Muitas leitoras me escrevem pedindo para eu abordar aqui no blog o assunto filhos e animais de estimação, mas esse é um tema complicado de eu falar, pois aqui em casa a gente não tem bichinhos (bom, pelo menos por enquanto). Assim, convidei uma leitora para escrever a respeito da experiência e ela topou.
O post de hoje é de autoria da Andréa, mãe da Luísa, de 2 aninhos, e do Lhasa Apso Chow, de 9 anos. Espero que curtam a história, pois ela é super fofinha (assim como a Luísa e o Chow!).
O convívio de Crianças com animais de estimação
A família começou comigo e o Chow, meu lhasa apso macho de 9 anos. Depois veio o Leo, meu marido e, por fim, em 2012, chegou a Luísa, pra completar a nossa vida de casal.
Quando eu estava grávida da Luísa, me preocupava com muitas coisas mas, sinceramente, nunca achei que seria difícil conciliar a chegada de um bebê com a vida de uma família com cachorro. E eu estava certa! Aqui em casa, o Chow não é tratado exatamente como um filho. Nós o amamos, mas respeitamos certas regras de convivência e não o levamos, por exemplo, a todo lugar, afinal nem todo mundo entende o mundo encantado de viver com cachorros. Além disso, ele não dorme na cama com a gente. Ele tem o cantinho dele com caminha, pratinhos e até o seu banheiro especial. Ele tem permissão pra subir no sofá, mas quando sozinho em casa, não tem acesso aos quartos e banheiros. Ou seja, temos sim as nossas regras e o Chow as segue sem grandes problemas.
Muitas pessoas me diziam: “Como você vai fazer com ele? Coitadinho!”, “Tem que colocá-lo perto da Luísa, para ele sentir o cheirinho dela”, dentre tantos outros conselhos, dicas e sugestões. Mas apesar de tudo que eu ouvia, eu sempre mantinha o meu pensamento de que a vinda da Luísa só seria positiva pra ele e jamais algo que pudesse o fazer sofrer.
Depois, quando a Luísa nasceu, obviamente que tudo mudou, e muito, pra ele. E essa mudança começou pela rotina. Os horários de passeio foram alterados, pois ele dependia da presença do pai da Luísa em casa para que pudesse dar uma volta com calma e tranquilidade. Se não fosse assim, ele tinha que passear preso ao carrinho de bebê. Além disso, como eu ficava totalmente disponível pra ela, pois nos primeiros três meses não tive uma ajudinha sequer, o jeito era ele esperar a chegada do Leo ou de alguma visita para ganhar um pouquinho mais de atenção (explico: a Luísa deu muuuuito trabalho. Eu mal conseguia parar pra comer ou ir ao banheiro, então, assim, ele não ganhava minha atenção. Fato.).
Bom, eu já sabia que ia ser assim. Mas também sabia que seria uma fase. E então, com mais ou menos 5 meses, quando a Luísa ficou mais independente e já sentava, tomava mamadeira e comia papinha, eu fui permitindo que uma aproximação maior entre os dois acontecesse (enquanto a Luísa mamava, eu era bem cuidadosa com a questão do contato, preocupada mesmo com a higiene, mas depois relaxei mais). E nesse momento, foi tudo tão natural e bacana que hoje os dois tem a melhor relação possível entre uma criança e um cachorro. Coisa que me deixa muito feliz.
Eu vivencio todos os dias uma amizade que cresce e se renova. O Chow se comporta super bem, tem muita paciência, traz brinquedos para a Luísa, e se diverte com ela sempre que pode. Ela, por sua vez, o abraça, aperta e acorda falando o nome dele. Aliás, essa foi a primeira palavra do vocabulário dela. Uma alegria para nós!
Outra coisa que eu acho legal da convivência entre os dois é o nosso ritual diário da manhã, antes de ir para a escola, que é um passeio na rua. Nesse momento, ela pega a guia e não abre mão disso. Já ele, caminha próximo dela, mas sem puxar ou desviar o percurso. Adoro vê-los assim!
Bom, o que posso dizer de tudo isso? Tudo foi exatamente como imaginei na relação deles. Um amor que nasceu de muita paciência, tolerância e respeito. E tem coisa mais gostosa na vida do que conviver com os encantos de um bebê e um cachorro? Sorte nossa tê-los na nossa vida!