Gente, hoje o blog completa um aninho! Eeeee! É até difícil de acreditar, pois parece que foi ontem que eu resolvi compartilhar aqui a minha ainda pouca experiência no universo materno e hoje me vejo participando da vida de tanta gente. Sim, porque cada vez que alguém entra aqui, deixa um comentário, conta uma história ou faz um desabafo, eu me sinto participando um pouquinho da vida dessa pessoa, e para mim é um imenso prazer.
Quando eu resolvi começar esse blog, eu não tinha ideia de que tanta coisa iria acontecer. Eu achei que iria começá-lo e que, por conta da correria da vida de mãe, logo depois eu iria abandoná-lo. Mas algo me empurrou a começar, algo me fez acreditar que eu deveria escrever, mesmo que fosse para dar em nada e que fosse só um mero rompante hormonal de fim de gestação, mas acho que esse algo não estava errado.
Bom, querem saber como tudo começou? Vamos lá, vou contar. Puxa o banquinho aí e senta que negócio vai longe…
Num belo dia, se não me engano no dia 31 de março de 2012, um sábado, eu cheguei em casa sozinha, nem sei de onde, e quando entrei no elevador para subir até o meu apartamento, percebi que estava sem as chaves (cabeça de grávida em fim de gestação, esquece tudo!). Pelo menos eu tinha lembrado de pegar o celular e liguei para meu marido vir abrir a porta para mim. Mas é claro que em se tratando do meu marido, eu já estava preparada para esperar, pelo menos, uma hora. Só que para mim, esperar mais de cinco minutos já é algo enlouquecedor, agora imagine uma hora! E com a bexiga estourando (coisa comum nesse período da gravidez), costas doendo, fome do cão (sempre com fome também, claro!), ou seja, com os hormônios da gravidez e plena ebulição. De surtar!
Para não fazer um buraco no chão do hall do prédio, andando de um lado para outro enquanto eu esperava, resolvi que ia escrever. Ia pegar a cadernetinha que vivia largada no fundo da minha bolsa e iria começar um blog. Isso mesmo! Começar um blog numa cadernetinha de fundo de bolsa enquanto esperava o marido chegar para abrir a porta do apartamento. Insano? Não! Minha cara!
Na verdade, alguns amigos, assim que eu fiquei grávida, me sugeririam fazer um blog sobre gravidez, maternidade, essas coisas… (era o que eles diziam). Eu já tinha um blog sobre livros mesmo, não custava nada ter um sobre gravidez e filhos, devia ser o que passava na cabeça deles. Mas toda vez que eu ouvia a ideia, que para mim parecia viagem total, eu só pensava: a criatura enlouqueceu por completo, né? Só pode! Como é que eu, um ser que nunca teve experiência nenhuma com bebês, nem leva muito jeito com crianças, vai fazer um blog falando sobre o assunto maternidade, filhos e afins? Impossíble! No way! Eles não tem noção do que estão falando.
Mas que não tinha noção era a tonta aqui. É claro que eu não tinha experiência com a coisa porque ainda não tinha vivido nada até aquele momento. E é claro que quando o pega pra capar começasse de verdade, ou seja, o Léo nascesse, eu iria aprender direitinho o que ser mãe, com tudo de lindo, de difícil e de tragicômico a que se tem direito.
Pois foi aí que, nessa meia hora de ócio criativo, surgiu o primeiro post do blog. Entre um parágrafo e outro, uma chamada telefônica reclamando da demora e outra, uma página da cadernetinha arrancada e outra, eu dei vida ao Macetes de Mãe. Quando entramos em casa, olhei para o meu marido e anuncie: Criei um blog! E ele: Oi? Como assim? Eu: Sim! Assim mesmo! Enquanto te esperava criei um blog na minha cadernetinha e agora dá licença que eu vou passá-lo para o computador.
E assim surgiu o Macetes de Mãe. Meio que como uma mãe que descobre a gravidez de surpresa, sem tê-la planejado, mas já amando muito o pequeno rebendo que está para chegar.
Por um ou dois dias, meu filhote virtual não teve nome (tipo o Léo, que também ficou um tempinho sem ter nome depois que descobrimos que ele era menino). Vasculhei feito doida o Blogger para tentar achar um nome bacana que não tivesse sido usado ainda, mas nada de encontrar algo legal. Tudo que envolvesse o tema maternidade, ou já havia sido usado, ou era hiper-ultra-top cafona. Só que aí lembrei da palavra Macetes, que pouca gente lembra e menos gente ainda usa, e foi a minha salvação. Batizei o queridinho do blog de Macetes de Mãe. Primeiro seria Macetes da Mamãe, mas achei que não era a cara dele (bem cafoninha, né!?) e aí, quando vi Macetes de Mãe escrito na tela, sabia que esse seria seu nome. Era para ser e foi.
E sabe que não é só essa questão do nome que o MdM e o Léo tem em comum. Na verdade, eles tem muita, mas muita coisa parecida nessa não tão longa, mas também não tão curta, vida deles.
No caso dos dois, eu olho para trás e penso: Deus do céu! Como o tempo vôa! Parece que foi ontem que eu estava gestando essa coisinha, agora estou aqui, correndo feito doida para dar conta de tudo. Parece que foi ontem que ele veio ao mundo, que saltou de dentro de mim e encheu a minha vida de alegria. Parece que foi ontem que ele vivia só na minha imaginação e hoje ocupa metade do meu dia. Sim, porque um ocupa uma metade e o outro a outra. E sim, no tempo que sobra eu durmo, pois estou acabada! Quer dizer, durmo quando eles deixam, porque o que costuma acontecer é o seguinte: Léo chora no meio da noite, eu levanto para colocar a chupeta ou fazer um cafuné, ele volta a dormir, mas euzinha aqui fico acordadona, pois alguma ideia mirabolante envolvendo o blog passou pela minha cabeça e agora ela não quer mais descansar. Coisa de vida de mãe de dois filhos. Quando não está correndo atrás de um, está socorrendo o outro.
E também hoje vejo como os dois, Léo e blog, cresceram, se desenvolveram e se tornando independentes. A cada dia o Léo aparece com uma novidade que me deixa encantada – rola, senta, dá tchauzinho, bate palminha, se arrasta, engatinha – e também a cada dia o blog me traz algo novo e diferente que me enche de grata surpresa – um depoimento emocionado, um sincero agradecimento, um início de amizade (mesmo que só virtual), um pedido para não parar nunca com este trabalho. Amo e me emociono com tudo isso!
Hoje, não consigo mais imaginar minha vida sem o blog. Assim como o Léo, ele também é um dos motivos de eu ter decidido não voltar a trabalhar. Afinal, esse meu segundo filho também merece um pouquinho de atenção, mesmo que ele só a receba quando o filhote número um está dormindo ou na escolinha. Mas tudo bem, tenho certeza de que ele me perdoa por ter sido deixado em segundo plano pois ele sabe que, se não fosse pelo Léo, ele não teria sequer nascido.
Ah, tem mais uma coisinha! Esse filhote virtual nasceu inspirado no Léo, mas ele só vem crescendo, se desenvolvendo e dando seus primeiros passinhos com mais independência porque por trás dele tem milhares de tias, de outras mamães, que dão suporte e estão ajudando a criá-lo. E essas “tias” são vocês, minhas queridas leitoras, que a cada participação, aqui ou no Facebook, me dão inspiração para escrever mais, sobre novos temas, com mais segurança e vontade. E isso, garanto para vocês, faz a maior diferença.
Bom, para finalizar, eu gostaria de falar um pouco sobre algumas conquistas do meu querido filhote virtual, afinal, mãe que é mãe é babona. Sempre!
Nesses 365 dias de vida, o Macetes de Mãe teve 208 posts publicados, recebeu mais de 800 comentários (só de leitoras, fora os meus), conquistou quase 40 mil seguidores e, para minha imensa alegria, bateu record de visualização de página no dia de ontem: quase 10 mil page views em um único dia! Inacreditável para um blog até bem pouco tempo atrás sequer existia! Foi para realmente fechar, com chave de ouro, seu primeiro aninho de vida e deixar a mamãe toda orgulhosa aqui! :-)
Ah, e também não posso esquecer de mencionar os meus outros queridinhos, todos surgidos do blog: Fanpage MdM no Facebook, Grupo de Discussão MdM, Feirinha MdM e Instagram MdM. Todos esses canais secundários também cresceram e conquistaram vida própria, sempre com a participação super ativa das leitoras que começam com a gente por aqui e seguem rapidinho para lá.
Por fim, é super, super, super importante mencionar que nenhuma dessas conquistas teria sido possível sem a participação de cada uma de vocês. São as mamães que vivem dando uma passadinha por aqui, que lêem, deixam seus comentários, sugerem assuntos e compartilham histórias que fazem o MdM existir e ser o que é hoje. Afinal, um blog que não tem público não passa de uma página cheia de palavras, mas vazia de significado.
Agradeço imensamente o apoio, o incentivo, as palavras carinhosas e os minutos ou horas de leitura que vocês dedicaram ao Macetes de Mãe ao longo desses 365 dias. Isso aqui também é feito por vocês e é por isso que hoje temos tanto a comemorar.
Obrigada a todas! E continuem sempre passando por aqui, levando um pouquinho de mim e deixando um pouquinho de vocês comigo. É nessa troca de experiência que conseguiremos fazer um MdM cada vez melhor.