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Dicas para introdução de alimentos sólidos na dieta do bebê

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Olá mamães, hoje, aqui na coluna Nutrição, o assunto será a introdução de alimentos sólidos na dieta do bebê, o que costuma acontecer por volta dos 6 meses de idade. Nesse texto, bem claro e completo, a nutricionista Gislaine Donelli dos Santos, colunista do blog, dará dicas simples e práticas que ajudam nesse processo. Boa leitura!

Introdução de alimentos sólidos na dieta do bebê

Por Gislaine Donelli dos Santos

Introducao de alimentos solidos
Photo Credit: FrankGuido via Compfight cc

Olá mamães, nessa minha segunda participação aqui no blog Macetes de Mãe, através da coluna Nutrição, vou abordar o tema “introdução de sólidos na dieta do bebê”. Mas antes de entrar no assunto em si, vale a pena destacar que, até o sexto mês, é indicado que o aleitamento materno seja a única fonte de alimentação do bebê. Isso porque, todos os nutrientes que ele necessita até esse período, estão no leite da mãe. A partir do sexto mês, só o leite materno não supre todas as necessidades da criança, por isso, é recomendada a introdução de novos alimentos, de forma gradativa.

Com seis meses, o reflexo de protrusão da língua diminui progressivamente, o que facilita a ingestão de alimentos semissólidos, as enzimas digestivas são produzidas em quantidades suficientes para essa nova fase e a criança desenvolve habilidade para sentar-se, facilitando a alimentação oferecida por colher.

Os alimentos complementares, especialmente preparados para a criança, são chamados de alimentos de transição. A partir dos oito meses de idade a criança já pode receber gradativamente os alimentos preparados para a família, desde que sem temperos picantes, sem alimentos industrializados, com pouco sal e oferecidos amassados, desfiados, triturados ou picados em pequenos pedaços. Com a introdução desses alimentos, é importante que a criança receba água nos intervalos – vale ressaltar que a água oferecida deve ser a mais limpa possível (tratada, filtrada e fervida).

Recomendações para a papa salgada:

  1. Cozinhar todos os alimentos, para deixá-los macios.
  2. A papa deve ficar consistente, em forma de purê grosso.
  3. A primeira papa salgada pode ser oferecida no almoço aos seis meses e,quando o bebê completar sete meses, conforme a aceitação, introduzir a segunda papa salgada no jantar. Esses alimentos complementares devem ser oferecidos três vezes ao dia (papa de fruta, papa salgada e papa de fruta), pois contribuem com o fornecimento de energia, proteína e micronutrientes, além de preparar a criança para a formação dos hábitos alimentares saudáveis no futuro. A partir do momento que a criança começa a receber qualquer outro alimento, a absorção do ferro do leite materno reduz significativamente, por isso, a introdução de carnes, vísceras e miúdos, mesmo que seja em pequena quantidade, é muito importante (importante: o consumo de vísceras e miúdos – fígado, coração, moela – deve acontecer, no mínimo, uma vez por semana)

A papa salgada deve conter um alimento do grupo dos cereais ou tubérculos, um dos legumes e verduras, um do grupo dos alimentos de origem animal (frango, boi, peixe, miúdos, ovo) e um das leguminosas (feijão, soja, lentilha, grão de bico). O ovo cozido (clara e gema) pode ser introduzido ao completar 6 meses, mas seu uso deve ser avaliado pela equipe de saúde. É importante considerar a história familiar de alergias alimentares.

Todos os dias, devem ser oferecidos alimentos de todos os grupos e deve-se variar os alimentos dentro de cada grupo. A oferta de diferentes alimentos, durante as refeições, como frutas e papas salgadas vai garantir o suprimento de todos os nutrientes necessários ao crescimento e desenvolvimento normais.

As carnes e o fígado, além de conter o ferro orgânico de alto aproveitamento biológico, facilitam a absorção do ferro inorgânico contido nos vegetais e outros alimentos, mesmo que adicionados em pequenas porções.

O feijão e outras leguminosas também são importantes fontes de ferro inorgânico, quando consumidos junto com uma fonte de vitamina C. Se a criança recusar determinado alimento, procure oferecer novamente em outras refeições. Lembrar que são necessárias em média, oito a dez exposições a um novo alimento para que ele seja aceito pela criança.

Quando a criança já senta à mesa, o exemplo do consumo desses alimentos pela família vai encorajá-la a consumi-los. As refeições, almoço e jantar, não devem ser substituídos por refeições lácteas ou lanches. A criança deve receber uma preparação mais elaborada, por exemplo: papa salgada ou comida de panela.

Já foi comprovado que a criança nasce com preferência para o sabor doce, portanto a adição de açúcar é desnecessária e deve ser evitada nos dois primeiros anos de vida.

Essa atitude vai fazer com que a criança não se desinteresse pelos cereais, verduras e legumes, aprendendo a distinguir outros sabores.

Até completar um ano de vida, a criança possui a mucosa gástrica sensível e, portanto, as substâncias presentes no café, chás, mate, enlatados e refrigerantes podem irritá-la, comprometendo a digestão e a absorção dos nutrientes, além de terem baixo valor nutricional.

O sal iodado, além de fornecer o iodo, é importante para que a criança se adapte à alimentação da família, porém seu uso deve ser moderado e restrito àquele adicionado às papas salgadas.

Os alimentos consumidos pela criança ou utilizados para preparar as suas refeições devem ser guardados em recipientes limpos e secos, em local fresco, tampados e longe do contato de moscas ou outros insetos, animais e poeira.

É importante que as frutas, legumes e verduras sejam lavados em água corrente e colocados de molho por dez minutos, em água clorada, utilizando produto adequado para esse fim (ler rótulo da embalagem) na diluição de uma colher de sopa do produto para cada litro de água. Depois enxaguar em água corrente, antes de serem descascados, mesmo aqueles que não sejam consumidos com casca.

Todo utensílio que vai ser utilizado para oferecer a alimentação à criança precisa ser lavado e enxaguado com água limpa.Os alimentos devem ser bem cozidos e oferecidos em recipientes limpos e higienizados.

Confira, no vídeo abaixo, como preparar a papinha ideal:

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