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Minha experiência: o que realmente fez diferença na amamentação do Caê

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Quem acompanha o blog sabe que eu tive problemas para amamentar o Leo. Eu consegui amamentá-lo, aos trancos e barrancos, só até três meses e isso me causou uma enorme frustração. Assim, logo que engravidei do Caê, voltei a pensar nesse assunto e prometi que faria o que estivesse ao meu alcance para viver uma experiência diferente dessa vez e garantir que teria sucesso na amamentação do meu segundinho.

Hoje, com o Caê já com 2 meses, me sinto mais segura e confiante para dizer que deu certo. Estou conseguindo amamentá-lo direitinho e acho que, se as coisas seguirem assim, vamos ter uma experiência bacana por vários meses.

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Photo Credit: Raphael Goetter via Compfight cc

 

Mas ao que eu atribuo essa experiência positiva? O que eu acho que fiz que, dessa vez, diferente do que eu vivi com o Leo,  está dando certo? Abaixo, a relação das coisas às quais eu atribuo o “sucesso” da amamentação do Caê. Coisas simples, mas que definitivamente estão fazendo toda a diferença para eu ter leite e conseguir amamentar o Caê de forma tranquila e saudável.

1. Experiência e informação: diferentemente da minha experiência com o Leo, agora eu entendo sobre amamentação. Quando eu tive o Leo, não tinha lido, ouvido ou conversado quase nada sobre esse assunto. Ou seja, eu era praticamente uma leiga em se tratando de amamentação. Mas, dessa vez, eu estou bem informada e, além de tudo, já passei pela experiência uma vez. Ou seja, sei que o leite não desce assim que a criança nasce, sei que no início a produção de leite é desregulada, sei que o bebê demora para para acertar a pega e por aí em diante e saber tudo isso faz com que eu não me desespere mais. Por ter esse conhecimento, e por ter muito mais informação, eu entrei no processo da amamentação de forma mais preparada e bem mais calma para encarar os seus desafios e aceitar as suas dificuldades.

2. Apoio de quem entende do assunto: acho que uma coisa que me ajudou muito no processo de amamentar o Caê foi poder contar com a ajuda de pessoas que entendem do assunto, com as quais eu podia tirar as minhas dúvidas e me tranquiliar nos momentos de maior tensão. Duas dessas pessoas são consultoras de aleitamento materno, a quem eu recorria, via whatsapp, quando uma dúvida surgia (aqui meu imenso agradecimento à Gabriela Giacheta, especialista em aleitamento materno, colunista do blog e criadora da página Descobridores de Mundo, e à Karine Durães, nutricionista, super entendedora de aleitamento materno e idealizadora do Vilarejo Centro Humanizado de Nutrição Infantil). E a terceira pessoa, que também me ajudou muito, foi uma amiga que se preparou fortemente para amamentar e teve uma experiência de grande sucesso na amamentação do seu filho (meu agradecimento especial a minha grande amiga Siba). Essas três pessoas estavam sempre prontas a tirar as minhas dúvidas e me ajudar quando alguma insegurança surgia. Sou eternamente grata a elas.

3. Apoio do pediatra: a pediatra do Leo, na época, não me apoiou em nada na amamentação. De cara ela indicou o uso de fórmula e nunca sequer cogitou me estimular a amamentar. O pediatra que tenho agora já tem outro perfil. Ele me tranquilizou todas as vezes que bateu a dúvida sobre o ganho de peso do Caê e é uma pessoa que, claramente, apoia a amamentação e demonstra isso através de seus comentários e ações. E posso ser sincera? Isso faz toda a diferença.

4. Livre demanda: quando o Leo nasceu, eu fui ingênua e achei que amamentar de 3 em 3 horas era o ideal para a criança, para criar uma rotina. Dessa vez, desencanei dessa ideia e deixei o Caê mamar em livre demanda. Naturalmente, ele mama em intervalos praticamente regulares, de 2,5 a 3h, mas sempre que ele demonstra querer, eu ofereço o peito. Isso tem feito com que eu encare a amamentação como algo mais natural, menos rígido e mais prazeroso e, claro, é algo que tem feito toda a diferença. Isso porque, amamentar em livre demanda estimula a produção de leite e também faz com que a gente leve a amamentação em si de forma mais tranquila.

5. Ingestão de muito líquido: é algo que todo mundo nos diz para fazer, mas nem sempre a gente faz. A verdade é que beber muito líquido faz diferença sim na amamentação. No início, eu tomava em torno de 4l  por dia e acho que isso colaborou demais para que eu produzisse leite suficiente para amamentar o Caê.

6. Descanso: sabe aquela história de descansar quando o bebê descansa? Pois é, ela é imprescindível para que você consiga amamentar. Quando a gente dorme e descansa a gente produz mais leite. Eu sinto isso claramente e nos dias que não consigo descansar adequadamente tenho a impressão que a minha produção de leite cai. Então, bora dormir cedo e tirar uns cochilos quando o bebê está em seu horário de soneca. PS: no primeiro mês de nascimento do Caê eu tive muito apoio, o que fez toda a diferença na amamentação. Além da moça que me ajuda à tarde com o pequeno, eu também contei com a ajuda da minha mãe por quase um mês e do meu marido por 10 dias. Isso foi excelente, pois tendo todas essas pessoas para me dar suporte nas coisas da casa, do Leo e do próprio Caê, eu conseguia descansar e recarregar minhas baterias para amamentar o pequeno.

7. Alimentação adequada + dieta restritiva: uma das coisas que prejudicou a amamentação do Leo foi o fato dele ter APLV (a APLV causou refluxo e muitas cólicas, o que atrapalhava muito na hora de amamentar. Na verdade, quase impossibilitava). Dessa vez, sabendo das chances do Caê ter APLV porque o irmão teve (e também por orientação do pediatra) resolvi fazer a dieta restritiva de leite por precaução e acho que isso tem feito toda a diferença. Por eu ter cortado leite e derivados da minha dieta (além de outros alergênicos: soja, frutos do mar, nuts, etc…) Caê não tem sintomas de alergia e, assim, não sofre com intenso refluxo (tem um pouco, para o qual ele toma medicação) e não tem nada de cólica. E não sofrer com refluxo (como eu disse, ele tem, mas é brando e está sendo medicado para isso) e nem cólica permite com que ele mame bem, diferentemente do como era com o Leo. Além disso, eu como bem. Apesar de ter cortado muita coisa da minha dieta, eu me alimento adequadamente, comendo frutas, verduras, carboidratos e proteínas de forma equilibrada e em quantidades suficientes. Sempre que a gente come mal ou come pouco, a produção do leite também tende a ficar prejudicada, por isso, é super importante ficar de olho nisso (na verdade, eu como feito uma louca. kkk! Meus pratos são de peão, tanto que estacionei na perda de peso. E também não estou muito preocupada com isso).

8. Medicação: por fim, acho que o que contribuiu bastante para que eu conseguisse amamentar o Caê é o fato de eu ter tomando, sob orientação médica, um medicamento que faz aumentar a produção de leite. Eu tive bem pouco leite com o Leo e esse foi o principal motivo de eu não ter conseguido amamentá-lo. Assim, dessa vez, para não passar pelo mesmo problema, resolvi buscar orientação médica quanto ao uso de medicação e meu obstetra achou que seria adequado o seu uso (também em concordância com o pediatra). Mas muito importante: remédio que aumenta a produção de leite na verdade, não existe. O que há são remédios para outros problemas e doenças e cujo efeito colateral é o aumento da produção de leite. Por isso, esse tipo de medicação não deve ser tomado sem a orientação de um médico, pois poderá se tornar perigoso para a saúde da mãe e do bebê. Sempre que tiver qualquer dúvida, com relação a isso, você deve conversar com seu obstetra ou pediatra.

Gente, essas são as coisas que eu fiz e cuidados que tomei e que, tenho certeza, estão fazendo toda a diferença na amamentação do Caê. Assim, se eu pudesse dar um conselho para quem está amamentando ou vai amamentar é: fique de olho nesses pequenos detalhes. Muitos deles são coisas simples, mas definitivamente transformam a experiência da amamentação.

>>>Confira, nesse vídeo, 10 dicas para aumentar a produção de leite:

 

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