Macetes de Mãe

Celulares, tablets e aplicativos para bebês. Sim ou não?

O Léo nunca deu muita bola para os brinquedinhos mais modernosos dele: tapetinho de atividades, jumperoo, brinquedos com luzes e cheios de barulho, essas coisas… Ele sempre teve uma preferência descarada por coisas mais simplesinhas, ou seja, brinquedos coloridos e com texturas, mas que não tem nenhuma outra grande funcionalidade a não ser morder, manusear, encaixar (no início até estranhei, mas hoje acho isso MARAVILHOSO! Pois me divirto criando brinquedos com caixas  e embalagens vazias para ele. E sem contar que economizo uma grana!).
Bom, mas em contra-partida, o Léo é absolutamente apaixonado por celulares, tablets, computadores e afins. É uma desgraça! Não dá para pegar uma dessas traquitanas tendo o Léo por perto que ele se joga em cima, berra, grita e quer porque quer. Claro que hoje ele tem só nove meses e não faz nada além de pertar o botãozinho de ligar do iPhone e do iPad e de morder e babar tudo. 
Entretanto, como essa nova geração é algo meio-highlander-meio-transformers, com certeza, muito em breve, ele já estará prontinho para mexer e remexer nas centenas de milhares de aplicativos que existem e me dar um banho no que diz respeito ao entendimento e a usabilidade do negócio.
Mas isso é bom mesmo? É saudável bebês e crianças bem pequenas começarem a usar super cedo tablets, celulares e afins? Esses mil aplicativos que se dizem educativos realmente funcionam? São úteis? Ou, pelo contrário, acabam prejudicando o desenvolvimento cognitivo dos nossos pequenos?
Eu parei para pensar sobre isso quando o Léo tinha seis meses. Eu o levei para uma consulta com o meu antigo pediatra (que é também amigo da família), só para eles se conhecerem. Pois foi essa médico, um excelente profissional, que me abriu os olhos para essa questão. Na verdade, ele foi categórico na sua opinião, mas começou a abordagem de maneira bem sutil:
– Shirley, quando você pretende dar celulares e tablets para o Léo brincar.
Eu, que nunca tinha pensado sobre isso, respondi:
– Ah, sei lá, quando ele conseguir segurar direito.
Béééééeéé! Resposta errada (só faltou mesmo soar uma sirene). Depois de eu ter respondido a primeira coisa que me veio na cabeça, pois eu nunca tinha mesmo pensando sobre o assunto, ele me informou que, de acordo com a Sociedade Americana de Pediatria, não é nada seguro para nossos pequenos terem acesso a esses tipos de devices antes de completarem, pelo menos, dois anos de idade.
Ó, céus! Mas e agora? Como é que vai ser? Meu filho adora brincar com essas traqueirinhas e eu tenho alguns minutos de folga com isso! (certeza que tem centanas de mães pensando nisso agora. Certeza!). Bom, como vai ser é que, segundo a sociedade que citei aí em cima,  não poderá mais ser. Simples assim.
A Sociedade Americana de Pediatria indica que crianças menores de 2 anos não tenham acesso a instrumentos eletrônicos e aplicativos, mesmo os educativos, porque como esse é um fenômeno recente não se sabe ainda que implicações e efeitos seu uso terá no comportamento e no desenvolvimento delas no longo prazo. Ainda, segundo eles, distrair crianças com tablet pode ter um impacto negativo sobre a capacidade de aprendizado, organização e tomada de decisões, além de gerar um padrão de comportamento alterado (por exemplo: como quando uma criança aprender a jogar através de um aplicativo antes mesmo de aprender a andar ou falar). Ai que medo!
E, como o seguro morreu de velho, na MINHA opinião, já que paira a dúvida se os celulares e tablets e suas mil e uma utilidades são seguros ou não, o melhor mesmo é incentivar nossos filhos a se divertirem com coisas que, há centenas de anos, sabemos que não fazem mal a ninguém (muito pelo contrário!): dança, pintura, leitura, brincadeiras lúdicas, entre outros.
Eu pretendo seguir essa linha mais conservadora, mas vamos ver se vai mesmo ser possível. Afinal, do jeito que a coisa anda, um belo dia vou levantar da cama e encontrar o Léo sentado no sofá da sala, de perninhas cruzadas, e fazendo downloads e mais downloads de coisas que eu nem sonho que existam. Ah!! Esses pequenos que crescem tão rápido!!!….
E você? Qual a sua opinião sobre isso? Gostaria de saber que dúvidas (ou certezas) esse assunto polêmico anda levantando por aí.
Deixe seu comentário abaixo. Eu super agradeço!

 

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