Amei essa reflexão da nossa colunista, a economista Andreia Fernanda: boleto é cringe?. Mais do que nunca a educação financeira virou algo extremamente importante. E quem é da mesma época que eu já deve ter se lamentado por não ter aprendido antes sobre finanças. Já passou, não podemos voltar atrás, porém, podemos aproveitar para ensinar tudo o que estamos aprendendo aos nossos filhos.
Certamente, quanto mais cedo nossos filhos souberem lidar com dinheiro melhor. E esse aprendizado pode começar a partir dos valores que temos sobre dinheiro. Acho que vale a pena a leitura abaixo e depois parar e refletir: qual é a imagem que você está passando para seus filhos sobre os boletos que estão chegando?
Boleto é cringe?!?!
Possivelmente você já se deparou em algum lugar com um meme, piada, comentário, artigo ou discussões sobre a geração millenial dizer que boleto é cringe.
Mas o que é cringe?
Cringe é uma palavra “emprestada da língua inglesa” para definir algo que causa vergonha, que é cafona ou antiquado. Termo que, cá entre nós, é usado por todas as gerações para falar dos hábitos da geração anterior, embora com outras palavras (brega, mico, etc)
Dificilmente encontraremos mulheres nascidas nos anos 80 que nunca disse: Que mico! Ao ver uma foto sua quando criança de meia e sandália (e chuquinhas dos dois lados, estilo Punk a levada da breca).
Ou seja, sempre acharemos um mico ou algo cringe por aí.
Mas, essa história do boleto ser cringe incomodou muita gente. Dedos foram apontados dizendo que é cringe porque eles vivem na casa dos pais e não pagam as próprias contas.
Mas será mesmo que é por isso?
Como educadora financeira tenho muitas dúvidas. E, sinceramente, acho que a culpa é da nossa própria geração que insistentemente diz:
Quando deveríamos ensinar que:
- Só tem boleto de água e luz quem tem uma casa;
- Só tem boleto de escola quem pode pagar por uma e estudar
- Só tem boleto de cartão de crédito quem compra algo
- Só tem boleto de carro quando se tem um carro
Ou seja, será mesmo que boleto é cringe ou a forma que os expomos que é?
Será que como mães estamos ensinando aos nossos filhos olhar para finanças e boletos (ou faturas) com olhos de liberdade ou os estamos mostrando que boletos são prisões e por isso cringe?
Será que a cada post sobre boletos serem prisões não estamos condenando uma geração inteira a abrir mão de conquistas porque o lado ruim é pagar por elas?
Boleto não é cringe, falar deles o tempo todo como forma de condenação é e sou obrigada a concordar com a geração do milenials.
Se a cada boleto que chega eu reclamo ou posto uma piada, como encararão as coisas?
Por que guardarão dinheiro se ao final terão um boleto?
Por que batalharão pelas suas conquistas?
Como educadora te desafio a pensar sobre isso e fazer uma autoanalise de como olhou para toda essa situação.
Como mãe está ensinando aos seus filhos o valor de uma conquista?
Será que está mostrando prazer ao poder pagar por elas ou mostrando que é horrível pagar?
Essa discussão entre gerações, no final das contas foi importante para parar, respirar e decidir: é isso mesmo que estou ensinando? Será que não chegou a hora de mudar ao invés de apontar dedos?
O que a criança presencia no dia a dia é o que ela repete. Cuide dos seus hábitos. Seu futuro e o futuro das crianças agradecem.
Nos vemos no próximo mês.
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