Um casal sorodiscordante é quando um ou os dois parceiros possuem Hepatite B e C e/ou HIV. E uma dúvida muito comum nesses casos é se o casal pode ter filhos. E se pode, será que a criança corre algum risco de nascer com o vírus?
Nesse post, nosso colunista, o ginecologista e obstetra Dr. Alfonso Araújo, explica tudo sobre esse assunto. Confira e compartilhe! ;)
Casal sorodiscordante pode ter filhos?
Uma das dúvidas recorrentes sobre casal sorodiscordante (quando um ou os dois parceiros possuem Hepatite B e C e/ou HIV) é se existe a possibilidade de ele ter filhos. Sim, existe essa possibilidade, sem que a criança nasça com o vírus da doença. Contudo, o processo para reprodução assistida muda conforme o caso. Por conta disso, inclusive, que casais que são sorodiscordante e que desejam ter filhos precisam do acompanhamento de um infectologista. Por isso, continue lendo esse post até o final e entenda como isso funciona. Confira!!!
Procedimento em que o homem e a mulher estão infectados
Nesse caso, o fator determinante para a realização de uma técnica de reprodução assistida é a saúde da mulher. Ela precisa estar com um bom estado de saúde, e ainda ter uma baixa carga viral. O processo de acompanhamento é mais delicado, de modo que tanto a mãe como o filho permaneçam saudáveis durante toda a gestação.
Processo quando o homem está infectado mas a mulher não
Em casos onde apenas o homem está infectado o tratamento acaba sendo mais simples. Isso porque o fator determinante é sempre a saúde da mulher. Nesse tipo de situação o parceiro passará por uma série de exames e processos para avaliar a saúde do sêmen e tratá-lo. É realizada uma lavagem seminal de modo a garantir que não haja nenhum risco de contaminação. Com isso, é possível garantir uma gestação 100% livre de contaminação.
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Procedimento quando apenas a mulher está infectada
Quando apenas a mulher está infectada o processo também acaba sendo mais complexo. É feito um acompanhamento detalhado da saúde da mulher, de modo a evitar qualquer tipo de complicação ao longo da gestação. Além disso, para que seja possível a realização de qualquer técnica de reprodução assistida, a paciente precisa ter uma carga viral baixa. Outro ponto importante é que os cuidados precisam continuar até depois do nascimento. Geralmente, a gestante que está infectada não realiza o parto vaginal. Isso porque há um grande risco de contaminação por conta do sangue. A amamentação também precisa ser feita com cautela, uma vez que a doença também pode ser transmitida por meio do leite materno.
Cuidados a longo prazo
Os cuidados do casal sorodiscordante também precisam ser a longo prazo. O ideal é que a criança tenha um acompanhamento contínuo com um infectologista pelo menos até completar 10 anos de idade. Isso porque, caso haja identificação de vírus o tratamento pode ser feito ainda em estágio inicial, por meio da prescrição de coquetéis de remédios. Esse acompanhamento é indispensável pois muitas vezes o vírus só é identificado anos após o nascimento da criança. Logo os pais precisam ter obrigatoriamente essa cautela. Depois dos 10 anos, as chances de desenvolvimento do vírus são menores, mas é sempre recomendado permanecer com o acompanhamento de um especialista infectologista.
Conclusão
Agora que você sabe como é o processo de reprodução assistida para casal sorodiscordante, o ideal é procurar um especialista. Ele poderá te dar todas as orientações necessárias, bem como realizar exames para verificar qual a melhor técnica para o seu caso.
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