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Bruxismo infantil – crianças que rangem os dentes dormindo

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Ainda outro dia, em uma dessas conversas entre mães, ouvi um comentário sobre bruxismo infantil. Na hora, parei para pensar se já tinha percebido alguma coisa parecida no Leo ou no Caê e, claro, fiquei mais atenta nos dias seguintes. Para minha alegria, não percebi nada de diferente nos meninos, mas como várias crianças podem apresentar bruxismo (e os pais nem imaginarem!) resolvi fazer o post de hoje.

O bruxismo infantil, para quem ainda não sabe, é o movimento involuntário de ranger dos dentes. Já tinha ouvido bastante esse termo entre os adultos (meu marido e algumas amigas tem), mas confesso que nunca entre os pequenos.

Porém, pesquisando o assunto, descobri que a ciência ainda não sabe o real motivo desse hábito nas crianças, mas existe uma forte ligação dele à fatores emocionais ou problemas de oclusão (que é quando os dentes não se “encaixam”).

Photo Credit: evilpeacock Flickr via Compfight cc

Geralmente, a criança pode ter bruxismo por volta dos 3 anos e meio e, em muitas situações, o hábito some sozinho até os 6 anos, que é quando ela se acostuma com a arcada dentária e aprende a lidar melhor com as emoções.

Apesar do ranger dos dentes ser mais comum à noite, se muito intenso o seu filho pode reclamar durante o dia de dor de cabeça, zum-zum no ouvido, dores musculares no rosto e ter estalos na região da mandíbula.

Então, quando um desses sinais aparecer, acompanhado do barulho estranho dos dentes, o melhor é levar a criança ao dentista, para uma avaliação, mas também é importante rever alguns hábitos em casa, como por exemplo avaliar se a criança está tendo um ambiente tranquilo para dormir (sem barulho de televisão, computador), se ela está com tempo para brincar ou anda cheia de tarefas para fazer, entre outras coisas que podem vir a “estressá-la”.

Como o bruxismo tem relação com nervosismo, estresse e ansiedade (os tais dos fatores emocionais), qualquer coisa pode influenciar, desde a separação dos pais, a mudança de escola e uma agenda muito cheia. Ah, e tudo isso deve ser informado ao dentista, para facilitar o diagnóstico. Tem até estudo que fala que se os pais tem bruxismo à criança também pode ter, assim como o problema ser mais comum naquelas que falam dormindo ou babam bastante. Mas como tudo na vida, cada caso é um caso e deve ser investigo de forma individual.

Mas o que a gente sabe é que, depois da avaliação odontológica, o dentista vai passar a orientação do tratamento mais indicado para o bruxismo infantil, que pode ser com um psicólogo, se a causa for emocional, ou até com fonoaudiólogo, em caso de alterações na anatomia da arcada dentária. Quanto à plaquinha, comum no tratamento entre os adultos, nem sempre ela será indicada e, quando for, é por volta dos 6 anos, idade em que os dentes permanentes já nasceram.

Como se viu, devido a todas essas possibilidades de causas e de tratamento o ideal é procurar a opinião do especialista o quanto antes e descartar a hipótese de prejuízos que possam durar até a vida adulta.

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