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A importância desse blog para mim

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Semanalmente, recebo diversas mensagens de leitoras me falando da importância do Macetes de Mãe, das minhas histórias, das minhas dicas, para a vida delas. Toda vez que eu recebo um email, comentário ou outro tipo de mensagem de agradecimento, com palavras carinhosas e de admiração, o meu coração se enche de amor (e, quase sempre, os meus olhos de lágrimas).

Eu fico imensamente feliz em saber que o que eu escrevo é lido, o que eu faço é útil e que o que começou como uma brincadeira, um passa tempo, se tornou algo tão grandioso e importante para algumas pessoas.

Mas quase sempre, quando recebo essas mensagens, eu respondo dizendo que o Macetes de Mãe não é só importante para elas, ele é importante, MUITO IMPORTANTE, numa proporção que vocês não podem nem imaginar, para mim também.

a importancia desse blog pra mim
Photo Credit: Navy Blue Stripes via Compfight cc

 

Vou contar para vocês uma história.

Em 2011 eu andava perdida na vida (ahahaha! Nada grave! Por favor, não me imaginem drogada e largada nas ruas). O que acontece é que eu já pensava em engravidar, mas não sabia se aquela era a hora certa, afinal, eu também queria mudar de emprego e uma coisa inviabilizava a outra (se eu saísse do trabalho, não poderia engravidar, pois estaria num novo emprego e se eu engravidasse, não poderia mudar de trabalho, afinal, estaria grávida). Vendo essa minha indecisão e insatisfação pessoal, vendo a minha irritação, vendo as minhas brigas com meu marido por conta do meu humor andar péssimo (eu não estava feliz no meu trabalho), meu sogro sugeriu que eu fizesse um curso de auto conhecimento, de imersão, no qual eu passaria um final de semana incomunicável num hotel no interior de São Paulo passando por uma verdadeira revolução interna.

Aceitei o desafio, pois as coisas estavam feias, bem feias mesmo, e lá fui eu, para o tal curso de autoconhecimento que várias pessoas conhecidos já tinham feito e indicado (PS: dizem que quando a gente não sabe para onde quer ir, nenhum vento sopra a favor, e isso estava acontecendo na minha vida).

Durante o curso, durante mil atividades e vivências, várias análises e descobertas, eu acabei encontrando o que eu buscava: uma resposta para o que eu queria fazer da vida. Como um insight, as coisas se revelaram para mim. Eu cheguei à conclusão que sim, queria ter um filho, mas que aquela ainda não era a hora, pois primeiro queria organizar a minha vida profissional e me sentir feliz, realizada, para recebê-lo bem. E junto com essa certeza, veio outra: eu queria trabalhar com comunicação, que é o que eu amo, o que tem tudo a ver comigo e com o que eu estudei (fiz faculdade de Relações Públicas e Publicidade e Propaganda) e queria fazer algo com o qual eu pudesse ajudar as pessoas.

Já sabendo qual era o destino, o que eu queria para a minha vida, bastava agora descobrir como chegar lá, que caminho trilhar. E eu estava pronta para descobrir, de alguma forma.

Assim que terminamos o curso, recebemos a orientação de não tomar nenhuma atitude precipitada. Poderíamos tomar as decisões, mas não poderíamos agir, pois estávamos muito mexidos e teríamos que deixar a poeira baixar antes de sair por aí mudando radicalmente as nossas vidas. O prazo para esperar a poeira baixar era de 30 dias, mas eu aguentei menos de sete.

Antes do final da primeira semana pós-curso, no meio de uma tarde de quarta-feira, eu levantei da minha mesa de trabalho, subi até o andar onde ficava a sala do meu chefe, sentei em frente à sua mesa e pedi demissão. Ele sabia sobre o tal curso que eu havia feito (tínhamos uma relação ótima e somos amigos até hoje) e entendeu quando eu expliquei que queria sair de lá pois precisava fazer algo que realmente mexesse com o meu coração (ps: o pedido de demissão realmente aconteceu num rompante, mas antes disso eu já tinha recebido o aval do meu marido para fazer isso caso eu sentisse que era necessário, ou seja, alguém ia segurar as pontas em casa até eu conseguir um novo trabalho e isso me deu segurança para esse salto no escuro).

Bom, duas semanas depois do fatídico dia do pedido de demissão, ainda cumprindo o aviso prévio, eu descobri que estava grávida. Estava tentando há uns quatro ou cinco meses, e a gravidez veio justamente quando eu tinha desistido de tentá-la, para buscar a minha recolocação profissional.

Claro que notícia da gravidez foi comemorada, que ficamos imensamente felizes, e eu decidi não permanecer na empresa (tive essa oportunidade) e também não procurar outro trabalho.

Durante sete meses, ocupei meu tempo livre para curtir a minha gestação, organizar o enxoval do Leo e fazer trabalhos manuais para decorar o chá de bebê e o quarto do meu pequeno. Digo que foram sete meses de terapia, de paz, de tranquilidade e de curtição de uma gravidez que foi muito, muito feliz.

Mas aí, com oito meses de gestação, eu tive outro dos meus rompantes e decidi criar um blog. Já tinha organizado e feito tudo que podia para a chegada do Leo e precisava ocupar o meu tempo livre com outra coisa. Nesse momento, resolvi ouvir os conselhos de muitos amigos próximos e criei um blog, sobre maternidade, para dar dicas de tudo que ia aprendendo e descobrindo. E assim, surgiu o Macetes de Mãe, já no fim da gestação do Leo e com o propósito único e exclusivo de ajudar amigas próximas nas suas dúvidas com relação à maternidade (tudo que eu aprendia eu registrava lá e quando alguém me perguntava eu só passava o link).

Logo depois, com o blog ainda sendo quase um recém-nascido, veio ao mundo o Leo. E aquele espaço que era para ser só de dicas, virou também de desabafo, de confissão e de apoio e ajuda, já que em cada post desesperado que eu colocava no ar, recebia o carinho e compreensão de várias leitoras.

E assim, sem eu perceber, sem me dar por conta, por destino ou por vontade divina, o caminho que eu precisava para chegar ao meu destino se formou. Se colocou na minha frente. Quando eu percebi, eu tinha conquistado, sem me dar conta, aquele “trabalho” dos meus sonhos, que eu descobri tanto querer quando fiz aquele curso de auto-conhecimento. Quando dei por conta, o Macetes de Mãe tinha se tornado a minha oportunidade de trabalhar com comunicação e poder ajudar outras pessoas.

Eu nunca fui uma pessoa de fazer planos, de estipular metas e definir como chegar nelas. Eu sempre fui muito mais de sentir e de descobrir as coisas pelo coração, pelo sentimento, pela intuição. E sempre tive muito forte, dentro de mim, que um dia algo aconteceria que me colocaria no caminho certo, só que eu não sabia qual seria esse algo e como ele chegaria até mim (não sei se me fiz entender, mas o que quero dizer é que eu sempre senti que o que era meu estava guardado e que se eu desse um empurrãozinho, um dia o meu real propósito na vida se apresentaria e eu saberia perceber isso, saberia agarrar a oportunidade, e seguiria esse caminho feliz. Que foi o que aconteceu).

Mas por que contei toda essa história? Por vários motivos, mas o principal deles é porque eu gostaria de dizer para todas as leitoras que me escrevem falando o quanto o blog é importante para elas que ele também é muito, muito, muito importante para mim. E que cada vez que eu recebo uma mensagem de agradecimento pelo Macetes de Mãe existir, eu choro de emoção (ainda mais agora, grávida) pois eu tenho certeza de que me encontrei profissionalmente, me encontrei como pessoa, que encontrei a parte de mim que estava faltando (já tinha um marido maravilhoso, uma casa linda, um filho amado, só faltava meu lado profissional, que sempre foi tão importante para mim).

E também escrevi esse texto super longo para dizer que o Macetes de Mãe só me dá todo esse prazer, alegria e satisfação porque do outro lado da tela estão vocês, que deixam seus comentários nos posts, contam suas histórias, abrem seus corações, me pedem conselhos, falam sobre suas vidas e se mostram amigas queridas que ainda não tive a chance de conhecer pessoalmente (sabiam que várias já conheci pessoalmente e viraram amigas mesmo, da gene sair para tomar café juntas!?).

Por isso, hoje achei justo eu também agradecer a existência do Macetes de Mãe, pois ele é o responsável por uma parte linda e maravilhosa da minha vida. Por ter me completado e me feito feliz como jamais imaginei ser com qualquer outro trabalho nessa vida. E meu obrigada a vocês, que são a verdadeira razão dele existir.

 

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