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Desidratação: o que causa, como identificar, como evitar e como tratar

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desidratação em crianças
Imagem: What to Expect

Há alguns dias, o Léo teve dois episódios de desidratação e foi parar no hospital. Pânico! Falando dessa forma parece até que sou uma mãe desleixada, mas garanto que não. Para um bebê ou uma criança, desidratar é muito fácil e rápido e, se não tomarmos os devidos cuidado, o problema tende a se intensificar e pode até levar à morte (um recém nascido, se super agasalhado em um dia quente, pode desidratar em uma hora. Já bebês maiores, se estiverem com vômito e/ou diarreia e não tomando líquido suficiente, podem desidratar em um dia).

O Léo ficou desidratado porque pegou uma virose quando estivemos em Santiago do Chile. Essa virose fez com que ele vomitasse três vezes no prazo de poucas horas e que se negasse a comer ou beber qualquer coisa (e o que aceitava beber logo voltava). Quando percebemos que nada parava no estômago e que ele já estava ficando “baqueadinho”, corremos para um hospital, e lá eles confirmaram o que a gente já desconfiava: os três vômitos seguidos, o calor infernal que fazia por lá e a baixíssima ingestão de líquidos o levaram a um quadro de desidratação.

Bom, o segundo episódio de desidratação aconteceu já de volta ao Brasil, após mais um dia dele se negando a tomar qualquer líquido, fosse ele suco, leite ou água (comida então, nem pensar). E assim, mais uma vez, a solução foi levá-lo para  o pronto socorro, para ser confirmada a desidratação e ele ser hidratado via soro. Punk, gente! Muito punk!

Bom, mas vocês também não estão aqui para ouvir a minha história, e sim para entenderem o que leva uma criança a ficar desidratada, como se identifica a desidratação e como se se pode tratá. Abaixo, todas essas dicas.

O que leva um bebê ou criança a ficar desidratado?

O que faz com que um bbê ou criança se desidrate é a perda de líquidos, que é causada por:

  • Diarreia
  • Vômito
  • Suor excessivo
  • Baixa ingestão de líquidos

PS: Geralmente, os quadros mais severos são causados por gastroenterites, que são inflamações gastrointestinais causadas por bactérias ou vírus (caso do Léo, que teve uma virose)

Como identificar se um bebê ou criança está desidratado?

  • Se a sua boca está seca
  • Se ele chora e não sai lágrimas
  • Se a sua fralda está seca (sem xixi)
  • Se ele se mostrar desesperado para tomar líquidos
  • No caso de bebês mais novinhos, se a sua moleira estiver funda

Como evitar a desidratação: 

  • Oferta de água potável várias vezes ao dia
  • Oferta de outros líquidos
  • Higiene dos alimentos e dos utensílios de cozinha
  • Lavagem das mãos de quem prepara os alimentos e das mãos do bebê/criança
  • Refrigeração adequada do que é consumido
  • Amamentação exclusiva até os seis meses de vida

Como tratar uma criança quando for percebida a desidratação?

Se você perceber que o seu filho está com sintomas de desidratação (descritos acima) você deve oferecer líquido em abundância . Mas atenção: oferecer bastante líquido, mas aos pucos, pois se ele tomar muita água de uma vez só, ela irá voltar (vai mesmo, vivemos isso na prática!). Se a criança se negar a tomar líquidos (ela pode estar enjoada, foi o caso do Léo) ou se seguir com o quadro de diarreia e vômito por mais de um dia, aí o ideal é entrar em contato com o pediatra ou buscar um pronto socorro o quanto antes.

Alguns “medicamentos” em formato líquido também poderão ser oferecidos, para hidratar a criança com mais rapidez, mas estes só podem ser indicados por um médico. Por isso, contate o seu pediatra se perceber qualquer sintoma que indique que seu filho pode estar com um quadro de desidratação mais severa ou vomitando e com diarreia por mais de 24h.

Em casos extremos, a solução é a administração de líquidos na criança via soro (casos de desidratação confirmada e que ela se nega a beber líquidos, por exemplo. O que eu vivi na pela. Deus pai!). Mas isso também só poderá ser indicado por um médico.

Por fim, fica a dica: na dúvida, contate o pediatra. O quanto antes seu filho for tratado, maiores as chances do quadro não evoluir para algo mais severo.

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