de nossas vidas agora. Mas, mesmo assim, o Dr Bush aconselha que os pais se certifiquem de que os filhos têm brincado e se exercitado ao ar livre, afinal, a interação pessoal ajuda no desenvolvimento social. “A vida é uma interação com as pessoas, por isso incentive as crianças a brincarem pessoalmente com os seus amigos, ao invés de mandar mensagens de textos ou jogar videogame online”, diz ele.

  1. Pare de se culpar pelo resfriado do seu filho

É um mito que ele vai morrer por isso. O seu filho não vai pegar um resfriado por não querer usar um casado para uma caminhada de 10 segundo até o carro. Por isso, não vale a pena brigar com ele por esse motivo. “Doenças virais, como resfriados, vêm da propagação de germes – crianças tocando em tudo e depois tocando nos olhos, nariz e boca”, diz Bush. “Vemos mais a propagação de doenças no inverno, por que é quando as crianças ficam durante todo o dia escolar em áreas pequenas”.

  1. Pare de adiar as consultas quando a criança estiver bem

Todos nós temos uma vida ocupada, e quando temos que considerar um compromisso “não essencial”, é fácil deixá-lo passar. Mas o Dr Bush diz que isso é um erro. “Se deixarmos de cuidar do doente para cuidar de quem está bem podemos fazer um trabalho melhor de prevenção ou de gestão de certas doenças”, diz ele. Isso inclui problemas de audição e visão, sopro cardíaco, pressão arterial alta, crianças com dificuldade em crescer e que possam estar desenvolvendo escoliose. Além disso, as consultas dão a você e ao seu filho uma chance de se sentirem mais confortáveis com o seu médico, e você estará mais a vontade para conversar sobre qualquer preocupação futura.

>>> Confira também: Como escolher um bom pediatra

  1. Pare de usar hastes flexíveis para limpar as orelhas do seu filho

Você pode achar que está ajudando na higienização dele, mas você, na verdade, está apenas empurrando a cera ainda mais para dentro dos ouvidos. “As crianças vêm ao consultório, às vezes, com dor de ouvido ou com redução da audição, porque as orelhas estão cheias de cera que a haste não trouxe para fora, mas empurrou de volta”, diz Bush. Em vez disso, não se preocupe se um pouco de água entrar nas orelhas do seu filho na hora do banho, por que a umidade ajuda a cera a sair naturalmente.

  1. Pare de se preocupar com a temperatura dele

Pode ser preocupante quando o seu filho está com febre, mas desde que ele não seja um recém-nascido, que é um quadro perigoso, a febre é apenas uma coisa a ser relatada ao seu médico. “É um sintoma como um nariz escorrendo, tosse ou dor, parte da coleta de informações é que nos ajuda a tomar decisões sobre qual o diagnóstico e tratamento apropriados”, diz Bush. “É muito raro que só a febre seja um sinal grave”.

Assista também, esse vídeo, no Canal MdM, sobre quando se preocupar se seu bebê está magro:

 

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