Vocês já ouviram falar em pré-natal psicológico?
Pois bem, vivemos falando de todas as transformações que o nosso corpo passa durante e após uma gestação, mas e o nosso psicológico? Ele também precisa de atenção para passar por todas essas mudanças que invadem a nossa vida com a chegada de um filho.
E para falar um pouco a importância do pré-natal psicológico, contamos com a ajuda da psicóloga Fernanda Migliaccio.
A importância do pré-Natal psicológico
Durante o ciclo gravídico-puerperal, ou seja, durante a gestação e pós-parto, a mulher passa por diversas transformações.
Não é apenas o corpo que sofre mudanças, o psicológico também passa por modificações. Muitas vezes mesmo com a alegria de estar gerando uma vida vem também as inseguranças e medos, principalmente sobre os cuidados com o bebê.
Todas estas mudanças afetam tanto a vida da gestante como a vida do casal e dos outros familiares, afinal todos estão recebendo novos papéis. A mulher que antes era apenas filha receberá o título de mãe, o homem de pai e os pais deste casal, o de avós.
A adaptação a esta nova realidade pode trazer alguns sentimentos e sensações que geram conflitos e se não tratados podem influenciar na qualidade de vida desta gestante e de seus familiares.
É de extrema importância que a mulher esteja bem emocionalmente durante a gestação para facilitar o pós-parto.
Após o nascimento do bebê a mulher tem muita labilidade emocional, principalmente do terceiro dia após o parto até quinze dias depois. Este é o período do baby blues, em que a mulher sofre com uma queda hormonal que faz com que ela tenha momentos de tristeza e choro. Apesar da mulher ficar preocupada quando isso ocorre, é importante ter o conhecimento que não há necessidade de tratamento e é uma situação passageira devido a condição biológica a qual o corpo está enfrentando.
Neste período é muito importante o apoio prático da família. Ou seja, de pessoas que possam ajudar com as tarefas domésticas ou até mesmo segurar o bebê para que a mãe possa tomar um banho ou se alimentar.
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Diferentemente do baby blues, é a depressão perinatal. Antigamente era utilizado o termo depressão pós-parto, porém, após alguns estudos verificou-se que a depressão pode ocorrer ainda na fase gestacional. A diferença entre baby blues e depressão perinatal está na duração dos sintomas e na intensidade em que eles aparecem.
É muito importante que a mulher busque ajuda profissional caso sinta tristeza constante, sentimento de culpa, autoestima baixa, desânimo, pouco interesse pelo bebê, medo de ficar sozinha, falta de apetite, falta de prazer nas atividades que antes tinha prazer ou insônia. O tratamento nestes casos requer acompanhamento psicoterápico e tratamento químico, com remédios.
O medo do julgamento da família, amigos e conhecidos pela depressão pode fazer com que esta procura seja prorrogada, porém, esta atitude acaba afetando a qualidade de vida da mulher, o vínculo com seu bebê e o desenvolvimento emocional e cognitivo desta criança.
Portanto, a saúde psicológica materna deve ser prioridade. E dada esta importância surgiu o pré-natal psicológico.
O pré-natal psicológico é uma ferramenta complementar ao pré-natal obstétrico que tem como principal objetivo a prevenção à adoecimentos psíquicos. Já foi inclusive comprovado por pesquisadores que mulheres que realizaram o pré-natal psicológico tiveram menores índices de depressão pós-parto.
Além disso, este programa aborda temas como: tipos de parto e plano de parto, vínculo com o bebê, construção da maternidade e paternidade, a participação das avós, puerpério (pós-parto) e preparação para o pós-parto.
O pré-natal psicológico pode ser realizado em grupos ou individualmente, na forma presencial ou online. Se você tiver interesse em conhecer mais sobre o programa ou esclarecer dúvidas, por favor entre em contato pelo telefone (61) 99261-8216. Estou à disposição para lhe ajudar a viver esta fase tão especial com a atenção que você merece.
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