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Ansiedade infantil – o que fazer para ajudar seu filho?

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Ah, a ansiedade! Ela faz como que a nossa cabeça fique a mil, pesando em inúmeras possibilidades, sendo que muitas coisas estão bem longe de acontecer ou, quem sabe, nunca irão de fato virarem realidade. Como sou uma pessoa ansiosa sei muito bem o que é sentir isso e, o pior é que, infelizmente, parece que o Leo puxou esse meu lado também e já apresenta traços de ansiedade infantil.

Pensando em ajudá-lo a lidar da melhor forma possível com essa situação, comecei a procurar ideias, dicas e macetes para evitar contratempos. Então, reuni no post de hoje tudo o que sei até agora sobre o assunto ansiedade infantil. E peço a ajuda de vocês para também compartilharem aqui seus aprendizados (no espaço para comentários) caso também já tenham passado por essa experiência.

Photo Credit: Lazy_Artist Flickr via Compfight cc

Para começar, acho legal a gente entender que a ansiedade infantil é uma mistura de sentimentos. De modo geral, a criança pode ter medo, apreensão, preocupação e até sinais físicos, como palpitações, dor no peito, dor no estômago e falta de ar. Só que, em cada fase da vida, a ansiedade vai aparecer de uma forma. Nos bebês, por exemplo, é comum o choro frequente, a dificuldade de se alimentar ou de dormir devido à ansiedade de se separar dos pais (Fase da ansiedade ou angústia da separação).

Já quando eles estão um pouquinho maiores, a partir dos 2 anos, a irritação, inquietude, birra e a necessidade da presença do pai ou da mãe o tempo todo também indicam que a criança é ansiosa (Totalmente o Leo! Nossa!). E, com o passar dos anos, outros sinais também aparecem devido a situações e experiências que geram ansiedade. Nesse caso, seu filho pode começar a ter déficit de atenção, ter dificuldade para realizar as tarefas do dia a dia,  ter dificuldade de fazer novos amigos ou, até, começar a fazer de forma muito rápida alguma atividade específica na ânsia de acabar logo (aqui é escovar os dentes, por exemplo).

>>> Leia também sobre bruxismo infantil.

A balança para saber se a ansiedade está equilibrada ou não são os pais. Descobri que ser um pouquinho ansioso vai ajudar a criança a realizar as tarefas com comprometimento, já quando essa quantidade é exagerada a coisa muda de figura. O que não pode é a criança se tornar agressiva, ter medos em excesso, estar sempre com dores (seja de cabeça, estômago, etc..) ou chegar sentir falta de ar.

Ao notar esse comportamento diferente, a primeira coisa que devemos fazer é conversar com o pediatra da criança porque a ansiedade não é uma questão que pertence só ao psicológico. Doenças na tireoide ou infecções também podem ter relação com o problema.

E quando falo em procurar um médico não é para gerar pânico. Isso não significa que nossos filhos irão tomar remédios controlados ou algo parecido. Há tratamentos psicológicos e fitoterápicos que funcionam super bem e que não tem contra-indicação para a criança.

Mas, como disse no começo do post, pesquisei também coisas que podemos e devemos fazer em casa para controlar a ansiedade infantil.

A primeira dica é evitar criar expectativas. Sabe quando você fala pra criança que a família vai viajar e o seu filho não consegue dormir à noite? Esse é um sinal de ansiedade. Se notar que a situação está acontecendo com frequência, evite falar de compromissos marcados para um futuro um pouco distante.

Outra coisa importante é jamais ignorar esse sentimento. Não tente minimizar o sofrimento da criança (como sou ansiosa sei bem como é lidar com isso). Procure explicar e conversar sobre ele. Diga que a preocupação que ele está sentindo outras pessoas também sentem e que há formas de lidar com esse sentimento.

Uma atitude que diminui bastante a ansiedade do Leo é a rotina. Então, já tenho estabelecida a agenda da nossa semana. Ele sabe exatamente o horário de acordar, o horário de ir para a escola, a hora de brincar, a hora das atividades da tarde, a hora das refeições, do banho e de dormir. Assim, este será um motivo a menos de preocupação.

Outro macete é não exigir demais da criança, afinal, ela é apenas criança e precisa aprender tudo, inclusivo a lidar com esse sentimento.

Evite, ainda, expor a criança a brigas e discussões em casa. Nem sempre os nossos filhos vão entender um momento complicado que os pais estejam passando, então, muito cuidado com o que se fala perto deles.

Um detalhe que considero bastante importante é não adiar ou fugir de uma situação de ansiedade. No caso, prefira criar alternativas. Por exemplo, se o seu filho fica ansioso por que tem medo de piscina, fique brincando com ele perto de uma, depois, fique na borda, até que ele consiga entrar com você. Ou, se você não puder estar junto, crie com o seu filho alternativas para resolver o problema, como uma lista do que seguir.

Para finalizar, quando a criança estiver passando por uma crise de ansiedade, controle a situação respirando bem fundo com ela e mostrando possibilidades e alternativas que possam ajudar nessa hora.

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