Uma dúvida bastante comum entre mães é: até quando devo, realmente, amamentar?
Já ouvi pessoas dizerem que o leite não tem mais vitaminas ao longo dos anos, que a criança que mama por muito tempo se torna dependente da mãe, que amamentar depois de certa idade pode até causar problemas psicológicos, entre tantas outras “abobrinhas”.
Mas será que amamentar por muito tempo pode mesmo trazer algum tipo de prejuízo?
Bom, a primeira coisa que eu quero falar é: a amamentação é uma ligação muito forte entre mãe e filho e quem decide por quanto tempo a criança vai mamar é ela e a mãe. Simples assim. Ainda, como todo mundo está careca de saber, a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica a amamentação materna exclusiva até os 6 meses e, depois, complementar (junto com o oferecimento de outros alimentos) até, pelo menos, 2 anos de idade (sem um limite máximo para isso).
Ainda, pesquisando um pouco sobre esse assunto, descobri muita coisa legal sobre a amamentação prolongada e resolvi compartilhá-las com vocês aqui (veja também o post no qual eu falo sobre os benefícios da amamentação para a mãe).
Nutrição – Segundo a Unicef, 500 ml de leite, no segundo ano de vida do bebê, garante 95% das necessidades de vitamina C, 45% de vitamina A, 38% de proteína e 31% do total de energia que a criança precisa todos os dias. É, parece que o leite materno está longe de ser um alimento sem qualquer benefício, né?
Desenvolvimento – Mamar é um exercício para os músculos da face e da boca, estimulando a respiração, a deglutição e a harmonia da face e da dentição. Com a mamadeira isso já não acontece. Algumas pesquisas apontam também que as gorduras insaturadas do leite materno ajudam no crescimento do cérebro e do sistema nervoso.
Reforço imunológico – O caráter imunológico também continua a valer, assim como nos primeiros seis meses. Então o leite materno vai prevenir a criança de infecções gastrointestinais, respiratórias e urinárias.
Menos alergias – O leite de vaca e, em alguns bebês até o leite de soja, podem causar alergias que com o leite materno são muito mais difíceis de aparecer.
Segurança e não dependência – Segundo alguns pesquisadores, as criança que mamam, mesmo com mais de 2 anos, por exemplo, são mais seguras e confiantes, porque elas vão conquistar a independência no seu próprio ritmo. Então, um lembrete: essa história de que o bebê vai ficar muito dependente da mãe é mais uma questão de personalidade do que da amamentação.
Mãe e filho saudáveis – Sabemos que amamentar reduz os riscos de câncer de mama, de útero e de ovário, além de diminuir a incidência de osteoporose. Já nas crianças a amamentação está relacionada a menores chances de sobrepeso e obesidade (um problema que tem preocupado muitas mães hoje em dia).
Uma economia benéfica – E todos esses benefícios influenciam diretamente no nosso bolso (não tem como negar), já que as fórmulas para os bebês não são assim tão baratas.
Sobre o desmame, o ideal é que ele aconteça de forma natural. Algumas mães contam até que o próprio filho disse que não queria mais mamar no peito, que agora é a vez só do irmãozinho. E você, ainda amamenta?
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