Macetes de Mãe

Amor que não se pede, amor que não se mede

É claro que eu já sabia o que era o amor. É claro que eu já tinha sentido no corpo, na carne e na alma esse sentimento arrebatador. Sempre fui doida pela minha mãe e também casei apaixonada (fora os romances de juventude), mas amor de mãe e filho, ah, esse sim, chegou para mostrar, de verdade, como é esse sentimento que a gente sofre tanto para tentar definir (e dificilmente consegue).

Quando a gente coloca um filho no mundo, somos tiradas do nosso prumo, vemos roubada a nossa sanidade, nos entregamos a um sentimento sublime que só cresce, e cresce e cresce. Amar um filho é ter a certeza, absoluta, de que você daria a sua vida por alguém, sem pestanejar sequer por um segundo. É acreditar que seu corpo não tem limites, que não existe cansaço e que a esperança, de verdade, é a última que morre. Quer dizer, não é a última porque o amor vai seguir lá muito depois dela.

 

Falo isso com tanta certeza por tudo que já vi e vivi desde que o Leo, e agora o Caê, entraram na minha vida. Foram eles que me apresentaram a esse amor que eu já tinha ouvido falar, mas que nunca tinha sequer imaginado a real intensidade. Foi pelo amor que senti e sinto por esses dois serzinhos que faço coisas que jamais imaginei, me coloco em situações que jamais sonhei e, principalmente, sinto que tudo, mas tudo, tudo mesmo, sempre vale a pena.

E quando me pego assim, inebriada por esse amor que tudo pode, tudo vence e não tem limites é que lembro com ainda mais nitidez de tudo que minha mãe sempre fez para mim e do imenso amor com que ela sempre me criou – hoje, percebo em mim o tamanho desse sentimento, apesar de expressá-lo de maneira tão diversa ao dela. Não de um jeito melhor ou pior, mas diferente. Até porque minha personalidade pouco parece com a da minha mãe. Diferente de mim, que sou uma pessoa mais fria e explosiva, ela é doce, delicada, sensível, amorosa, comunicativa e nasceu, definitivamente, para ser mãe. Minha mãe é uma daquelas pessoas por quem a gente se apaixona à primeira vista. Ela exala amor, carinho, cuidado e gentileza.

Toda vez que penso em como ser melhor para meus filhos, busco inspiração na minha mãe, simplesmente porque ela partiu do preceito mais básico para nos criar – amor, acima de tudo, amor. E acredito que deu certo! Tento, então, do meu jeito, reproduzir toda a segurança que sentia como filha para o Léo e para o Caê. Sempre faço o que posso para transmitir esse mesmo amor infinito a eles, ainda que não te forma tão perfeita como minha mãe.

Uma história que mostra um pouco do amor e cuidado que a minha mãe sempre teve comigo e com o meu irmão vem lá da minha infância, de quando eu ainda vivia na casa dos meus pais, no interior do Rio Grande do Sul. Lá, no inverno, fazia um frio danado, com vários dias com temperaturas abaixo de zero. E o que a minha mãe fazia nesses dias? Acordava mais cedo (em vez de aproveitar a cama quentinha) só para deixar tudo preparado para a gente não sofrer um “choque térmico” ao sair da cama.

Lembro que ela aquecia o meu tênis próximo ao fogão à lenha e passava o meu uniforme com ferro quente. Tudo para eu sofrer menos com a roupa e com o calçado gelado ao vesti-los.

E ela nunca reclamou disso. Nunca achou ruim ter que pular antes da cama para fazer isso (por mais que a gente dissesse que era desnecessário, todo dia frio lá estava ela repetindo o ritual) e sempre afirmou ser um prazer, algo que a deixava feliz. E acredito que era a forma singela de ela demonstrar todo seu amor por nós. Não sei se eu seria capaz de reproduzir esse cuidado, mas tenho certeza que, assim como ela, faço o que está ao meu alcance para os meus filhos. Também sei que, assim como ela, provavelmente vou querer dar muito mais a eles do que a realidade me permitir.

A verdade é que, olhando para trás, percebo que não importam as nossas diferenças. Temos um sentimento muito forte que nos iguala: o amor de mãe. Ainda que a gente o expresse de forma tão diversa, somos iguais. Afinal, não existe jeito errado de amar um filho.

E você, que história marcante de amor você tem com a sua mãe. Conte para a gente, no espaço para comentários, um momento da sua vida em que o amor da sua mãe tenha realmente lhe marcado. E quando deixar o seu relato, não esqueça de marca-lo com a hashtag #AmoComoVocêAma.

Ainda, se preferir, você pode fazer uma homenagem ao amor da sua mãe criando um webcard personalizado para ela, no site da campanha #AmoComoVocêAma. Clique aqui e veja como é fácil.

Esse post faz parte da ação #AmoComoVocêAma, um movimento de Comfort para mostrar que não importa as falhas e defeitos de nossas mães, a gente ama o jeito como elas nos amam. Também fazem parte desse movimento as mães Luiza (www.potencialgestante.com.br), Camila, Mariana e Patrícia (www.mundoovo.com.br). Faça parte você também!

 

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