Hoje, mais um texto superbacana, interessante e útil da Ale Palazzin e da Graziela Faelli, fisioterapeutas e autoras do blog Tempo Mágico, que compartilha informações úteis e relevantes sobre desenvolvimento infantil.
E no post de hoje a dica é para as mães e pais que não gostam de brincar, que sabem da importância, para a criança e também para a relação entre pais e filhos, desse tipo de hábito, mas que tem dificuldade em fazê-lo.
Venha ver. Como sempre, um texto muito bacana.
>>> Leia também, das mesmas autoras, esse texto: Por que algumas crianças falam mais tarde que outras.
Brincar com os filhos: como eu faço se eu não gosto de brincar?
Por Ale Palazzin e Graziela Faelli, fisioterapeutas e autoras do blog Tempo Mágico
Brincar é natural da criança, ela faz isso o tempo todo e em qualquer situação. Este é o modo de ela descobrir e se relacionar com o mundo. Em diversos momentos faz isso sozinha ou com outras crianças e adultos, testando o que ela é capaz, desenvolvendo novas habilidades e experimentando. Porém, brincar especificamente com seus pais têm uma grande importância para eles. O afeto envolvido na brincadeira “turbina” o aprendizado e o desenvolvimento, aumenta a conexão entre pais e filhos e permite que se conheça melhor quem é aquela criança.
Mas o que fazer se você não gosta ou não tem vontade de brincar?
Muitos de nós podemos estar bem desconectados do mundo das brincadeiras: vivemos trabalhando e correndo de um lugar para outro, temos poucas oportunidades de nos divertir e brincar. Não dizemos isso apenas em relação a fazer essas atividades com as crianças (ou por elas) mas por nós mesmos. Quando foi a última vez que parou para fazer algo que você gosta, que te entretem, algo que você não quer parar e até te faz perder a noção do tempo? Sim, a brincadeira pode estar bem distante de nosso dia a dia.
Mas sabendo da importância que o brincar junto com os pais têm na vida dos nossos filhos, muitas vezes passamos por situações em que pensamos “eu TENHO que brincar”, e isso não nos traz uma sensação boa, uma vontade de realmente querer estar fazendo isso naquele momento.
E é por isso que hoje trouxemos algumas dicas que podem auxiliar nesses momentos e, quem sabe, ajuda-la a gostar e até esperar por estas horas.
- Ache e proponha uma atividade que você também goste de fazer. O brincar é algo individual, então, o que pode ser brincadeira para um pode não ser para o outro. Procure coisas que vocês dois gostem, o que pode ser lego, boneca, livros, jogos, bola, etc…
- Lembre-se do que você gostava de brincar quando era criança, assim, você vai ter uma boa idéia de que tipo de brincadeiras também pode diverti-la. Resgate o que é brincar para você e coloque isso na brincadeira.
- E tudo bem se você não brincar de tudo. Converse com a criança e explique que você prefere brincar de outra coisa, não de bola, por exemplo, e que isso ela pode fazer com o papai ou com outro amiguinho e em outro momento. Eles vão entender e, aos poucos, aprender quais são as suas preferências também. Para eles, importa mais a sua presença do que o tipo de brincadeira
- Crie um momento na sua rotina para a brincadeira juntos. A criatividade, interação, descobrir os seus gostos é um exercício. No começo pode parecer mais mecânico, mas com o treino logo vão estar ansiosos pelo momento de brincar.
- Por fim, sempre pensamos no brincar como “algo de criança” ou “algo para a criança”, que temos que realizar por eles, mas isso faz bem para nós também! A ideia é se divertir junto! É isso que aproxima, que traz um conhecimento mutuo sobre o outro.
Alessandra Palazzin é fisioterapeuta, especializada em neuropediatra, mestre em aprendizado motor e mãe do Pedro. Graziela Faelli também é fisioterapeuta, especializada em neurologia pela USP, mestre em neurociências (UNICID) e mãe do Rafael. As duas são autoras do blog Tempo Mágico, que trata sobre desenvolvimento infantil. Siga o blog Tempo Mágico nas suas redes sociais e fique por dentro de informações interessantes e úteis sobre desenvolvimento infantil: Facebook e Instagram.