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Voz infantilizada para falar com bebê: certo ou errado?

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Para a maioria dos adultos (especialmente as mulheres, devemos confessar) é praticamente inevitável não mudar o jeito de falar ao se dirigir a um bebê ou a uma criança pequena (usar a conhecida técnica da voz infantilizada). As vogais ficam mais alongadas, tipo “que fooofaaa”, a entonação ganha melodia e a expressão facial se torna mais intensa. A impressão é que se o diálogo não for assim nada será entendido. Além do que, esse jeitinho carinho faz com que muitas crianças abram um sorriso, como se aprovando a situação.

Mas, do outro lado, estão as pessoas com olhar de reprovação, que defendem que a melhor forma de conversar é a natural, como se estivéssemos falando com outro adulto mesmo. E foi pensando nesses dois casos que resolvi pesquisar o tema.

Photo Credit: Merlijn Hoek Flickr via Compfight cc

A verdade é que não existe certo ou errado quando o adulto fala com voz infantilizada. Só para vocês terem uma ideia, há até pesquisas sobre o assunto. Uma feita no Japão e outra na França são contra essa atitude, pois elas apontam que as crianças podem ter dificuldades em entender o que está sendo dito. Mas esses mesmos pesquisadores disseram que isso não chega a atrapalhar o desenvolvimento da criança desde que haja limites como: não usar sempre esta forma de falar e não imitar o seu filho, fazendo essa linguagem infantil um padrão na família.

Já a favor dessa fala diferenciada estão outros estudos, que apontam benefícios. Uma pesquisadora americana, por exemplo, diz que falando de forma infantilizada, que geralmente é mais calma e tranquila, a criança presta mais atenção e consegue entender melhor as informações. Seria que quase o mesmo efeito de ouvir rimas musicais infantis.

De modo geral, o que eu entendi dessa história toda é que  os pais sabem lidar de forma natural com essa questão (falar com voz infantilizada) e também sabem quando é hora de parar de falar assim, não causando, dessa forma, nenhum prejuízo às crianças. O que também descobri é que mais importante do que a entonação da voz é realmente a interação com os filhos e pra isso sim existem alguns macetes.

A principal dica é ter um tempo para conversar com a criança e falar no tom que você quiser, desde que não seja seco ou monótono. Faça perguntas, verbalize o que está fazendo, conte alguma história. Quanto mais palavras ela ouvir na infância maior será o vocabulário que terá.

Outra coisa importante é sempre olhar nos olhos do seu filho, mesmo que ele seja um bebê. No caso das crianças pequenas busque estar na mesma altura que elas, assim elas acompanham a sua expressão facial também.

Falar com voz de criança, como se viu até pode, agora falar errado não. Quando o seu filho pronunciar uma palavra de forma errada tente usar esta mesma palavra na próxima frase, mas a diga do jeito certo. Ah, e quando ele falar da forma correta, elogie. Corrigir a criança ou repreender não é uma boa ideia, isso a desencoraja a conversar, ok?!

Essas dicas, além do afeto e do acolhimento são fatores que realmente contribuem para o desenvolvimento e linguagem do seu filho!

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