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As seis coisas que eu faria diferente se o Léo nascesse hoje

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Imagem: ryanaweaver.com

Hoje, olhando para trás e analisando tudo que vivi com o Léo, percebo que algumas coisinhas eu teria feito um pouco diferente. Nada que eu morra de arrependimento ou que eu fique remoendo a decisão tomada, mas coisas que agora, com um pouco mais de experiência e segurança, eu vejo que poderia ter conduzido de outra maneira.Abaixo, trago para vocês a lista das cinco coisas que, se o Léo nascesse hoje, eu faria diferente do que fiz na época. Não quero dizer que esse seja o caminho e que é dessa forma que tem que ser feito, até porque, se fizesse isso, estaria justamente indo contra o que eu afirmo no sexto e último tópico desse post. Mas quero simplesmente relatar a minha experiência e o aprendizado que isso me gerou. Quem sabe, vocês também não se identifiquem e esse post ajude novas mamães em algumas experiências que ainda estão por vir.

1. Eu esqueceria esse negócio de mamar de três em três horas

Assim que o Léo nasceu, eu entrei numa nóia que o certo era o bebê mamar de três em três horas, que eu não poderia acostumá-lo mal, que ele não poderia fazer meu peito de chupeta, e por aí afora. Esse foi, na verdade, um desserviço que o livro Os segredos de uma encantadora de bebês me prestou. Quis seguir à risca essa dica da autora e acabei metendo os pés pelas mãos. Me estressei, me cansei, me irritei. Hoje, eu entraria com a cara e a coragem na livre demanda e depois deixaria as coisas se acertarem por conta. Com certeza, com o tempo, o próprio bebê acertaria o seu reloginho e passaria a mamar em intervalos maiores. PS: já comentei sobre o livro da Encantadora aqui, na verdade em vários posts. Continuo achando-o ótimo, só que nesse ponto, prefiro da próxima vez fugir à regra.

2. De dia, também colocaria o Léo para dormir no berço

Logo que o Léo nasceu ele dormiu no seu bercinho à noite. E foi super fácil fazê-lo acostumar com esse cantinho. Final da tarde eu amamentava, dava um banho morno, o colocava ainda acordadinho  no berço e ele pegava no sono por si só. E para ser ainda melhor a história, ele dormia, desde muito novinho, por cinco ou seis horas seguidas e também não ficava acordando a todo instante na madrugada (acho que no início ele até dormia melhor que agora. kkkk!). Não querendo estragar de forma alguma essa benção divina que eu tive, resolvi que de dia o Léo não iria para o berço, justamente para não confundir dia e noite e não acabar atrapalhando o sono noturno. Sinceramente, não sei de onde eu tirei essa sandice. Certeza que não foi dos livros que li (incluindo o da Encantadora). No fim, essa decisão maluca me criou um probleminha bem chato de resolver: o Léo sempre deu problema para dormir de dia, justamente, por não ter uma rotina do sono organizadinha e não ter um lugarzinho gostoso com o qual ele identificasse a soneca diurna. Bom, certeza que com o próximo filho isso também será diferente e ele vai dormir no berço, também de dia, desde o início.

3. Incluiria, desde muito mais cedo, o Léo na MINHA rotina

Quando o Léo nasceu eu basicamente passei a viver a vida dele, deixando totalmente para segundo plano a minha. Ok, isso é comum, é normal e é até necessário, mas vamos combinar que é por um período de tempo. Até o bebê ter um mesinho ele realmente é muito pequenino e não dá para sair por aí carregando-o de baixo do braço pra cá e pra lá, mas com o tempo, ele já pode ir se integrando à rotina da mãe e da casa. Ou seja, já dá para ir ao banco e levá-lo junto (ou a algum lugar muito mais divertido), dá para dar umas passeadas no shopping, dá para visitar amigas, dá até para pegar um cineminha (nas cidades que rola o Cinematerna). Só que euzinha aqui, passei basicamente três meses enfurnada dentro de casa, tentando manter a rotina do meu pequeno rigidamente sob controle, evitando levá-lo para lugares supostamente perigosos para a sua idade e fugindo do trabalho de sair sozinha com um bebê. Hoje sei que o Léo não teria quebrado no meio se eu fosse dar uma volta no shopping, que ele não teria entrado em surto se saíssemos um pouquinho da rotina e que eu também não teria morrido por ir a lugares diferentes da minha casa carregando uma trouxinha com a qual eu ainda não sabia lidar muito bem.
Ok, talvez isso seja o que eu falo agora, que já passei pela fase mais difícil e já sei lidar muito melhor com as coisas, mas garanto que no próximo vou levar as coisas de uma forma mais leve, tendo uma vida mais equilibrada entre o dentro e o fora de casa e incluindo também o bebê na minha rotina em vez de só pensar em eu me adaptar a dele.

4. Dormiria quando ele estivesse dormindo

Um dos conselhos que eu mais ouvi quando o Léo era bem, bem pequenininho foi: “durma sempre que ele dormir.”. Mas eu simplesmente não conseguia. Eu queria ficar por perto, queria estar de olho, queria ter certeza de que tudo estava bem. À noite sim eu relaxava mais (na verdade caia morta, tamanho o cansaço), mas durante o dia eu não me entregava de jeito nenhum. Desconsiderava todos os apelos e ficava a postos, acordadíssima, pronta para qualquer coisa que meu pequeno precisasse (como coisa que eu não fosse acordar de qualquer jeito ao primeiro sinal de que ele estava despertando!).
Hoje sei que isso é bobagem. Não tem a mínima necessidade de ficarmos grudadas nos nossos bebezucos, eles continuarão respirando e vão chamar sempre que precisar (ah se vão). Então, o melhor é relaxar e se entregar a uma sonequinha gostosa sempre que loucura incessante da casa der uma trégua.

5. Esqueceria essa bobagem de que não pode pegar no colo se não acostuma mal

Como já comentei aqui em outros posts, eu li vários livros quando estava grávida, justamente para me preparar e fazer tudo certinho quando o Léo chegasse. Só que todos os livros que eu li eram de uma linha americana um tantinho rígida, que prega que não podemos acostumar mal nossos pequenos e nesse acostumar mal se encaixa pegar o bebê muito no colo. Não vou dizer que não peguei, é claro que peguei, pois às vezes era necessário (cólicas mil) e em outras era simplesmente impossível resistir (bebês são coisinhas fofas, gostosas, cheirosinhas e quentinhas. Quem “guenta”?), mas sempre que fazia isso ficava me perguntando se estava fazendo a coisa certa, se não iria mal acostumá-lo, se isso não iria me gerar problemas mais tarde. Quer saber? Que vapapu esse negócio de que não dá para pegar. A gente carregou as coisinhas no bucho por nove meses e agora não pode ter o prazer de afofar de vez em quando (ou um pouco mais do que de vez em quando)? Como diz a minha sogra:  quando eles fizerem 18 anos não estarão mais fazendo isso. Então, tudo são fases. Mesmo que a gente crie algum hábito não tão desejado (quem quer carregar um bebê de 12/15kg no colo a toda hora) um dia passa.

6. Eu seguiria menos regras

Esse tópico é, na verdade, meio que um resumo dos demais. No geral, acho que se o Léo nascesse hoje, eu seguiria menos regras. E, em contra-partida, seguiria muito mais meu coração. Até porque, é difícil adaptar sempre a mesma regra a bebês, famílias, casas e rotinas diferentes. Só nós, mães, é que podemos saber mesmo o que é melhor para nossos filhos e o que irá funcionar direitinho com eles. Os livros, com todas as suas regras, são super úteis, devem ser lidos e levados em consideração, mas isso não significa seguir ao pé da letra tudo que se encontra por lá. Ou por aqui, nesse post. Risos!

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