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Depressão pós-parto: como ajudar as mães a se sentirem melhor e terem um maior vínculo com o bebê

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No texto de hoje,  as fisioterapeutas Ale Palazzin e Graziela Faelli, autoras do blog Tempo Mágico, abordam um tema muito importante da maternidade: a depressão pós-parto. Nesse texto, que é uma tradução de um artigo publicado no site Sciency Daily, elas dão dicas que ajudam as mães a se sentirem melhor durante a depressão pós-parto e também a aumentarem o vínculo com o bebê (que, por conta da depressão, pode ficar comprometido). Confira, pois o texto está muito interessante.

Photo Credit: daddydowse Flickr via Compfight cc

Depressão pós-parto: como ajudar as mães a se sentirem melhor e terem mais vínculo com o bebê

Texto traduzido e adaptado por Graziela Faelli e Ale Palazzin (Confira o original aqui)

Pela primeira vez cientistas conseguiram demonstrar qual é a substância do nosso cérebro responsável pelo vínculo entre as pessoas. Este estudo super recente (Fevereiro/2017) mostrou que a dopamina, que já era conhecida por nos dar a motivação para trabalhar e chegar a uma recompensa, também é quem faz essa ligação entre as pessoas.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram 19 mães e seus filhos. Primeiro observavam a relação dos dois em casa e avaliavam o grau de sincronia e vínculo entre eles. Depois mostravam imagens de seus filhos brincando para as mães e, através de exames como ressonância magnética, mediam a quantidade de dopamina no cérebro e o grau de atividade de uma região que está relacionada às interações sociais (amígdala medial).

O resultado foi que, quando viam seus bebês, as mães que tinham um maior vínculo com eles  mostravam maiores níveis tanto desta substância (Dopamina) quanto da ativação da área cerebral específica. E assim eles chegaram a conclusão que:

  1. a dopamina é o neurotransmissor responsável pelo vínculo, já que ele aparece em maior quantidade em situações que demonstram essa ligação
  2. mães com maior quantidade dessa substância no cérebro tem um maior vínculo com seus bebês.

Este estudo é extremamente relevante para o nosso dia a dia principalmente porque agora está cientificamente demonstrado que existe um fator biológico no cérebro da mãe ligado a um comportamento, que é o grau de vínculo que ela tem com o seu filho. Como sabemos, é essa ligação que dará ao bebê as condições fundamentais para um desenvolvimento saudável e para que ele possa explorar toda a sua capacidade, assim como terá impacto na saúde mental e física quando ele for adulto.

Além disso, sabe-se que quando uma mãe tem depressão pós-parto os níveis de dopamina caem muito, e, portanto, isso justifica o distanciamento que pode haver entre ela e o bebê. Sendo assim, esse estudo nos dá ferramentas para quebrar esse ciclo e diminuir a influência que afastamento pode ter na vida futura dessa criança.

As relações sociais são potentes estimuladores da dopamina, então dar a essa mãe que está passando por momentos difíceis a oportunidade de vivenciar situações em que tenha pessoas com vínculos fortes próximas a ela (amigas, familiares…), ajuda-a a aumentar os níveis de dopamina e consequentemente melhorar a sincronia com seu filho, permitindo assim que ele se desenvolva com todo o seu potencial.

Por isso, se você é pai, parente ou amiga de alguma mãe com depressão pós-parto, essa é uma boa forma de ajudá-la.

Traduzido e adaptado por Graziela Faelli e Ale Palazzin, da Língua Inglesa.

Alessandra Palazzin é fisioterapeuta, especializada em neuropediatra, mestre em aprendizado motor e mãe do Pedro. Graziela Faelli também é fisioterapeuta, especializada em neurologia pela USP, mestre em neurociências (UNICID) e mãe do Rafael. As duas são autoras do blog Tempo Mágico, que trata sobre desenvolvimento infantil.

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