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A escolha do nome do bebê

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Escolher o nome do Leo (Leonardo) foi difícil, mas escolher o nome desse segundo baby foi mais complicado ainda. Se fosse menina, estava tudo certo, seria bem fácil, pois era só pegar o nome que “sobrou” da primeira gestação, mas achar um nome para outro menino foi uma tarefa desafiadora.

Tanto eu quando o Otávio, meu marido, tínhamos alguns pré-requisitos que o nome deveria cumprir e, para complicar ainda mais as coisas, os nomes que eu curtia ele não aceitava, e vice versa. Ou seja, foram quase quatro meses de indecisão, conversas, perguntas sem respostas e por aí afora.

o nome do bebe
Photo Credit: gabi_menashe via Compfight cc

 

A gente queria um nome que fosse fácil de ser entendido em Português (o meu não é e só quem vive isso sabe a complicação que é), mas também queríamos um nome que funcionasse razoavelmente bem em outras línguas. Outros pré-requisitos eram que o nome tivesse um significado bacana, assim como o nome do Leo (Leonardo significa algo como “forte como um leão”), que lembrassem alguém admirável, que desse um apelido legal (isso era eu que queria, adoro apelidos) e que, se possível, tivesse um significado para nós.

Bom, de tudo isso, no fim, só atendemos aos três últimos pré-requisitos (risos!). Acabei jogando no lixo toda a racionalidade  da escolha e fiquei com o nome que, há muito tempo, já faz parte da nossa história (minha e do Otávio) e vocês já vão saber por que.

Há pouco mais de oito anos eu conheci o meu marido. Numa balada pós-aula da pós, onde fui com uns amigos. Eu era recém chegada em São Paulo e tinha poucas oportunidades de sair para me divertir (vim para estudar e trabalhar), então, quando a turma da pós me convidou para a comemoração do aniversário de um colega lá fui eu toda animada.

Nesta balada, na Vila Madalena, eu conheci aquele que seria o meu marido (sim! dá para encontrar o amor da vida da gente numa balada. Nem todo mundo que está solto por aí quer só pegação) e, alguns dias depois da primeira “ficada” nós saímos para outros programas mais “família”. Primeiro fomos no cinema e jantar fora e, depois, no nosso terceiro encontro, ele me levou para conhecer a USP, onde ele havia estudado. Lá, sentamos numa conhecida Praça do Relógio (acho que é esse o nome) e conversamos sobre ameninadas, numa tarde de domingo.

Juro que tento entender, até hoje, mas não sei como a gente entrou, nesse nosso terceiro encontro, no papo de nome de filhos. Não sei quem o puxou e como iniciamos a conversa, mas sei que lá estávamos nós, falando de nomes de crianças. Lembro que eu comentei que havia um nome que eu achava lindo desde que era adolescente, e que se um dia eu tivesse um menino, eu iria chamá-lo assim. Quando falei qual era o nome, ele me respondeu surpreso que o seu tio e o seu avô tinham esse nome e que a família dele tinha o hábito de repetir os nomes em algumas gerações.

Claro que eu, que já estava bem interessada nele a essa altura do campeonato, me atentei ao comentário feito, mas também não pensei mais muito no assunto, até que o tempo passou, nos casamos, eu engravidei do meu primeiro filho e tínhamos que escolher um nome para ele.

Nesse momento,  da minha primeira gravidez, para o Otávio já estava decidido o nome, afinal, era o nome que eu tinha dito que gostava há anos, mas, para surpresa de todos, eu desisti dele. Não dei o tal nome que comentamos no nosso terceiro encontro para o meu primeiro filho e também não tinha colocado-o na lista de possíveis nomes para o segundo.

Entre os possíveis nomes desse segundo baby estavam Henrique (um nome que amo, mas que é o nome do pai e do irmão do meu marido e aí ele não quis), Arthur (mas que é o nome do meu sobrinho e aí também complicava um pouco as coisas), Guilherme (que foi vetado por ser muito complicado em Inglês), Theodoro (mas que viraria Théo e aí confundiria com Leo) e mais tantos que o Otávio sugeriu, que eram lindos, mas que para mim não tinham um significado mais forte.

E foi aí que eu lembrei de novo da história do nosso terceiro encontro e o nome que lá falamos foi se tornando mais presente, mais real, mais cheio de significados. E assim, apesar dele não ser tão fácil de se entender em outras línguas e de não ter um significado ultra especial (ele significa “Aquele que veio da Gaeta”), ele tem um significado para nós e nos lembra duas pessoas muito bacanas: o tio do Otávio, que é uma pessoa admirável, e o seu avô, que eu não tive a chance de conhecer, mas que já ouvi histórias hilárias a respeito e deve ter sido uma figura.

E assim, chegamos ao nome do nosso segundo filho, um nome que já nasce com história, com amor e com significado. Portanto, dentro de alguns meses, nasce o Caê, ou Caetano, cujo nome demorou a ser escolhido, mas já estava com a gente há muito tempo.

 

 

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