Mas afinal, qual é mesmo a melhor opção? Já vou dar a resposta aqui no início para poupá-las de irem até o final para descobrir que não tem uma resposta definitiva e certa para essa pergunta. Ou seja, não há A melhor opção. Existe o que funciona melhor para determinada família em determinado momento.
Isso mesmo. A realidade da família e da criança em determinada CIRCUNSTÂNCIA também faz TODA a diferença na hora de responder essa pergunta. Querem entender isso melhor? Vou contar para vocês a minha história.
Eu nunca cogitei ter babá. Não que eu julgue ou critique quem tenha, mas simplesmente achava que não era o meu perfil. Meu plano era cuidar exclusivamente do Leo até ele completar um ano e aí colocá-lo em uma escolinha. Mas a verdade é que quando o Leo estava com oito meses, mais ou menos, eu senti que precisava retomar um pouco da minha vida (na verdade, eu precisava respirar, pois não sobrava tempo nem para isso) e aí decidi colocá-lo numa escolinha por meio período (assim eu poderia ficar com ele parte do dia e na outra parte trabalhar, já que nessa época comecei a transformar o blog no meu trabalho).
Bom, avaliei várias escolas, escolhi a que mais se encaixava nas minhas necessidades, passei por uma adaptação super tranquila e achei que, a partir daquele momento, todos os meus problemas estava resolvidos. De manhã eu ficava com o Leo e curtia muito as hora ao seu lado e, à tarde, ele ia para a escolinha. Isso funcionou muito bem até ele começar a ter uma virose atrás da outra (ok, por isso eu já esperava) e ter uma piora significativa na sua APLV (muitas viroses = sistema imunológico “baqueado” = igual recaída na APLV. Por isso eu não esperava MESMO!).
Com o Leo tendo que ficar mais tempo em casa que na escola e com vários sintomas da APLV voltando a fazer parte da nossa rotina (diarreia, dificuldade para mamar, refluxo) decidimos que era a hora de tirá-lo da escola e de encontramos uma outra alternativa para a situação (veja o que já falei sobre isso aqui).
Foi aí que me deparei com a necessidade de contratar uma pessoa para me ajudar com os cuidados dele, ou seja, um babá. Coisa que nunca imaginei.
Pedi indicação de algumas pessoas, fiz algumas entrevistas, e fiquei com a profissional que, também, como no caso da escola, mais se encaixava nas minhas necessidades e possibilidades. E assim, por quase um ano, o Leo contou com os meus cuidados e com os cuidados de uma babá e eu passei a viver uma realidade que não tinha planejado, que não era a minha primeira opção, mas que era necessária naquele momento.
Assim que o Leo ficou maiorzinho e que sentimos que a APLV dele estava realmente sob controle (logo depois confirmamos que ele estava curado), voltamos ao nosso plano inicial, que era deixá-lo na escola por meio período. E aí, com ele já fisicamente preparado para essa experiência (APLV no passado), tudo foi mais fácil, inclusive para mim.
Hoje, olho para trás e tenho algo muito claro: EU prefiro escolinha. Primeiro, porque gosto de saber que o Leo convive com outras crianças, que corre, brinca, gasta energia e se diverte (a rotina aqui em casa, com a babá dele, era bem mais tranquila), que ele é cuidado por pessoas que estudaram para fazer isso, que todos os dias é um rico aprendizado e que há diversas pessoas observando tudo que se passa a sua volta (isso me dá segurança), e, em segundo lugar, porque eu rendo mais com o Leo meio período fora de casa do que o dia todo aqui sendo cuidado por uma babá. Ele ficando todo o tempo em casa, eu acabava fazendo muito mais pausas no trabalho, não me concentrava quando via ele reclamando de alguma coisa, estava sempre com um ouvido cá e outro lá, ou seja, praticamente, não desligava dele.
Entretanto, como eu bem disse lá no início do texto, mais do que apenas decidirmos entre um e outro – babá x escola – com base naquilo que a gente prefere, temos que levar em conta as circunstâncias do momento. Eu sei que escola sempre foi a minha primeira opção, eu sempre me senti mais segura e satisfeita com essa opção, mas houve um momento que ela simplesmente não cabia em nossas vidas, não era viável, então eu tive que mudar.
Assim, a minha dica para esse tipo de questão – escola x babá – é vocês analisarem a sua preferência dentro da circunstância que se apresenta. Ou seja, levando em conta o momento que se vive e, principalmente, as limitações impostas por ele.
Muitas vezes, insistimos em algo que achamos que é o melhor (e até será, um dia), mas que naquele momento não funciona, e aí as coisas não saem bem, as crianças sofrem, nós sofremos e o que deveria nos deixar tranquilos e certos da decisão tomada acaba virando um pesadelo.
Assim, para evitar esse tipo de problema, o ideal é analisar tudo dentro do contexto e só depois tomar uma decisão, a qual pode, também, não ser definitiva. Nada nos impede de testar algo e, não dando certo, mudar. Como foi aqui em casa.
Leia mais sobre esse assunto aqui no blog:
Hora de voltar ao trabalho. E agora, babá, escolinha ou avó?
O que levar em conta na hora de escolher uma escolinha?
Sai a escolinha, entra a babá.